segunda-feira, 12 de julho de 2010

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - Adaptação às Circunstâncias - Toponímia - Prevenção - Maldades - Símbolo Nacional

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - Adaptação às Circunstâncias - Toponímia - Prevenção - Maldades - Símbolo Nacional

Adaptação às Circunstâncias

- Um Inspector havia que, por ser cardíaco, não podia nem devia viver – ou estar - em terras de altitude.
Angola, sabe-se, tem um litoral extenso mas só de baixa cota numa faixa de cerca de 100 quilometros, depois dos quais passa a ser acidentada e a conter planaltos mais ou menos elevados, culminando com a cordilheira da Chela, ao Sul, com cerca de 2 000 metros de altitude.
Para desempenho das suas funções (inspeccionar, Concelhos e Postos, portanto), por essa razão lhe estavam reservadas apenas as Circunscrições da faixa litoranea, pelo que ele se auto-intitulava de «Inspector da Borda d’Agua».

Toponímia

- Vivia-se a época em que o desenvolvimento de Angola era uma realidade (1954...) e, entendendo-o o Governo da Nação decidiu que por desmembramento dos já existentes iriam ser criados novos distritos, assim se adensando a malha de cobertura administrativa reduzindo-se-lhes as imensas áreas.
Os governadores de distrito, como se disse já, por norma eram designados em comissão de serviço de entre os oficiais – de qualquer dos ramos das Forças Armadas - ou de entre as altas patentes dos quadros administrativos ultramarinos, e ainda e mais raramente, por licenciados de qualquer faculdade.
Na época, O Quadro previa 4 inspectores para Angola, e estes eram mais conhecidos pelas suas manias, defeitos, ou peculiaridades que propriamente pelos seus nomes.
O Inspector protagonista do episódio anterior , especulando sobre o nome que teria cada um dos novos distritos a criar e quem de entre os quatro poderia vir a ser nomeado para cada um, por si criou os seguintes:

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A empresa como refém do cliente.Uma visão atual! - Por Adm. Marizete Furbino

A empresa como refém do cliente.Uma visão atual! - Por Adm. Marizete Furbino

«A única fonte de lucro é o cliente».
(Peter F. Druker) - Conscientes de que o cliente possui fundamental importância em qualquer negócio, devemos ter muita sabedoria no modo de tratá-lo. Para que o colaborador desempenhe sua função com eficiência, tendo em vista a eficácia, é necessário, além do conhecimento, ter muita paciência, muita disposição, cautela com a entonação de sua voz, e muita sabedoria para compreender as necessidades do cliente.

Podemos considerar alguns pilares para se obter a excelência em um atendimento. São eles: gostar do que faz na era do século XXI é pouco, é preciso mais, é preciso amar muito o se que faz, ter muito interesse e talento, conhecimento, paciência, saber ouvir o cliente e ter muita sabedoria para descobrir quais os anseios e desejos do mesmo, através de uma boa e agradável conversa informal.

Além de propiciar a venda do produto e/ou serviço, é preciso mais, é preciso conquistar o cliente, e isto se faz com muita educação, respeito, cordialidade, atenção e muito carinho.

O cliente plenamente satisfeito torna-se um verdadeiro parceiro da empresa, porque, além de sempre retornar para comprar outros produtos e/ou serviços, irá fazer a recomendação desta para outras pessoas tornando-se o nosso grande vendedor.

O exercício da função, pelo colaborador, deve ser recheado de motivação. Lembre sempre que você, colaborador, está exercendo suas funções em determinada empresa porque você quer, ninguém o está obrigando a permanecer na mesma, mas, se você optou em atuar em determinada empresa, tem que atuar com motivação, e deve dar o melhor de si, tem que se doar muito e se entregar de corpo e alma, afinal, você é pago pela prestação de seus serviços.

A partir do momento em que o empreendedor propicia certo grau de importância ao seu colaborador, valorizando-o, respeitando-o, e oferecendo-lhe toda oportunidade de desenvolvimento bem como de crescimento, investindo cada vez mais no mesmo como uma de suas principais fontes de capital dentro da empresa, se este não desempenhar suas funções com eficiência e eficácia, não fazendo jus ao nome de colaborador, o empreendedor não deverá ter jamais compaixão do mesmo, pois, seu cliente não terá este mesmo sentimento pela sua empresa, e, como conseqüência, você empreendedor estará comprometendo toda sua empresa.

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domingo, 11 de julho de 2010

Tertúlia da U.L.L.A – União Lusófona das Letras e das Artes, no Palácio Galveias - Por Arlete Piedade

Tertúlia da U.L.L.A – União Lusófona das Letras e das Artes, no Palácio Galveias - Por Arlete Piedade

No seguimento das tertúlias da U.L.L.A. iniciadas há cerca de três anos em todo o país, a fim de dar cumprimento aos objectivos exarados nos estatutos, de promover a expansão dos poetas e artistas de língua portuguesa, independentemente da sua origem, realizou-se no passado dia 3 de Julho, pelas 19h30, mais uma tertúlia, no Palácio Galveias, sede da Biblioteca Municipal de Lisboa.

Recordamos que a U.L.L.A. foi legalmente constituída por escritura pública, em Junho de 2007, sendo sócios fundadores, Alexandra Amaro, escritora, actriz e artesã, seu marido António Amaro, Edyth Teles de Meneses, escritora e poetisa e Arlete Piedade, escritora, poetisa e jornalista.


Num espaço nobre rodeados de obras literárias que fazem parte do acervo daquela instituição, poetas associados e convidados, deram a conhecer alguns dos seus poemas, declamados pelos próprios ou pelos convidados presentes.


Presidiu á tertúlia, Edyth Teles de Meneses, na qualidade de vice-presidente, estando presentes os seguintes associados: Arlete Piedade, sócia - fundadora, Drª Maria de Lourdes, escritora e poetisa, Drª. Teresa Cunha, poetisa, Joakim e sua esposa Bela, poetas e Luís Filipe, poeta. Como convidados estiverem presentes, Graça Melo, poeta e editora de livros, Srª. D. Aldina e Sr. Vieira. De destacar a presença de Meg Klopper, escritora e poetisa brasileira, que se encontra em Portugal, para aperfeiçoar a sua formação em literatura portuguesa e é a mais recente associada da U.L.L.A, fazendo jus aos seus objectivos de promover os escritores de língua portuguesa, seja qual for o país de sua naturalidade.


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O terminal - Conto por Roberto Kusiak

O terminal - Conto por Roberto Kusiak

Seu último suspiro não foi de felicidade, não foi de tristeza ou angústia. Não foi nada de absolutamente nada além de um suspiro. Morreu, com os olhos fechados, a boca semiaberta, a cabeça pendida para o lado esquerdo.

Não acredito em deus. Não tenho motivo algum para acreditar que ele exista, ou existiu. O mais próximo que cheguei de sua existência, foi pensar que ele não passa de um grande filho da puta sádico, egoísta e mais perverso que o demônio, outro carinha que não me convenceu.
As pessoas nascem boas ou más, nada mais além disso. Infelizmente, as poucas pessoas boas que conheci se foram. Minha mãe e Carmem, minha esposa. Ambas foram mortas. Duas pessoas cujas vidas libadas fariam inveja até mesmo para a Madre Tereza de Calcutá.

Somente eu restei, eu e minha consciência, meu tormento. Meus questionamentos acerca de deus. Imbecil, poderia ter me levado ao invés delas. Isso mesmo, você não passa de um grande e estúpido hipócrita. Você ri quando sofremos, gargalha quando inocentes morrem ou são mortos, zomba diariamente da nossa cara quando um viciado nos assalta no meio da rua.



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Poesia de Ilona Bastos - O Sono e o Brilho - ECOS

Poesia de Ilona Bastos - O Sono e o Brilho - ECOS

O Sono e o Brilho

Brilham a água e as bolhas transparentes.
Por mim, tenho sono. Não tomei café...
Ou será da leitura, que sinto aborrecida?
Ou antes do sol, que bate nas letras pretas
deste livrito bege e me torna o olhar parado,
pasmado, à beira do precipício do sonho?

Não importa. A água brilha e encandeia.
O ruído surdo de conversas distantes, e próximas,
e do avião que surge, gigantesco passarão,
na paisagem paradisíaca do Campo Grande,
alimentam a sonolência da ocasião.


ECOS

Mesmo que aos ouvidos
me não cheguem,
os ecos existem, eu sei.
Largados no espaço, talvez.
Aos meus anseios, eu sinto,
uma voz responde,
inaudível mas forte,
ao longe criada, difundida
pelos confins do Universo.

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POESIA DE PATRICIA NEME - Ventos - Fiz do verde meu caminho...- Das Rosas e dos Sonhos

POESIA DE PATRICIA NEME - Ventos - Fiz do verde meu caminho...- Das Rosas e dos Sonhos


Ventos

Já nem sei quando sejam madrugadas
- ou dias plenos, de um viver ardente...
Pois pelas minhas mais sutis estradas,
um vento aflito busca-te, imprudente!

Cavalga amaro e nas fundas passadas,
lacera os sonhos da espera silente.
Espera antiga, de vidas passadas,
que não permite o agora em meu presente.

Fiz do verde meu caminho...

Fiz do verde meu caminho,
fiz da vida plantação;
plantei flor e passarinho,
filhos, versos e oração.
Plantei pão e plantei vinho,
com o amor da minha mão.
Caminhei por verdes mares,
fiz sorrir verdes olhares,
verde foi o meu jardim.
Verde foi minha esperança
no verdor das minhas tranças...

Das Rosas e dos Sonhos

«O sonho que se esvai na desventura»
do anoitecer das pétalas das rosas,
é sonho embevecido pela alvura
da mão entregue às tramas amorosas.

O sonho que se esvai... Sonho ou loucura?
No sonho habitam cores enganosas...
E na loucura habita a entrega pura
de quem sonhou venturas ardorosas.

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COLUNA DE HAROLDO P. BARBOZA - A luz do túnel apagou.- Perda da copa – os culpados.- Obrigado Dunga!

COLUNA DE HAROLDO P. BARBOZA - A luz do túnel apagou.- Perda da copa – os culpados.- Obrigado Dunga!

A luz do túnel apagou.

A maneira das elites governantes manterem o povo domesticado é simples: basta evitar que 95% da população tenham acesso à prática da educação e cultura de bom nível. Mantendo o rebanho ciente apenas das 4 operações aritméticas (excluindo números decimais, é claro) e de como se escrevem umas 50 palavras (excluídas as que possuam «ss», «ç», «x» e «ch» – crase, nem pensar) é o bastante para enganar os eleitores com notícias fantasiosas e picotadas.

A partir deste estágio fica fácil enganar por longo tempo a galera que só tem acesso às notícias por três meios:
a) Tele-jornais conduzidos por simpáticas estampas;
b) Manchetes de jornais pendurados nas bancas;
c) Rádios com programas conduzidos por locutores de boa dicção.

Perda da copa – os culpados.

A imprensa busca um culpado pelo fracasso na copa de 2010. Se tiver apenas um, vende bastante jornal durante uma semana. Vão buscar qualquer insucesso da vítima até mesmo em sua infância.

Mas existem diversos culpados. A ordem e o peso não importam. Mas não há interesse da mídia em ilustrar alguns deles. Quem escolheu um técnico. Não basta ser um sujeito de bom caráter. Precisava ter tido experiências em clubes durante 5 ou 8 anos.

A escolha equivocada dele dos atletas para compor o time. Muitas vezes a teimosia ofusca a lógica. Médico que libera jogador com 80% de suas possibilidades. Na copa, estando com 99,5% já representa um alto risco.

Corneteiros que zoam durante 24 horas nos ouvidos da comissão. Existem diversos «espertos» nas imediações para sugerir esquemas, táticas e jogadores.
Patrocinadores e empresários que forçam convocações. O que lhes importa é a figura estar na «moda» mesmo sem obter o título. Projetam o futuro de 8 a 10 anos e influenciam para evitar a monotonia.

Obrigado Dunga!

Os times populares brasileiros de futebol não deram sua cota adequada de contribuição para que o povo desperte da ilusão de que tudo está bem. Mesmo com um futebol de baixa qualidade, conquistaram merecidamente os títulos em seus estados e com isto, provocaram euforia em quase metade da população nacional, que por alguns dias esquecem a falta de alimentação, saúde, emprego e esperança.
Pessoas sem apoio social permanecem anestesiadas por quase um mês dando tempo ao governo para se arrastar mais um tempo sobre suas mancadas armadas. As festas pelas conquistas ainda ecoam pelos ares, alimentando a alma da população sofrida. O brilho dos campeões supera o perigo dos futuros apagões e falta de futuro para nossos jovens.
Já a seleção nacional, composta por jogadores que já estão bem estabelecidos na vida, mas são oriundos de regiões pobres e sofredoras (e ainda se lembram das dificuldades dos tempos da infância?), numa profunda demonstração de civismo, comandados por Dunga, abriram mão de disputar um título inédito na Africa, que poderia lhes render mais alguns milhares de dólares nos prêmios e atuaram de forma bisonha, para não correrem o risco de vencerem um torneio preparado pelos patrocinadores para colocá-los na final.

Leia estas crónicas completas a partir de segunda feira 12/07/2010