tag:blogger.com,1999:blog-8331418572026533650.post5377537282853327568..comments2023-09-15T02:24:19.077-07:00Comments on COSTELETAS DOS ANOS 60´s: Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano. - ODE AOS PAJADORESJORNAL RAIZONLINE - SEPARATAhttp://www.blogger.com/profile/12838860613492122334noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-8331418572026533650.post-43092635914590909532010-11-22T10:40:51.852-08:002010-11-22T10:40:51.852-08:00Alberto Juvenal de Oliveira, brasileiro, em seu “D...Alberto Juvenal de Oliveira, brasileiro, em seu “Dicionário Gaúcho”, define o pajador como "aquele que recita versos de improviso"!<br />O espanhol Maximiano Trapero, doutor em filologia e catedrático da Universidade de Las Palmas de Gran Canária, define o pajador com a mesma grafia que o Alberto Juvenal, em seu livro "La Décima Su História, Su Geografia e Sus Manifestaciones", como poeta improvisador en Rio Grande do Sul (Brasil). Ele também define Pajada como "Nombre de la poesia oral improvisada em décima en Rio Grande do Sul (Brasil)".<br />Conforme afirma o pajador e pesquisador argentino Victor Di Santo em seu livro intitulado “El Canto Del Payador em El Circo Criollo”, o <br />primeiro pajador urbano profissional que se tem notícia e que anda pelas duas margens do Rio da Prata é o argentino Gabino Ezeiza (que dá nome a um dos dois aeroportos de Buenos Aires), nascido em 19.02.1858 e morto em 12.10.1916. Isso se deu por volta de 1880 (Ezeiza teria 22 anos de idade). Se na Argentina começa por volta de 1880 com Gabino Ezeiza e aqui em 1958 com Jayme Caetano Braun (que viveu entre 30.01.1924 e 08.07.1999), são 78 anos de diferença, o que leva a crer que a pajada brasileira inexistia nesse período. A diferença entre o pajador e o trovador brasileiro está na forma de expressão e estrutura rimática. O trovador canta seus improvisos em estrofes de seis linhas (ABCBDB) e acompanhado por acordeom, enquanto o pajador o faz em décimas, por guitarra acústica (violão). Ambos se valem de um músico de apoio: não executam seus instrumentos! O pajador e o trovador gaúchos possuem a mesma origem; apenas muda a nomenclatura e a forma rimática. A métrica é a mesma: em heptassílabo. <br />Em vários países do mundo há repentistas com os mesmos anseios e um verso a cada instante, independente do nome. <br />Todos somam para o movimento da poesia oral improvisada. Eu, ACAS, percebo também que até o caipira dos sertões do Brasil, quando dizem em caipirês que “contou uma páia”, querem dizer que “inventaram algo de improviso, que tanto pode ser verdade como não”, sendo, portanto esta expressão de caipirês, talvez diretamente ligada às pajadas (ou "payadas", como se diz em espanhol). Também existem “payadas", 'coplas" e afins de sinonímia, além da Argentina; no Uruguai, Chile, Colômbia e Espanha. Pena eu não ser um filólogo e não ter mais cultura para ir além dessas nações nomeadas. Nessas horas é que eu penso na falta que nos faz o Câmara Cascudo. -Que pena!Antonio Carlos; ou ACAShttps://www.blogger.com/profile/17679633167365957241noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8331418572026533650.post-35404115873407724542010-11-22T10:37:37.615-08:002010-11-22T10:37:37.615-08:00Alberto Juvenal de Oliveira, brasileiro, em seu “D...Alberto Juvenal de Oliveira, brasileiro, em seu “Dicionário Gaúcho”, define o pajador como "aquele que recita versos de improviso"!<br />O espanhol Maximiano Trapero, doutor em filologia e catedrático da Universidade de Las Palmas de Gran Canária, define o pajador com a mesma grafia que o Alberto Juvenal, em seu livro "La Décima Su História, Su Geografia e Sus Manifestaciones", como poeta improvisador en Rio Grande do Sul (Brasil). Ele também define Pajada como "Nombre de la poesia oral improvisada em décima en Rio Grande do Sul (Brasil)".<br />Conforme afirma o pajador e pesquisador argentino Victor Di Santo em seu livro intitulado “El Canto Del Payador em El Circo Criollo”, o <br />primeiro pajador urbano profissional que se tem notícia e que anda pelas duas margens do Rio da Prata é o argentino Gabino Ezeiza (que dá nome a um dos dois aeroportos de Buenos Aires), nascido em 19.02.1858 e morto em 12.10.1916. Isso se deu por volta de 1880 (Ezeiza teria 22 anos de idade). Se na Argentina começa por volta de 1880 com Gabino Ezeiza e aqui em 1958 com Jayme Caetano Braun (que viveu entre 30.01.1924 e 08.07.1999), são 78 anos de diferença, o que leva a crer que a pajada brasileira inexistia nesse período. A diferença entre o pajador e o trovador brasileiro está na forma de expressão e estrutura rimática. O trovador canta seus improvisos em estrofes de seis linhas (ABCBDB) e acompanhado por acordeom, enquanto o pajador o faz em décimas, por guitarra acústica (violão). Ambos se valem de um músico de apoio: não executam seus instrumentos! O pajador e o trovador gaúchos possuem a mesma origem; apenas muda a nomenclatura e a forma rimática. A métrica é a mesma: em heptassílabo. <br />Em vários países do mundo há repentistas com os mesmos anseios e um verso a cada instante, independente do nome. <br />Todos somam para o movimento da poesia oral improvisada. Eu, ACAS, percebo também que até o caipira dos sertões do Brasil, quando dizem em caipirês que “contou uma páia”, querem dizer que “inventaram algo de improviso, que tanto pode ser verdade como não”, sendo, portanto esta expressão de caipirês, talvez diretamente ligada às pajadas (ou "payadas", como se diz em espanhol). Também existem “payadas", 'coplas" e afins de sinonímia, além da Argentina; no Uruguai, Chile, Colômbia e Espanha. Pena eu não ser um filólogo e não ter mais cultura para ir além dessas nações nomeadas. Nessas horas é que eu penso na falta que nos faz o Câmara Cascudo; -Que pena!<br />Pelas minhas pesquisas, existem no Brasil algumas dezenas; talvez centenas de pajadores no Rio Grande do Sul e até fora dele.Antonio Carlos; ou ACAShttps://www.blogger.com/profile/17679633167365957241noreply@blogger.com