domingo, 13 de junho de 2010

Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano.- As lágrimas de Pablo Armero e contrapontos com nosso ídolos - Quem será Pablo Arme

Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano.- As lágrimas de Pablo Armero e contrapontos com nosso ídolos - Quem será Pablo Armero, el llorón?

Quando o assunto é futebol, sou um tanto bairrista; sou torcedor do São Paulo Futebol Clube. No entanto não fico alheio a eventos que ocorrem no futebol que vão além das marchas e contramarchas do esporte rei.

Estou acompanhando a saga do Pablo Armero, um jovem colombiano que joga na equipe do Palmeiras, aliás, time de predileção de minha esposa.
Há três rodadas, no campeonato paulista, ele cometeu duas falhas que redundaram em gols do adversário. Ficou uma rodada na reserva; voltou a jogar: cometeu outra falha que resultou em gol do adversário.
Armero chorou! Isso me comoveu. Este jovem colombiano, titular da seleção de futebol de seu país, tem garra, tem fibra, tem coragem e tem vergonha na cara.

Tivessem estes mesmos predicados durante a última copa, o Ronaldo Fenômeno, o Roberto Carlos, o Ronaldinho Gaucho, o Robinho e o Adriano, só para citar os mais famosos, o Brasil teria saído hexacampeão da copa de 2006.
Crises todos nós temos; durante uma vida, quantas crises enfrentamos? Acho natural que o Pablo, mi hermano colombiano, tenha passado por uma crise, porém percebe-se, quando ele olha para o vazio, quando as lágrimas claras escorrem de seu rosto, quando pede desculpas pelas emissoras de rádio e TV para os palmeirenses por suas falhas: ele está sofrendo e precisa de ajuda!
- Que grande pessoa és Pablo Armero!
Vamos Armero! Levante a cabeça! Emocione-se e nos emocione com a sua garra, sua disciplina tática e sua honestidade para consigo mesmo e para com outrem!

A Lenda do Galo de Barcelos - Por Arlete Piedade 

A Lenda do Galo de Barcelos - Por Arlete Piedade

Barcelos é uma cidade no norte de Portugal, pertencente ao distrito de Braga. É o maior concelho de Portugal, englobando 89 freguesias que se localizam entre os vales dos rios Neiva e Cávado.Podem ver a sua localização aqui:Localização de Barcelos

O povo de Barcelos é dotado de grande dinamismo cujo maior exemplo é a exuberância do seu artesanato, sendo o Galo de Barcelos o artigo mais conhecido, e divulgado em todo o mundo, a tal ponto que se tornou um dos símbolos de Portugal.
Mas igualmente o desenvolvimento económico é relevante, assim como o património arquitectónico, testemunhos de uma história rica, cujos monumentos poderão ver no vídeo seguinte:

Incustrado no coração do Minho, a caminho de Espanha e na rota do famoso Caminho de Santiago, por onde os peregrinos desde há centenas de anos se dirigem ao santuário de Santiago de Compostela em Espanha, o concelho de Barcelos tem vistas e paisagens magníficas, onde sobressai o verde da vegetação sempre fresca, e ao longe o azul do mar.
Mas afinal qual foi a lenda do célebre Galo de Barcelos, cujas figuras tanto inspiram os artesãos de Barcelos, que o representam com várias ilustrações e tamanhos?

Conta a lenda que há muitos anos, na Idade Média, o bom povo de Barcelos, andava alarmado e assustado com um crime que tinha acontecido e não se descobria o culpado, pelo que todos andavam receosos e com medo de sair de casa.
Então um dia apareceu um galego na cidade, que disse que ia a caminho de Santiago de Compostela, em peregrinação e era devoto do Santo e de Nossa Senhora.
Mas naquela época em Portugal, (como em qualquer época e em qualquer local), o que era desconhecido era suspeito de todo o mal e os galegos não tinham muito boa fama.
Galegos são os naturais da Galiza, região a norte de Portugal para onde o pobre forasteiro se dirigia, e habitualmente eram conhecidos por emigraram para Portugal, onde sobreviviam de pequenos negócios quase sempre no ramo hoteleiro, ou seja comidas e bebidas, pequenas tabernas que originavam uma certa desconfiança nos seus proprietários.
Portanto o povo de Barcelos, tinha encontrado o bode expiatório perfeito e logo o pobre galego foi olhado com desconfiança e preso acusado do crime, cujo autor ainda não se tinha encontrado.
De nada serviram os protestos de inocência do pobre homem, que levado á presença do juiz, foi condenado a ser enforcado no dia seguinte e enfiado no calabouço.

No dia seguinte, como o preso continuava a protestar, antes de ser conduzido á forca, para execução da sentença cruel, foi de novo levado a seu pedido á presença do juiz, que se encontrava a banquetear-se com um grupo de amigos.
Perante os repetidos protestos de inocência do pobre galego, e a risota dos presentes, este num assomo de desespero, apontando para um galo assado que se encontrava em cima da mesa, numa travessa, exclamou:
- Sou tanto inocente, como é certo esse galo se levantar e cantar, quando eu estiver a ser enforcado!
As risotas amainaram e o juiz não teve coragem de tocar no galo, empurrando a travessa para o lado, enquanto a comitiva que levava o preso, se dirigia para o local onde se encontrava a forca.
Mas naquele momento, perante o espanto dos presentes, o galo assado, levantou-se e cantou!

Sandra Fayad - Recuperação da Horta Comunitária e o Circuito Verde 

Sandra Fayad - Recuperação da Horta Comunitária e o Circuito Verde

«A terra, com tudo o que nela há, não nos pertence; nós é que pertencemos inteiramente a ela.»

A despeito da incompreensão e da intolerância de vizinhos da Horta Comunitária Urbana 713 Norte; apesar do nosso esforço e da nossa luta para mantê-la intacta; embora tenhamos contado sempre com o apoio da imprensa e com o aplauso de instituições governamentais ao projeto; mesmo que sejam claras as normas legais que prevêem punição para os que prejudicam ou destroem o meio ambiente; apesar da desolação visível no movimento e no silêncio dos pássaros, lagartixas, pombos, minhocas que habitam a horta e que perderam parte do seu habitat escolhido ou adotado,

não conseguimos proteger totalmente nosso patrimônio ecológico e social do vandalismo e da destruição.

Mas tenho algumas boas notícias para compartilhar com vocês.

A primeira delas é que, com a ajuda de amigos como Israel, Marquinho, Leonardo, Maria Soares, Leoni gaúcha, Tatiana e do pessoal da Embaixada da Espanha conseguimos salvar pelo menos um exemplar de cada espécie das ervas medicinais adaptadas ao clima do cerrado, plantando-as em vasos, latas, saquinhos e nos pequenos espaços disponíveis no solo. Salvamos também várias espécies ornamentais. Como todas as mudas não cabiam no terreno que nos restou, doamos muitas delas para as pessoas que desejaram levá-las.

A segunda boa notícia é que contratamos o Sr. Manoel para fazer seis grandes canteiros de tijolinho. Israel e Marquinho os encheram de terra e de húmus produzido pelas minhocas que habitam a horta. Esse trabalho de transportar mais de cinquenta carrinhos de terra, peneirá-la, misturá-la ao húmus também peneirado e depois despejar nos canteiros foi demorado e árduo. Mas valeu a pena!

Tertúlia a Favor dos Bombeiros Voluntários de Santarém - Por de Arlete Piedade

Tertúlia a Favor dos Bombeiros Voluntários de Santarém - Por de Arlete Piedade

Quantos de nós não nos chocámos já com imagens como esta?

E mais nos podemos chocar quando sabemos que aos bombeiros não é dado o devido apoio e ainda lhe ficam a dever as verbas necessárias para se manterem em funcionamento e poderem intervir em defesa das vidas e bens que um dia podem ser os nossos, como podem ver aqui nesta notícia:
http://www.oribatejo.pt/2010/05/bombeiros-voluntarios-de-santarem-em-risco-de-parar-operacoes-de-socorro/

Foi por saber das dificuldades sentidas pelos Bombeiros Voluntários de Santarém, que resolvi organizar mais uma tertúlia, desta vez a favor destes soldados da paz. Assim convido a todos que queiram passar uma tarde divertida e ainda serem úteis, para o seguinte evento:

Leia este texto completo

COLUNA POETICA DE MARIA PETRONILHO - Ser Diferente -Poemas ao mar , I , II - Se eu partir...- Saudade dispersa

COLUNA POETICA DE MARIA PETRONILHO - Ser Diferente -Poemas ao mar , I , II - Se eu partir...- Saudade dispersa

Ser Diferente

Ah, a dor de ser diferente!
Ser cisne...
Ser pombo entre as águias,
guardar no coração as mágoas,

Mas rir e chorar de contente!

Poemas ao mar
I

Fecho os olhos
e vejo mar e sinto mar…
salgado - doce
assustadora atracão
que nos afoga num sorriso

sendo pulsante vida

profunda transparência
reflexo do céu

II

Cada vez mais
te vejo mar, te sinto mar!
sou de novo a menina
caminhando horas, esquecida
de si mesma, que sonhava…

já quase se foi, a praia!

mas vive ainda a menina
temerosa e fascinada,
olhar além… tão perdida
de si mesma, que sonhava!

Se eu partir...

quero voar
nas asas de teus braços,
mar!

Ilha não quero ficar!

Quero ver o despontar
no dia do teu olhar!

Quero contigo crescer,
vogar, adejar, pairar
como uma estrela
de milhares que entrevejo
quando me queres amar!

Saudade dispersa

Envolta em silêncio e penumbra
minha alma busca a tua
abandona-se e mergulha

na saudade sempre acesa
daquela voz que não chega
da carícia que demanda

Leia estes poemas completos

Copa do mundo - anotações de um torcedor meio desligado...- Por Se Gyn

Copa do mundo - anotações de um torcedor meio desligado...- Por Se Gyn

Certo dia, chegou ao Brasil, um país novo, atrasado e rural, um inglês carismático chamado Charles Miller, trazendo uma bola coberta de couro debaixo dos braços, querendo convencer aos brasileiros, que só conheciam esportes equestres ou aquáticos, a jogar o Football.

Nota: Esta crónica faz parte um conjunto cuja continuação pode ler carregando aqui.
E ele acabou conseguindo muito mais do que esperava. Algumas décadas foram bastantes para transformar o futebol numa paixão e, traço de brasilidade. E dessa paixão, vieram muitas glórias planetárias, a ponto do Brasil ter sido chamado orgulhosamente por Nelson Rodrigues de «a pátria de chuteiras».

Porque o futebol de tornou uma paixão nacional? Para mim, por um motivo bem simples: com uma meia e papel de jornal se faz uma bola e, qualquer lugar serve de campo. O que podia ser mais acessível, convidativo e cômodo? O que eu já li de besteira sociológica tentando explicar a popularidade do futebol...

Mais uma Copa do Mundo. Mais uma vez, o país entrando numa espécie de transe coletivo - mistura da mísitica da fé na nação, com laivos de prática nacional.

A primeira lembrança que tenho de Copa do Mundo são das imagens algo trêmulas e em preto e branco do selecionado de 1970 reinando no México e conquistando o tricampeonato.

Estas imagens foram projetadas na Praça da Matriz da minha cidade natal, durante a festa do padroeiro da cidade, na parede pintada de branco da Igreja católica, na companhia de meu pai.

Alimentação Viva - Por Alexandre Pimentel * - Germinações

Alimentação Viva - Por Alexandre Pimentel * - Germinações

Três germinações são minhas preferidas pela grande facilidade, rapidez e variedade de derivados. São as sementes de trigo, girassol e alfafa. As duas primeiras também podem ser cultivadas na terra, em pequenas caixas, o terceiro, preferencialmente na água. Abaixo passo a comentá-las individualmente.

Germinação do trigo

Em 24 horas, após ficar de molho na água, a semente do trigo já demonstra seu germe. A planta, em seu estágio inicial, concentra mais vitaminas e sais minerais do que as folhas adultas. A molécula das plantas, através da fotossíntese, que na presença da luz solar absorve gás carbônico e o transforma em oxigênio, é também responsável por benefícios mais diretos ao organismo humano.

Sempre procuro adquirir sementes de origem orgânica para potencializar o processo. Então é só distribuir as sementinhas germinadas sobre dois centímetros de terra preta em uma caixa plástica. Caso queira, você pode fazer, utilizando um prego quente, pequenos furos no fundo dessa caixa para que o excesso de água da irrigação escoe.

Caso contrário, utilizando apenas o aspersor de água, não é necessário furar, mas é preciso ter cuidado para não deixar a terra muito molhada, o que pode gerar fungos e até matar seu plantio. Ao espalhar o trigo sobre a terra não é necessário deixar espaço entre os grãos, você deve cobrir totalmente o espaço de forma a não enxergar a área de plantio.

A experiência mostra que os grãos, de trigo ou outros, cobertos pela terra demoram mais para germinar. Então é importante, como já disse, que você cubra inicialmente sua micro horta com um pano, já que as sementes necessitam de ambiente sem luminosidade para o devido desenvolvimento.