sábado, 21 de agosto de 2010

Carta Aberta à Indústria de Alimentos - Por Alexandre Pimentel * 

Carta Aberta à Indústria de Alimentos - Por Alexandre Pimentel *

Prezados Senhores,
O objetivo desta missiva é estimular a Indústria de Alimentos quanto à melhoria de qualidade de seus produtos bem como revisar o conceito de Qualidade de Vida , sinônimo de Saúde e Vida Saudável.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS – saúde (qualidade de vida, vida saudável) é um estado de bem estar físico, emocional, mental, psicológico, espiritual e social. Atualmente mais de dois terços da humanidade não têm acesso a nenhuma alternativa de saúde vivendo em condições de absoluta carência nesses níveis apresentados pela OMS, caracterizando-se assim a miséria da falta.

Não obstante, nos países desenvolvidos, onde existem recursos ou possibilidades de recursos, é oferecida à maior parte das pessoas um conjunto de produtos alimentícios cujo conceito de qualidade é completamente equivocado: Desnaturados, enlatados, conservados, plastificados e modificados conforme a aceitação de mercado.

Em alguns desses produtos são acrescidas fibras, vitaminas e outros elementos cuja necessidade é evidente, porém, esse acréscimo, na maioria das vezes não passa de um disfarce muito mais vinculado às estratégias de Marketing do que a um genuíno interesse com a saúde pública.
Fato incontestável é que a grande maioria dos chamados alimentos industriais são produtos de venda e não veículos para a saúde de seu consumidor.

Outro fato evidente é a contratação industrial de técnicos que atestam qualidade de produtos que muitas vezes jamais eles próprios consumiriam ou ministrariam a suas famílias. Até na indústria do tabaco encontramos profissionais que garantem a inocência do cigarro.

Nas fábricas de agrotóxicos e pesticidas estão doutores qualificados que provam por A mais B que esses venenos não prejudicam o homem e o meio ambiente. Enfim, profissionais pagos existem em todo o complexo industrial para demonstrar uma qualidade cujo impacto social positivo dificilmente é percebido. Percebe-se, ao contrário, no consumidor arraigado ao consumo industrial, uma maior incidência de patologias degenerativas, o que pode ser chamado de miséria da opulência.

Leia este tema completo a partir de 23/08/2010

POESIA DE ARLETE PIEDADE - Chamas; Nave do espaço; Utopia; Sonhos partilhados

POESIA DE ARLETE PIEDADE - Chamas; Nave do espaço; Utopia; Sonhos partilhados

Chamas

Línguas de fogo serpenteantes e gigantescas
Sobem lambendo copas de árvores impotentes
Rastejantes se insinuam, titânicas e dantescas
Consumindo vorazmente, em todas as frentes

O descuido criminoso do homem pelo ambiente
Cruel ganância de ganhos, imediatos e lucrativos
O desprezo pelas gerações futuras, são somente
Alguns dos evidentes e mais falados dos motivos

Nave do espaço

Que belo planeta azul e luminoso, vejo além a vogar...
talvez seja o mesmo que nossos ancestrais visitaram!
Ficaram as lendas dos imensos mares e animais a lutar,
habitantes inteligentes, e a civilização a despontar!

Na atmosfera azul e profunda, brancas nuvens vogavam,
nas árvores frondosas, cresciam frutos e trinavam aves...
nos oceanos, seres aquáticos, as vagas alterosas cortavam,
com corpos vigorosos, de cores variadas e formas suaves.

Utopia

Será utopia, este amor que me agita dia a dia?
Será quimera, esta ânsia, esta eterna espera?
Será ilusão, querer partilhar, tamanha paixão?
Será apenas na mente, que o amor se sente?

Ah..eu não sei não...mas o meu corpo tremente
se agita com sofreguidão, quando te pressente...
Em tamanho amor, contido com lágrimas e dor,
queria te poder amar, nem que fosse só pelo ar...

Sonhos partilhados

Hoje te esperarei, na noite quente
mas como sempre, não sei se tu virás
mas é tamanha esta saudade ardente
que suplico que o tempo volte atrás

queria para junto de ti, poder fugir
e fazer dos nossos sonhos, realidade
para poder ver-te, ir para aí, residir
pertinho de ti, algures nessa cidade

Leia estes poemas completos a partir de 23/08/2010

Nirma Regina Constantino (Salto, São paulo, Brasil) - A COLOMBINA E A ALMA - A Colombina e o Sagrado Feminino (Vídeo - Composição de Nirma Regina Cons

Nirma Regina Constantino (Salto, São paulo, Brasil) - A COLOMBINA E A ALMA - A Colombina e o Sagrado Feminino (Vídeo - Composição de Nirma Regina Constantino)

Abro o meu caminho...olhando para cima...e sorrindo.
O sol...ilumina as sombras da minha alma.
Piso na terra...com as íris no horizonte...e tranquila.
A chuva...lava o meu corpo e batiza o meu espírito.
Converso com o vento...à sombra da árvore... estou serena.
Somos todos...tão iguais...nas lutas e nos caminhos dos mortais.
Aguardo o anoitecer...ouvindo os pássaros...e aprendendo.

NIRMA REGINA CONSTANTINO

Sou uma pianista que, através de muita reflexão, desenvolvi alguns «padrões diferenciados» de sintonia com a música erudita.
Desde tenra idade «estagio» entre movimentos artísticos ( teatro, dança, pintura, literatura), porém com o intuito de melhor entender a dinâmica social.
A música é minha forma de «sabedoria intrapessoal» e acredito que o som produz o princípio para o autoconhecimento. Consequentemente, sua ministração reporta a alma do «ser»... para o núcleo... em «si mesma».

Leia estes temas completos a partir de 23/08/2010

Mesa CHEIA. Sinal de incompetência! - Por Adm. Marizete Furbino

Mesa CHEIA. Sinal de incompetência! - Por Adm. Marizete Furbino

«Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo, e fazer bem feito». (Pitágoras)
O profissional do século XXI deve ter em mente que mesa cheia de papelada não é mais sinônimo de competência; ao contrário, é sinal de incompetência.

Pilhas e mais pilhas de papéis sobre a mesa, além de atestar falta de organização, atesta incompetência, pois, se aquela papelada está ainda por cima da mesa é sinal de que não fora resolvida, e pior, em tempo hábil; logo, poderá comprometer muito o profissional responsável. Toda documentação resolvida deve ser imediatamente arquivada. Isto faz parte de uma boa organização e de um bom gerenciamento.

Ademais, torna-se visível a necessidade de, além de sermos organizados, saibamos planejar nossas ações, priorizar as tarefas, definir as prioridades de curto, médio e longo prazos, para evitar, desta forma, possíveis perdas.

Ressalta-se que, apesar de alguns dizerem que por traz de uma mesa com papéis empilhados e totalmente bagunçados existe sempre um profissional criativo, é preciso salientar que nos dias atuais, se «afogar» em meio à papelada é uma variável grave que deve ser ponderada, visto ser considerada um forte «indicador» de incompetência. Deve-se ter em mente que, se o profissional não consegue organizar sua mesa, como irá conduzir todo o seu processo de trabalho?

Chega às raias do absurdo o profissional pensar que, quando a mesa estiver entupida de papéis, os demais irão no mínimo imaginar que ele trabalha muito, que é muito competente, envolvido, comprometido e, quem sabe, até insubstituível. Um profissional com este perfil pode até ser criativo e até mesmo ser útil em várias situações para a empresa, mas certamente será inútil em projetos ou tarefas que requeiram método e organização para o alcance de bons resultados.

Leia este tema completo a partir de 23/08/2010

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - Obstipação - Um mínimo de Decoro !!!- Bons Modos - Depoimentos

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - Obstipação - Um mínimo de Decoro !!!- Bons Modos - Depoimentos

Obstipação

- Foi substituído o governador, por um outro muito mais discreto e menos eficiente.
Depressa o povo o cognominou de «O prisão de ventre».
Porquê ?
Porque o outro (o antecedente) sempre ia fazendo umas merdinhas !

Um mínimo de Decoro !!!

- Um administrador já aposentado, (portanto no mínimo e na altura com 65 anos) usava mosca (pequeno tufo de pelos que deixava crescer sob o lábio inferior) e por essa razão grangeara a alcunha de O Pêra d’Aço . (Esqueci ou mesmo nunca lhe soube o nome, do mesmo modo que só me recordo de Mendonça como sobrenome de outro, alcunhado de O 30 Cabelos, ou simplesmente 30, por tratar com doentio desvelo os pouquíssimos fios que lhe restavam da antiga cabeleira.

Bons Modos

- Um chefe de posto só, no seu jeep, devidamente fardado, mas desarmado e temerariamente (vivia-se «a guerra» -1965) cumpria um trajecto em que com alguma freqüência se sofriam emboscadas.
Tendo chovido copiosamente, à passagem de certo riacho – a vau - não hesitou: tentou e o riacho a tanto se opôs.
Fora do trilho habitual, a viatura assentou ambos os eixos e não houve forma de dali a remover nem com o recurso à tracção dupla e reforço de que dispunha.
O chefe, resolvido a aguardar pacientemente o abaixar das águas para então de novo tentar safar o carro, reparou num grupo de seis africanos que, a cerca de 300 metros, estáticos, mais ou menos encobertos pela densa vegetação o observavam.

Depoimentos

Meras quezílias ou mesmo graves questões familiares relacionadas com casamentos e divórcios, heranças e partilhas, negócios e/ou simples acordos entre os nativos angolanos, normalmente tinham raízes muito profundas que, as mais das vezes, se situavam distantes várias gerações.
. Assim é que, não raro, uma qualquer desavença do presente se fundamentasse em factos passados há três, quatro, ou mais gerações atrás..
Por esta razão, quando «a maca» ou «a endaca» (leia-se questão, discórdia, desavença) era levada à presença da autoridade que havia de a dirimir, os desavindos já tinham entre si discutido vários dias, semanas, meses ou até anos, e recorrido à sabedoria do próprio Soba.


Leia este tema completo a partir de 23/08/2010

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Encontro Explosivo - O Bem Amado

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Encontro Explosivo - O Bem Amado

Encontro Explosivo

Analisando alguns fatos, o filme Encontro Explosivo traz sintomas de ser uma bomba. Apesar de Patrick O’Neill ser creditado como roteirista, pelo menos mais oito pessoas puseram suas mãos no texto, o que pode ter um desfecho desastroso.

Outro sinal de perigo é o fato de a produção ter regravações agendadas para apenas sete semanas antes da estréia no circuito estadunidense. Esse tipo de ajuste de última hora normalmente é feito como uma tentativa desesperada de salvar o dinheiro investido em um título de baixa qualidade.

Mesmo com todos esses indícios, pode-se dizer que Encontro Explosivo corresponde às expectativas e entrega o prometido. Trata-se de uma fita de ação com forte apelo cômico, por isso que nomes como Chris Tucker, Adam Sandler, e Gerard Butler foram cogitados para assumir o papel de protagonista. Como boa parte da graça está na aparente insanidade de Roy Miller, ninguém melhor do que Tom Cruise para assumir o personagem.

O Bem Amado

O cineasta Guel Arraes ganhou notabilidade com produções engraçadas que tinham o Nordeste brasileiro como cenário. A história da peça O Bem Amado, que já foi transformada em novela e seriado, parece algo irresistível para ele. Sem pestanejar, Guel pegou o enredo e transformou em mais uma comédia nordestina.

Quando o diretor se une a uma história que parece tão certa para ele, os exageros acabam estragando o que poderia ser um grande filme. Os sotaques nordestinos de alguns atores são irregulares e as situações são forçadas pela direção.
Por vezes, os atores estão um tom acima do que o desejável para a linguagem de cinema, sendo mais atrativo para quem gosta do tom teatral. Quem consegue uma regularidade maior em seu personagem é José Wilker, mas sua participação se dá em poucas cenas.

Por outro lado, o casal formado por Maria Flor e Caio Blat está totalmente descolado do restante do filme. A história de amor entre os dois poderia render boas cenas, mas fica de fora.

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José Varzeano - Diogo Dias, um dos vários casos em que o antropónimo deu origem ao topónimo

José Varzeano - Diogo Dias, um dos vários casos em que o antropónimo deu origem ao topónimo

Pequena nota: No nosso périplo pelo concelho, nesta rubrica muito procurada pelos visitantes/leitores, vamos abordar hoje um «monte» da freguesia de Martim Longo onde ainda devem viver mais de duas dezenas de pessoas, o que começa a ser difícil de encontrar.
JV

Esta pequena povoação alcança-se a partir da aldeia de Martim Longo, sede de freguesia a que pertence, tomando a estrada nº 124.

Poucos quilómetros andados encontramos à direita um entroncamento que seguimos e hoje já asfaltado, o que não acontecia quando passámos por aqui a primeira vez.

Estrada com algumas curvas aparece-nos do lado direito um pequeno monte que já referimos e hoje desabitado, o monte do Silgado. Continuando o nosso trajecto, pouco depois descortinamos igualmente à direita uma povoação de maior dimensão e que se alcança por um pequeno desvio, igualmente asfaltado. A beira da estrada um abrigo apropriado para esperar por transportes públicos.

Como muitas vezes acontece, a referência mais antiga que possuímos da povoação é a que nos dá as Memórias Paroquiais de 1758, pois o pároco que respondeu ao questionário a indica, ainda que não refira e como fez a todas as outras, o número de vizinhos existentes. Todos os párocos das outras freguesias do concelho o fizeram, excepto este.

O seu nome é evidentemente um antropónimo transformado em topónimo e de que existem vários exemplos no concelho.

Por volta de 1970 um natural do monte e a nossa solicitação contou-nos a seguinte estória : - Em tempos que as pessoas não sabem situar, dois irmãos, o Diogo e o Pedro, herdaram grande fortuna pela morte dos seus progenitores. Cada um fixou-se no quinhão que lhe coube dando origem aos «montes» existentes com os seus nomes.

Isto é a estória arquitectada pelo povo, desconhecendo que por essas alturas só herdava o filho primogénito.

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