POESIA DE DENISE SEVERGNINI - VENTOS DA LUA - Quando eu envelhecer - Ao acaso - Libertação (Prosa poética)
VENTOS DA LUA
Quem foste?
Tu foste a luz da aurora
que, alegremente, despontou.
tu foste a símplice florzinha
que, mansamente, no jardim, desabrochou.
Tu foste o vento do ontem,
desaparecido nas malhas do tempo...
Quem és?
Tu és a estrela cadente
que, velozmente, atravessa os céus!
Tu és a alma solitária
que, esperançosamente, anseia carinhos teus!
Tu és o vento do hoje,
emaranhado nas lidas do cotidiano...
Quando eu envelhecer
Chegará este tempo que vem e não demora
Encontrará a porta escancarada à alegria
E as melenas encanecidas... Direi bem-vindo!
Rogarei ao Pai, ter muita saúde nesta hora
Para ainda brincar como criança, na fantasia
Ao acaso
Dos dissabores da vida, componho um canto de paz
E os sonhos dourados transfiguram-se em realidade
A clara e imensa luz que tua presença me traz
Traduz-se nestes momentos de suprema felicidade
Eu te dou este sol, em resposta aos teus ais
E tu o recebes como fonte de eterna mocidade
Sem saberes que tudo na vida é sempre tão fugaz
Como a centelha de esperança que povoa a saudade
Libertação (Prosa poética)
Vejo um corpo sobre a cama. E mais que um corpo é tua alma aprisionada num cárcere de músculos, pele e ossos.
Teus olhos parados no tempo vislumbram muito mais que os meus que nesta hora observam-te.
Quero ter o poder de dizer-te: Vá! Liberta-te deste cativeiro!
Este não me foi dado, contudo rogo ao Ser Supremo que seja Ele o executor de tua carta de alforria.
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sábado, 5 de junho de 2010
POESIA DE PATRICIA NEME - E se... (Meus versinhos para o dia 10 de Junho) - Não Tão Perfeito... - Ocaso - Paixão Cigana
POESIA DE PATRICIA NEME - E se... (Meus versinhos para o dia 10 de Junho) - Não Tão Perfeito... - Ocaso - Paixão Cigana
E se...(Meus versinhos para o dia 10 de Junho)
E se mais mundo houvera, lá chegara
o altivo povo dos heróis do mar,
em naus guiadas por bravura rara,
velas infladas de nobre sonhar.
E se mais mundo houvera, mais cantara,
o vate mor do luso versejar:
conquistas, fé... Vivência doce e amara...
E o amor... Fogo que abrasa, sem queimar!
Não tão Perfeito...
Ah, esse amor perfeito que me embala
na calidez do rôxo e do amarelo...
E grita por um nome... E jamais cala...
Embora eu o rejeite... É o meu anelo!
Ocaso
Se apaga o dia e num tênue momento,
teu corpo e o meu unem-se em mesma luz;
encontro breve... É leito, o firmamento...
E tudo o mais, ao nada se reduz.
Paixão Cigana
Baila comigo em volta da fogueira,
baila comigo essa paixão sem fim;
toma-me, ardente, no teu peito aberto,
que em ti repouse o sonho que há em mim.
Leia estes poemas completos
E se...(Meus versinhos para o dia 10 de Junho)
E se mais mundo houvera, lá chegara
o altivo povo dos heróis do mar,
em naus guiadas por bravura rara,
velas infladas de nobre sonhar.
E se mais mundo houvera, mais cantara,
o vate mor do luso versejar:
conquistas, fé... Vivência doce e amara...
E o amor... Fogo que abrasa, sem queimar!
Não tão Perfeito...
Ah, esse amor perfeito que me embala
na calidez do rôxo e do amarelo...
E grita por um nome... E jamais cala...
Embora eu o rejeite... É o meu anelo!
Ocaso
Se apaga o dia e num tênue momento,
teu corpo e o meu unem-se em mesma luz;
encontro breve... É leito, o firmamento...
E tudo o mais, ao nada se reduz.
Paixão Cigana
Baila comigo em volta da fogueira,
baila comigo essa paixão sem fim;
toma-me, ardente, no teu peito aberto,
que em ti repouse o sonho que há em mim.
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Poemas de Liliana Josué - Flores - Musica - Orfeu e Eurídice
Poemas de Liliana Josué - Flores - Musica - Orfeu e Eurídice
Flores
Gostava de saber
o nome de todas as flores
para que
a cada criança pobre
padecendo horrores
lhes pusesse o nome delas
num louvor que demorei
a cumprir
Musica
Musica se faz
de tudo o que existe
o vento se apraz
atira e insiste
na vida que traz.
Musica é o sonho
ou o pesadelo
dum calor risonho
ou um frio de gelo
num viver tristonho.
Música há nos barcos
cantando em surdina
nos mares ou em charcos
rompendo a neblina
de sentidos parcos.
Orfeu e Eurídice
Com sua lira, Orfeu
semeou notas douradas
o Olimpos comoveu
em melodias timbradas
dum colorido só seu.
Eurídice, a esplendorosa
enredou-se nesses sons
rendeu-se doce, amorosa
a tão delicados dons
em volúpia venturosa.
Zeus sua bênção lhes deu
Hera quis dar protecção
mas surgiu certo Aristeu
que em vendaval de paixão
quis Eurídice d' Orfeu .
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Flores
Gostava de saber
o nome de todas as flores
para que
a cada criança pobre
padecendo horrores
lhes pusesse o nome delas
num louvor que demorei
a cumprir
Musica
Musica se faz
de tudo o que existe
o vento se apraz
atira e insiste
na vida que traz.
Musica é o sonho
ou o pesadelo
dum calor risonho
ou um frio de gelo
num viver tristonho.
Música há nos barcos
cantando em surdina
nos mares ou em charcos
rompendo a neblina
de sentidos parcos.
Orfeu e Eurídice
Com sua lira, Orfeu
semeou notas douradas
o Olimpos comoveu
em melodias timbradas
dum colorido só seu.
Eurídice, a esplendorosa
enredou-se nesses sons
rendeu-se doce, amorosa
a tão delicados dons
em volúpia venturosa.
Zeus sua bênção lhes deu
Hera quis dar protecção
mas surgiu certo Aristeu
que em vendaval de paixão
quis Eurídice d' Orfeu .
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Da Garagem ao Sucesso - Por Tom Coelho
Da Garagem ao Sucesso - Por Tom Coelho
«Existem três fases: impossível, difícil e feito.»
(Frank Crane)
O ano é 1975. A cidade é Cambridge. Dois jovens estudantes egressos de Harvard desenvolvem um sistema operacional para microcomputadores. Seus nomes são Paul Allen e William Gates, mais conhecido como Bill Gates. Anos depois fundariam uma empresa chamada Microsoft que viria, em 1981, a ser contratada pela IBM como fornecedora de software para seus computadores pessoais.
O ano agora é 1978. A cidade é Brasília. O país vive o início da abertura política com a revogação do AI-5. Ao som de Sex Pistols, Ramones e The Clash, dois jovens se conhecem e descobrem de imediato suas afinidades. Um é baterista e atende pelo nome de Felipe Lemos, ou simplesmente, Fê Lemos. O outro é baixista e guitarrista, e mais ainda, um grande compositor e vocalista. Trata-se de Renato Russo e a banda que tempos depois viria a ser formada se consagraria pelo nome de «Aborto Elétrico».
A Microsoft tornou-se uma das empresas mais valorizadas e lucrativas. Numa época em que todos apostavam suas fichas no hardware, Gates vislumbrou a hegemonia futura do software. O serviço em lugar do produto. A inteligência acima da máquina. O Aborto Elétrico foi extinto em 1982, mas aquela banda de punk rock viria a influenciar toda uma geração de músicos brasileiros. Fê Lemos e o Capital Inicial, Renato Russo e a Legião Urbana. Da garagem para o mundo. Do mundo, para a história.
«Existem três fases: impossível, difícil e feito.»
(Frank Crane)
O ano é 1975. A cidade é Cambridge. Dois jovens estudantes egressos de Harvard desenvolvem um sistema operacional para microcomputadores. Seus nomes são Paul Allen e William Gates, mais conhecido como Bill Gates. Anos depois fundariam uma empresa chamada Microsoft que viria, em 1981, a ser contratada pela IBM como fornecedora de software para seus computadores pessoais.
O ano agora é 1978. A cidade é Brasília. O país vive o início da abertura política com a revogação do AI-5. Ao som de Sex Pistols, Ramones e The Clash, dois jovens se conhecem e descobrem de imediato suas afinidades. Um é baterista e atende pelo nome de Felipe Lemos, ou simplesmente, Fê Lemos. O outro é baixista e guitarrista, e mais ainda, um grande compositor e vocalista. Trata-se de Renato Russo e a banda que tempos depois viria a ser formada se consagraria pelo nome de «Aborto Elétrico».
A Microsoft tornou-se uma das empresas mais valorizadas e lucrativas. Numa época em que todos apostavam suas fichas no hardware, Gates vislumbrou a hegemonia futura do software. O serviço em lugar do produto. A inteligência acima da máquina. O Aborto Elétrico foi extinto em 1982, mas aquela banda de punk rock viria a influenciar toda uma geração de músicos brasileiros. Fê Lemos e o Capital Inicial, Renato Russo e a Legião Urbana. Da garagem para o mundo. Do mundo, para a história.
MARIANA ALCOFORADO E FLORBELA ESPANCA - Por Daniel Teixeira
MARIANA ALCOFORADO E FLORBELA ESPANCA - Por Daniel Teixeira
Nota: Este texto complementa e é complementado (pelo menos parcialmente)com o texto A EPISTOLOGRAFIA DE FLORBELA publicado no numero anterior.
A epistolografia diz respeito às cartas, tal como o seu próprio nome indica, e normalmente trata de epístolas literárias em prosa, que são a voz do seu autor, ditas de uma forma geral na primeira pessoa mas que podem abarcar todo o seu ambiente envolvente. A epístola em verso, sendo pouco utilizada, encontra o seu correspondente no verso / poema dedicado.
O sujeito do discurso – neste caso o epistólogo – procura transmitir a outro o seu vivido ou o seu imaginado. Para o efeito conta desde logo com dois elementos enquadradores: tem de utilizar linguagem descritiva e concisa (não existe possibilidade imediata de desfazer dúvidas semânticas que possam surgir no leitor tal como aconteceria se a conversação fosse directa) ou não o fazendo deve utilizar uma terminologia que mesmo não sendo clara para outrem o seja para o destinatário o que vem dar ao mesmo.
Nestes termos a epístola acaba por ser obrigada a uma restrição maior na terminologia utilizada, a certos cuidados na utilização de metáforas e outras na organização estilística, o que não se torna tão necessário caso o texto escrito não tenha destinatário definido, ou seja, caso se trate de um texto para o grande público anónimo. E bem provável que se encontre alguma maior elaboração estilística que favoreça o estatuto quer do escrevente quer do leitor, mas mesmo esta deve conter-se nos limites da perceptibilidade, o que circunscreve as possibilidades de espanejamento na dissertação.
Se formos verificar esta questão repararemos que o facto de ter a epístola um destinatário bem definido acaba por fazer funcionar, neste aspecto, um factor de responsabilização do autor para com o seu correspondente a que o anonimato do leitor dos outros géneros literários não obriga. O peso psicológico da rejeição do texto ou de partes do texto embora seja também relevante no caso da chamada grande escrita para público anónimo, não tem no seu ou seus objectos alvo (leitores) variantes culturais ou outras nas quais possa vir a suceder ainda que por mero acaso.
Nota: Este texto complementa e é complementado (pelo menos parcialmente)com o texto A EPISTOLOGRAFIA DE FLORBELA publicado no numero anterior.
A epistolografia diz respeito às cartas, tal como o seu próprio nome indica, e normalmente trata de epístolas literárias em prosa, que são a voz do seu autor, ditas de uma forma geral na primeira pessoa mas que podem abarcar todo o seu ambiente envolvente. A epístola em verso, sendo pouco utilizada, encontra o seu correspondente no verso / poema dedicado.
O sujeito do discurso – neste caso o epistólogo – procura transmitir a outro o seu vivido ou o seu imaginado. Para o efeito conta desde logo com dois elementos enquadradores: tem de utilizar linguagem descritiva e concisa (não existe possibilidade imediata de desfazer dúvidas semânticas que possam surgir no leitor tal como aconteceria se a conversação fosse directa) ou não o fazendo deve utilizar uma terminologia que mesmo não sendo clara para outrem o seja para o destinatário o que vem dar ao mesmo.
Nestes termos a epístola acaba por ser obrigada a uma restrição maior na terminologia utilizada, a certos cuidados na utilização de metáforas e outras na organização estilística, o que não se torna tão necessário caso o texto escrito não tenha destinatário definido, ou seja, caso se trate de um texto para o grande público anónimo. E bem provável que se encontre alguma maior elaboração estilística que favoreça o estatuto quer do escrevente quer do leitor, mas mesmo esta deve conter-se nos limites da perceptibilidade, o que circunscreve as possibilidades de espanejamento na dissertação.
Se formos verificar esta questão repararemos que o facto de ter a epístola um destinatário bem definido acaba por fazer funcionar, neste aspecto, um factor de responsabilização do autor para com o seu correspondente a que o anonimato do leitor dos outros géneros literários não obriga. O peso psicológico da rejeição do texto ou de partes do texto embora seja também relevante no caso da chamada grande escrita para público anónimo, não tem no seu ou seus objectos alvo (leitores) variantes culturais ou outras nas quais possa vir a suceder ainda que por mero acaso.
CORONEL FABRICIANO - Franco!... e caiu... - BENEDITO FRANCO
CORONEL FABRICIANO - Franco!... e caiu... - BENEDITO FRANCO
Cuidemos da alma e do corpo – do corpo sim, pois no céu, ou no inferno, não há roupas!
Cuidemos da alma e do corpo – do corpo sim, pois no céu, ou no inferno, não há roupas!
039 - Franco!... e caiu...
Eramos cinco os estagiários de química em uma indústria - fábrica de produtos químicos e explosivos, em Barra Mansa, RJ. O Ferdi, o alemão, um pernambucano arretado, extrovertido e engenheiro competente.
O Fernando, químico, filho único, cujos pais se formaram na primeira turma, no Brasil - pelos idos da década de 20, no século passado - em engenharia química e, na época, ajudaram a fundar um colosso da química e petróleo no Brasil - onde trabalharam até suas aposentadorias.
Os apaixonados
Fernando namorava u’a moça em Volta Redonda - apaixonado.
Apaixonadíssimo era o Ferdi - paixão imensa... do tamanho de seu coração - e seu coração era do tamanho do mundo! De cem palavras ditas, pelo menos cinqüenta e uma eram Zélia - e quando não mais falava da, ou na, Zélia, a namorada, lembrava-se da Zélia amiga de ambos.
Terminamos o estágio - Ferdi e Fernando voltariam para suas cidades, Recife e Rio, e eu continuaria como funcionário da fábrica.
O Cecílio, chefe do laboratório, convidou-nos para a despedida dos dois - morava na Vila da firma, beirando a Via Dutra, logo após a fábrica, rumo a São Paulo.
O Fernando iria com a namorada, em seu Dauphine; nós, o Ferdi, o Zé Roberto e eu, os outros três estagiários, iríamos com o Ricardo, morador da cidade - usaria o carro do pai. Naquele tempo ter um carro era coisa rara - só os filhinhos de papai.
O Fernando, químico, filho único, cujos pais se formaram na primeira turma, no Brasil - pelos idos da década de 20, no século passado - em engenharia química e, na época, ajudaram a fundar um colosso da química e petróleo no Brasil - onde trabalharam até suas aposentadorias.
Os apaixonados
Fernando namorava u’a moça em Volta Redonda - apaixonado.
Apaixonadíssimo era o Ferdi - paixão imensa... do tamanho de seu coração - e seu coração era do tamanho do mundo! De cem palavras ditas, pelo menos cinqüenta e uma eram Zélia - e quando não mais falava da, ou na, Zélia, a namorada, lembrava-se da Zélia amiga de ambos.
Terminamos o estágio - Ferdi e Fernando voltariam para suas cidades, Recife e Rio, e eu continuaria como funcionário da fábrica.
O Cecílio, chefe do laboratório, convidou-nos para a despedida dos dois - morava na Vila da firma, beirando a Via Dutra, logo após a fábrica, rumo a São Paulo.
O Fernando iria com a namorada, em seu Dauphine; nós, o Ferdi, o Zé Roberto e eu, os outros três estagiários, iríamos com o Ricardo, morador da cidade - usaria o carro do pai. Naquele tempo ter um carro era coisa rara - só os filhinhos de papai.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
POESIA DECLAMADA - Recolha e apresentação de Clara S. Tinoco - Poesias Recitadas de Fernando Pessoa - EUCLIDES CAVACO - Poesias Recitadas de Euclides
POESIA DECLAMADA - Recolha e apresentação de Clara S. Tinoco - Poesias Recitadas de Fernando Pessoa - EUCLIDES CAVACO - Poesias Recitadas de Euclides Cavaco
A Poesia, ao longo do tempo, foi perdendo a nítida feição com que nasceu: a oralidade. Conta-se que há 2.500 anos, o poeta grego Simónides de Ceos — célebre pelo hino que compôs aos heróis das Termópilas e que treinou sua memória para correr a Grécia declamando os poemas de Homero, de Safo e de poetas que o antecederam — encontrou um dia seu discípulo e conterrâneo Baquílides, escrevendo suas odes sobre uma placa de cera e o acusou de trair a poesia cuja magia e encanto, dizia, estava em sua expressão declamatória e não na palavra escrita. «A Poesia, afirmava ele, é uma pintura que fala».
Poesias Recitadas de Fernando Pessoa
EUCLIDES CAVACO
Euclides Cavaco, nasceu no concelho de Mira, distrito de Coimbra onde concluiu a instrução primária. Devido a carências económicas não lhe foi possível ingressar de imediato nos estudos secundários como tanto desejava. A sua vontade persistente de estudar era manifesta, por isso ainda muito jovem decidiu ir para Lisboa a fim de arranjar um emprego e conciliar este seu grande sonho de estudar. Assim trabalhando de dia e estudando à noite , concluiu em Lisboa o curso geral dos liceus e frequentou posteriormente os estudos superiores.
Poesias Recitadas de Euclides Cavaco
A Poesia, ao longo do tempo, foi perdendo a nítida feição com que nasceu: a oralidade. Conta-se que há 2.500 anos, o poeta grego Simónides de Ceos — célebre pelo hino que compôs aos heróis das Termópilas e que treinou sua memória para correr a Grécia declamando os poemas de Homero, de Safo e de poetas que o antecederam — encontrou um dia seu discípulo e conterrâneo Baquílides, escrevendo suas odes sobre uma placa de cera e o acusou de trair a poesia cuja magia e encanto, dizia, estava em sua expressão declamatória e não na palavra escrita. «A Poesia, afirmava ele, é uma pintura que fala».
Poesias Recitadas de Fernando Pessoa
EUCLIDES CAVACO
Euclides Cavaco, nasceu no concelho de Mira, distrito de Coimbra onde concluiu a instrução primária. Devido a carências económicas não lhe foi possível ingressar de imediato nos estudos secundários como tanto desejava. A sua vontade persistente de estudar era manifesta, por isso ainda muito jovem decidiu ir para Lisboa a fim de arranjar um emprego e conciliar este seu grande sonho de estudar. Assim trabalhando de dia e estudando à noite , concluiu em Lisboa o curso geral dos liceus e frequentou posteriormente os estudos superiores.
Poesias Recitadas de Euclides Cavaco
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