sábado, 4 de setembro de 2010

COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia da semana e noticias

COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia da semana e noticias

2 a 14 de Setembro: Exposição «Portugal Europeu» em Boticas.

7 de Setembro: Presidente Durão Barroso pronuncia o seu primeiro discurso sobre o estado da União em 2010, no Parlamento Europeu.

7 de Setembro: A OCDE e a Comissão apresentam o relatório de 2010 sobre a educação. O relatório, que contém muitos dados estatísticos relativos a 35 países, concentra-se sobre os níveis de investimento e os resultados na educação.

15 de Setembro: Comissão apresenta a iniciativa «Juventude em movimento» destinada a apoiar o acesso dos jovens ao mercado do trabalho através de uma melhor educação, formação e mobilidade.

15 de Setembro: Comissão propõe medidas relativas aos produtos derivados, swaps de risco de incumprimento e vendas a descoberto, a fim de restaurar a confiança nos mercados financeiros.

15 de Setembro: Por ocasião dum fórum na Dinamarca, Neelie Kroes expõe a acção da UE no domínio das soluções digitais inovadoras ao serviço das pessoas de idade.

Comissão Europeia apela a 14 Estados da UE para assegurarem que a criminalidade internacional não compensa
No mês passado, as autoridades italianas confiscaram à Máfia activos no valor de 60 milhões de euros. No Reino Unido, foram apreendidos 92,3 milhões de euros a uma rede criminosa internacional proprietária de bens no Dubai. Estas apreensões referem-se apenas a uma fracção da riqueza total dos criminosos que pode hoje ser transferida facilmente através das fronteiras.
E é por esta razão que as regras da UE vigentes desde 2006 (Decisão-Quadro 2006/783/JAI 90 do Conselho) permite aos Estados Membros obterem a apreensão de activos resultantes de actividades criminosas no estrangeiro. No entanto, um relatório publicado a 23 de Agosto pela Comissão Europeia revela que metade dos países da UE ainda não adoptou as regras necessárias para o fazer. Isto significa que os activos - bens, capitais branqueados ou carros roubados - de uma organização criminosa procurados em França se encontrarão em segurança, por exemplo, na Eslováquia ou na Bulgária.

Leia este tema completo a partir de 06/09/2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - Poema ERA POETA

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - Poema ERA POETA

ERA POETA

Conheço um poeta
Que trás escondida dentro de si,
Uma dor profunda.
Vive melancólico,
Vive na obscuridade…
Por vezes quer fazer transparecer tranquilidade
E certo entusiasmo,
De seu olhar radioso.
Porém é fraco,
De si mesmo duvidoso,
Traz dentro de si
Um mar de lágrimas,
E uma alma de poeta.
Então diz:
- Eu sou apenas metade,
Há outra que me faz falta,
Sou de mim meia verdade,
Mas meu coração exalta.
Saem-lhe gritos da alma,
Poemas de horas tristes,
Perfume negro que exala.

Então diz:

Leia este poema completo a partir de 06/09/2010

CORONEL FABRICIANO - BENEDITO FRANCO - 072 – O Fluminense - 073 – O Botafogo - 051 – Carlos Drumonnd - 050 – UDN e PSD - 21 de abril de 1960 - 033 - O

CORONEL FABRICIANO - BENEDITO FRANCO - 072 – O Fluminense - 073 – O Botafogo - 051 – Carlos Drumonnd - 050 – UDN e PSD - 21 de abril de 1960 - 033 - Os Santinhos - Labutas de uma mãe

072 – O Fluminense

Em frente ao prédio onde eu morava, na Rua Santo Amaro, ao lado da Beneficência Portuguesa, no Catete, na Cidade Maravilhosa, havia um senhor aposentado, bem gordo e preto, que vivia sentado em um tamborete na entrada de um prédio antigo.
Era um torcedor ferrenho do time do Fluminense. Quando o Fluminense jogava mal ou perdia, telefonava ele para o Clube e mandava chamar o técnico, o Telê ou o goleiro Castilho.
Interessante que todos eles atendiam ao telefonema daquele humilde senhor – e ele xingava, dava ordens morais e técnicas! Quando vencia o Fluminense, ele não deixava de telefonar para os elogios, os parabéns e os comentários técnicos.


073 – O Botafogo

O Botafogo era o maior e melhor time do Rio, quando eu lá morava – meio time da seleção brasileira! Entre outros, os jogadores Didi e Garrincha – os maiores jogadores de todos os tempos – mais o Nilton Santos e o Zagalo. Entrei para sócio. Até hoje gosto do Botafogo – não tanto quanto o Sérgio, meu genro marido da Fernanda!

No Botafogo, meu vizinho, o Licurgo, era o treinador de pesca submarina e arco e flecha. Muitas vezes fui com ele ao clube e andei treinando arco e flecha – pena que os instrumentos eram caríssimos - embora o Clube emprestasse os seus. Na Praia Vermelha dei alguns mergulhos e nada pesquei - percebi que aquilo não era a minha praia!


051 – Carlos Drumonnd

No Rio, diariamente, quando chegava do trabalho, logo após o Angelus, na Rádio Cultura, escutava ávido a leitura, feita pelo Paulo Autran, de uma crônica do Carlos Drumonnd de Andrade. Delícia de crônica e delícia de interpretação – realmente uma representação do texto pelo maior de nossos artistas e que nos deixou saudosos: o Paulo Autran!

A firma onde eu trabalhava tinha o escritório central em frente ao Ministério da Educação, um prédio símbolo da arquitetura moderna no Brasil e onde o Carlos Drumonnd trabalhava, e, inúmeras vezes, via-o caminhar, atravessando todo o jardim em baixo do prédio, transpondo as altas colunas, em direção ao elevador - com aqueles passos miúdos e característicos. Lamento não ter ido a seu encalço para conversar com nosso poeta maior e pedir-lhe um autógrafo.


050 – UDN e PSD

Gostava de ouvir, pelo rádio, os debates na Câmara Federal no Rio de Janeiro. De cara fiquei fã dos discursos do Carlos Lacerda, Baleeiro, Afonso Arinos...

Dois Partidos dominavam a política brasileira: a UDN – União Democrática Nacional - e o PSD – Partido Social Democrático - os dois de direita. UDN e PSD eram Partidos da elite – de democráticos possuíam um pouco - e nada de nacional. Se pudessem, entregariam o Brasil para os Estados Unidos. Seriam os PFL, PSDB e PMDB de hoje ou a Arena no tempo da ditadura.


21 de abril de 1960

Vendo a história... no meio dela!

No sábado anterior ao 21 de abril de 1960, os cariocas despediram do Juscelino Kubitschek, o JK, que mudaria a Capital do Brasil, do Rio para Brasília, deixando para trás, não mais o Distrito Federal, mas o Estado da Guanabara.
Nessa época eu morava no bairro do Catete, tão perto do Palácio, que de meu quarto ouvia o barulho do povo cantando e gritando em homenagem ao JK, que, com a Família, permanecia nas sacadas do Palácio, e de vez em quando descia para o meio do povo – aí a gritaria aumentava muito mais. Esta festa durou umas vinte de quatro horas.


033 - Os Santinhos - Labutas de uma mãe

Papai gostava de chamar a Imaculada, minha irmã, de Lalá, pois era magrérrima quando pequena. Magreza lembrava Lamartine Babo, apelidado de Lalá, compositor famoso de tantos carnavais e dos hinos de clubes de futebol - do Flamengo, Vasco, Fluminense, América etc..

No Rio havia um amigo e colega no curso de química, vizinho do Lamartine Babo, na Vila Isabel, casas uma ao lado da outra. A esposa do amigo iria dar a luz ao segundo filho.

Leia este tema completo a partir de 06/09/2010

Página de Carlos Funghi - Duas Crónicas: Ainda não consigo Aristóteles e O Caminho para a Felicidade

Página de Carlos Funghi - Duas Crónicas: Ainda não consigo Aristóteles e O Caminho para a Felicidade

Ainda não consigo Aristóteles

Pois é, meu caro filósofo. Que coisa linda e profunda quando você diz: «O Homem precisa ser senhor de sua vontade e escravo de sua consciência».

Não consegui ainda ser senhor de minha vontade. Minha consciência vai paulatinamente me fazendo seu escravo, mas sei que ainda falta muito, pois só terei a plena certeza que me tornei totalmente escravo dela quando eu for senhor de minha vontade.
Creio que consciência e vontade estejam intimamente ligadas.
Outra coisa, caro Aristóteles:
Você diz que não devemos esperar no outro a nossa própria felicidade. Aí é que estou completamente perdido. Explico: Quando estou com ela sinto-me numa espécie de paraíso; mais completo mais seguro e feliz. E passeando com ela de mãos dadas posso ver com maior lirismo as estrelas, os pássaros, sentir carinho pelos velhos sentados na praça.


O Caminho para a Felicidade

Procurei-o pela vida afora sem sucesso, em minha infância sem saber que o procurava, em minha juventude lutando contra meus próprios temores, na meia idade tentando o sucesso.

E eis que atingindo a terceira idade onde comecei a depor do outro lado do rio tudo o que descobri não precisar, o caminho estava ali, simplesmente ao meu lado calmo e sereno me esperando.
Sim, foi somente quando me aceitei sem culpa e admiti que fiz o melhor que pude, embora esse melhor tenha parecido ter sido pouco. Foi somente quando não quis mais meu próprio peso é que ele se desfez.
O caminho para a felicidade me sorriu quando fui mais tolerante e mais ouvinte. Foi quando descobri que era também muito bom ter pouco dinheiro, não precisar comprar roupas de marca, me ensurdecer para a mídia. E me fez tão bem sentir que o pedaço de chão em que vivo não é meu e sim do planeta.
Bastou-me para essa certeza tão simplesmente olhar para o céu. E é um santo remédio olhar para o céu.

Leia estas crónicas completas a partir de 06/09/2010

Origens do Fado - Da Severa a Ana Moura passando por Amália Rodrigues - Ercília Costa por Arlete Piedade - (Continuação - Veja desde o início)

Origens do Fado - Da Severa a Ana Moura passando por Amália Rodrigues - Ercília Costa por Arlete Piedade - (Continuação - Veja desde o início)

Fado é uma expressão musical, chamada actualmente de «canção nacional», embora na verdade esteja mais ligada a Lisboa, tendo a sua origem nos bairros pobres no século XIX.
Fadista e actriz, Ercília Costa nasceu a 3 de Agosto de 1902, na Costa da Caparica, e faleceu a 16 de Novembro de 1986, em Algés. Foi a primeira grande estrela internacional do fado.

Grava um disco em Madrid, com a etiqueta da Odeon. Essas gravações, em que é acompanhada por Armandinho, só disponíveis ao público em 1930, foram passadas para CD, pela Tradisom. Já antes, em 1929, saíra um outro disco, pela editora Brunswick.
Ercília Costa em Pedido a Deus (som)

Ercília Costa foi em 1936, ao Brasil, numa comitiva que incluía Vasco Santana e Mirita Casimiro.
Ercília Costa em Fado Dois Tons (Som)

Quando regressou do Brasil foi recebida em apoteose, tendo-se realizado noites de homenagem a Ercília Costa.

Em 1937, foi a vez de Paris e, dois anos depois, actuou na Feira Mundial de Nova Iorque, a que se sucedeu uma grande digressão por terras americanas, tendo chegado mesmo a conviver com grandes estrelas como Bing Crosby e Cary Grant.
Ali, de resto, editou um disco, pela Colúmbia. Também passou pela Alemanha, Reino Unido, Espanha, entre outros países. Foi assim a grande estrela portuguesa no estrangeiro antes de Amália.
Ercília Costa nos Fados Pobreza Envergonhada & Meu Tormento (Som)

Leia este tema completo a partir de 06/09/2010

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - Parte V - DIVERSOS - COM QUANTOS PAUS SE FAZ UMA CANOA - LATIRNIUM - Mudagem de Linguança - TENUES E LON

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - Parte V - DIVERSOS - COM QUANTOS PAUS SE FAZ UMA CANOA - LATIRNIUM - Mudagem de Linguança - TENUES E LONGINQUOS RUIDOS ...

COM QUANTOS PAUS SE FAZ UMA CANOA

Determinado Juiz de Direito, em trabalho de correição a Varas de cidades do interior, explode em sonora gargalhada enquanto examina determinado processo.
Estranhando o facto, o titular da Vara, acerca-se do Corregedor e dele quer saber o que realmente o fizera rir.
O Corregedor limitou-se a passar-lhe para as mãos o processo, sobre que trabalhava e em que se lia o seguinte:
- Os autos estão descosidos. (sentencia o Escrivão).
- PROMOVO que se cosam os autos (averba o promotor).
- Ora então,..... cosam-se ! (despacha Juiz )

LATIRNIUM

Na altura em que no ensino secundário a disciplina era ainda conhecida por Português/Latim, muitos dos que mais não conseguiram que declinar o ROSA ROSÆ ao Latim chamavam de LATIRNIUM, com o que queriam significar um arremedo, uma mera caricatura do ancestral idioma defunto «pai» entre outros, também do português.

Mudagem de Linguança

Lá pelos anos 40 (1940......) existiu na cidade de Sá da Bandeira um garoto (6/7 anos) que, por ser o caçula de uma prole de quatro (nessa altura a primogênita do casal rondaria os 30) e constituir um dos membros da família de um alto funcionário público, ganhara o estatuto de super-protegido pelos respectivos pais, irmãos e até dos amigos de uns e outros.

TENUES E LONGINQUOS RUIDOS ...

Numa das Repartições em que servi, estava instituído que a meio da manhã e a meio da tarde, a todos os funcionários e não funcionários presentes, deveria ser servido café ou chá.
O trabalho fazia parte das obrigações de um contínuo que, munido de imensa bandeja nela transportava chávenas, pires, colheres, açucareiros, bules com chá e café, guardanapos.... e andava de mesa em mesa, servindo quem desejasse qualquer dos estimulantes propostos.

Leia estes textos completos a partir de 06/09/2010

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Salt - O Ultimo Mestre do Ar

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Salt - O Ultimo Mestre do Ar

Salt

A ideia original do filme Salt era de que seu personagem principal fosse um homem, como Tom Cruise, cotado para interpretá-lo. Na direção, Phillip Noyce não era o primeiro profissional a ser considerado para a posição – Terry George, Michael Mann e Peter Berg estavam na fila antes de seu nome ser escolhido.

Quando se fechou em Angelina Jolie para estrelar a produção, o roteiro teve de ser reescrito para encaixar uma protagonista do sexo feminino. A atriz esforçou-se para validar as mudanças e comprometeu-se com o projeto. Resultado: Jolie está em boas cenas de ação e dispensou o uso de dublês.

O Ultimo Mestre do Ar

Não há como negar que M. Night Shyamalan é um dos cineastas mais irregulares da atualidade. Sempre assombrado pelo grande sucesso de O Sexto Sentido, entrega filmes bons (A Dama na Agua) e fiascos (Fim dos Tempos). Quando ele assumiu a adaptação cinematográfica de O Ultimo Mestre do Ar, achei que seria uma boa saída para ele, deixando parte do fardo sobre os ombros de outros.
O problema é que o sujeito não consegue delegar funções: além de dirigir, ele assina o roteiro e produz o filme – e faz questão que todos saibam disso. O resultado já pode ser visto pela triste bilheteria que o título teve nos Estados Unidos.

A saga de Aang é longa e se passa em um universo complexo. O Ultimo Mestre do Ar sofre da mal que outros começos de franquia já penaram: a necessidade de apresentar todo um cenário fantástico.

Leia este tema completo a partir de 06/09/2010