sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Julio Silvão, realizador de Cabo Verde apresenta o seu filme «Praia - A Cidade dos Sonhos» - e é entrevistado por João Furtado (Raizonline)

Julio Silvão, realizador de Cabo Verde apresenta o seu filme «Praia - A Cidade dos Sonhos» - e é entrevistado por João Furtado (Raizonline)

O filme é sobre a Cidade da Praia. Urbe da união, da paixão dos seus habitantes, Urbe Capital da Nação que hoje constitui um ponto intercultural de incontornável cruzamento de raças, de cultura, de religião, de solidão, de tristeza, numa convivência intrincada/ de salutar.

As suas ruas que quase todas desembocam na praça, característica da urbanização das pequenas cidades colonial, os seus prédios centenários que caprichosamente resistiram às intempéries, sentem a cada dia os seus direitos violados, são substituídos por nobres prédios, deixando para traz toda a sua história.
Praia de Santa Maria constitui hoje um ponto inter cultural de incontornável cruzamento de raças, de cultura, de religião, de solidão, de tristeza, numa convivência intrincada/ de salutar.

Realizador: Júlio Silvão Tavares
Produção: Silvão - Produção, Filmes
Equipa artística: 02 (dois) carteiros dos Correios de Cabo – Verde
Data de início de rodagem: Abril de 2010
Duração: 52 minutos

Julio Silvão, realizador de Cabo Verde entrevistado por João Furtado (Raizonline)

Não foi fácil fazer esta «entrevista» de cinco simples perguntas. Até pensei que jamais conseguiria… mas por fim aconteceu.

Há mais de um ano numa conversa com o Daniel, ele me disse que admirava muito o trabalho do Julio Silvão e se eu o conhecia… e eu que sou vizinho do Julio Silvão, embora só saber o nome dele a bem pouco tempo… pois o conhecia por «Tchuca» e somos amigos…

Disse que sim, que o conhecia e que ele era meu vizinho. O Daniel me propôs para lhe fazer uma entrevista e… se conseguisse uma fotografia do Julio e eu seria «cereja sobre o bolo», aceitei.

Mas faltou o último passo, falar com o Silvão sobre a entrevista. Os dias foram passando e eu via o Silvão com a frequência normal que os vizinhos agora se encontram.
Falamos de vários assuntos. Das dificuldades de se conseguir um patrocínio. Da arte e da inglória sorte dos artistas. Ele a me incentivar e a me aconselhar para continuar a escrever que «… ainda vão correr atrás de ti para publicarem as tuas obras…».

Duvido que algum dia aconteça, primeiro porque escrevo para passar tempo, não sou escritor, nem pretendo ser algum dia escritor. Tenho a minha profissão e… a reforma ainda vai durar alguns anos a chegar. Segundo, não sou nenhum letrado nem pré-dotado para pertencer a restrita lista dos «best-seller»… bem é da entrevista que estou a falar…

Leia este tema completo a partir de 20/09/2010

Em Taquaritinga - Rede Social - Curso de grafitem ministrado pelo artista plástico Francisco Gaboso - Por: Mirian Cristina Ubaldo - Mediadora da Rede

Em Taquaritinga - Rede Social - Curso de grafitem ministrado pelo artista plástico Francisco Gaboso - Por: Mirian Cristina Ubaldo - Mediadora da Rede Social Taquaritinga / Senac - redesocialtaquaritinga@yahoo.com

A Rede Social De Taquaritinga juntamente com a Fundação Edmilson, preocupados com os jovens e adolescentes que se encontram ociosos e até mesmo desmotivados sem perspectivas de trabalho, trazem para a comunidade do Jardim São Sebastião um incrível curso de grafitem que será ministrado pelo reconhecido artista plástico Francisco Gaboso.

O objetivo do curso é capacitar estes jovens para uma nova função no mercado de trabalho como também formar multiplicadores da arte, mudando assim a paisagem urbana tão degradada com as conhecidas «pichações de rua».
Portanto estes jovens uma vez formados e conhecedores da arte do grafite terão o compromisso de divulgar e formar outros jovens que se comprometam com a estética do bairro e da cidade.

O curso terá uma carga horária de 40 horas sendo estas divididas em teóricas e práticas e reconhecido pelo Senac.

Leia este tema completo a partir de 20/09/2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

PENSAMENTOS EM UM HOSPITAL - Por Cristina Ubaldo

PENSAMENTOS EM UM HOSPITAL - Por Cristina Ubaldo

Continuo internada em São Paulo, esta td correndo bem como sempre, demorando um pouco demais.
Tudo que tenho a minha volta são paredes brancas e vidraças fechadas. Daqui de dentro ainda pode-se ouvir o buzinado lá fora e mesmo sem olhar pelo vidro posso imaginar os carros apressados e o brilho dos faróis iluminando a noite. O silencio é ensurdecedor!

Não há acompanhante, não há com quem dividir a solidão. No peito a saudade do filho que ficou longe e a vontade de estar no aconchego do lar sufoca e molha o olhar.
Os dias se arrastam e as horas em passos de lentos acabam sendo uma tortura. Tudo é igual...nada muda na paisagem neste quarto. As pessoas são cordiais, mas cadê o calor humano?? Ah este não tem profissionalismo que sustente.

Tendo organizar os pensamentos e buscar neles apenas os bons momentos da vida: lembranças de amigos, emoções, boas prosas...
Ler já não preenche o tempo e só consigo pensar: é hora de voltar!
Meu trabalho, minhas crianças, meus bichinhos...como estarão? Será que também sentem minha falta?

A vida passa em um filme, não é a primeira vez mas sempre há aquele frio na espinha, as mãos geladas e um medo não sei de que. Quantas outras vezes ainda virão?
Não sei...sempre acho que é a última!

Uma esperança me sustenta e me diz: Fique em pé, não se curve diante da situação!
Nesta hora sinto uma mão segurando a minha, forte e demoradamente, a mão que me aqueceu em outras instâncias. Sim é ela, aquece minha alma e me garante estar a minha espera lá fora.


Leia este tema completo a partir de 20/09/2010

CORONEL FABRICIANO 048 – Um centavo; 049 - Que ojos! ; 018 – Apelido II - Severino; 069 - Paralisia facial;-  BENEDITO FRANCO

CORONEL FABRICIANO 048 – Um centavo; 049 - Que ojos! ; 018 – Apelido II - Severino; 069 - Paralisia facial;- BENEDITO FRANCO


Um levantamento de uma Universidade do Rio de Janeiro indica que cem por cento (100%) das obras de arte no Brasil estão praticamente abandonadas ou com alguma deficiência. Como frequentemente visito o nosso barroco, infelizmente acredito piamente na pesquisa.


048 – Um centavo

Morava em Copacabana e trabalhava no escritório das Lojas Brasileiras, no centro da cidade. Na época de Natal, aproveitavam funcionários do escritório para ajudar nas lojas. Fui convidado para a loja a um quarteirão de minha residência. Aceitei, pois as vantagens eram enormes: almoçava e jantava na loja, muita hora extra e um abono generoso.

Quando recebi o salário, para mim uma bolada, passei em uma farmácia e comprei um sabonete – dei à caixa uma nota de cinco cruzeiros. No caminho para casa, percebi que a moça do caixa me voltara o troco como fosse de uma nota de dez - cinco cruzeiros a mais. Andava num sufoco e falta de dinheiro.

049 - Que ojos!

O professor de espanhol, mexicano, em um colégio onde estudei, admirava, e muito, a cantora Maysa Matarazzo; em todas as aulas não se cansava de repetir: «Que ojos! Ojos de Maysa!! Que ojos!»

Neste mesmo colégio, no Rio de Janeiro, o professor de português era o regente do Coro do Orfeão Português. Convidou-me a fazer parte dos cantores.

018 – Apelido II - Severino

Numa fábrica de pneus, em Queimados, RJ, onde eu trabalhava, havia um cabeça chata, o simpático e alegre Severino, apelido e não nome, conhecido e querido por toda a fábrica - um humilde faxineiro da Seção das Caldeiras... falava como pobre na chuva!

O pagamento dos salários feito em espécie - cada um recebia, na seção onde trabalhava, assinava o recibo e ficava com o envelope com o dinheiro - era só contar as notas e as pratinhas...

Severino, passando pelo pagador Waldyr, foi chamado para receber o salário - nem em sua seção estava - sabia ler pouco, recebeu o envelope, assinou, colocou o envelope com o dinheiro no bolso e foi para o trabalho e, como sempre, nem mesmo em conferir o que recebera preocupou-se – preocupava-se mais em falar com um ou com outro, jogando um gracejo ou uma piadinha para todos em seu redor.

069 - Paralisia facial

Coronel Fabriciano, MG, é terra quente - fria, um pouco no inverno, nada mais que temperaturas normais no verão de Conselheiro Lafaiete.

No final de um mês de maio, tomava banho bem quente - descontando o frio que passei em Congonhas, onde, além do frio intenso, só se tomava banho frio - eu, fabricianense e menino na puberdade, sofria muito com isso.

Papai resolveu trocar as janelas da casa, de tábuas brutas, por janelas com persianas. O Senhor Joaquim Tobias e os filhos, família unida e de alto conceito, ótimos carpinteiros e marceneiros, fabricaram e assentaram-nas.

Na tarde fria e com ventos fora do normal, tomava banho quentíssimo, apesar dos apelos da mamãe para eu sair logo:

- Benedito Celso, saia logo desse banho... a Cemig tá muito cara! Pode fazer mal!

Leia este tema completo a partir de 20/09/2010

Dois Contos - Por Emerson Wiskow - A garota do strip e eu - CLUBE DOS SUPER ESCRITORES DE PORTO ALEGRE

Dois Contos - Por Emerson Wiskow - A garota do strip e eu - CLUBE DOS SUPER ESCRITORES DE PORTO ALEGRE

A garota do strip e eu

Enquanto a garota subia na mesa para fazer seu show de strip eu pensava no texto que havia voltado. Era o terceiro. Parece que não havia jeito de publicarem algo meu. Talvez fosse por causa dessa coisa chamada talento. Eu estava tentando.
O bar era uma espelunca que ficava perto da rodoviária e as mulheres faziam o estilo brejeira. Uma garota subiu na mesa e ensaiou seus primeiros passos enquanto outra ficava na sua frente dando-lhe dicas.
Ela desceu sinuosa, mas não muito. A garota tentava, eu também. Como eu disse, havia voltados três textos meus. A garota continuou despindo-se, desajeitada mas boa. Foi até o final.

Bebi um gole e cutuquei meu amigo.

- Ela vai melhorar - comentei.

Voltei a pensar na próxima história que escreveria. A garota do strip e eu, nós continuaríamos tentando.


CLUBE DOS SUPER ESCRITORES DE PORTO ALEGRE


O telefone tocou pela quarta vez consecutiva. Estranhei, o normal era me esquecerem. Eu não estava acostumado a receber ligações diárias. Atendi.
- Alô - eu disse.
- O Sr. Emerson, por favor.
- E ele.
- Sr. Emerson, você escreve, não escreve?
- Tento.
- Humm. Descobrimos alguns textos seus espalhados pela internet.
- Não estão tão espalhados assim.
- Não importa. Mas nós os lemos. Lemos tudo que escrevem, na internet, em livros, jornais, revistas...
- Humm...
- Você deve parar de escrever. Essa é a nossa conclusão.
- Quem são vocês? - perguntei.
- SOMOS DO CLUBE DOS SUPER ESCRITORES DE PORTO ALEGRE, e depois de lermos alguns dos seus textos chegamos a conclusão de que você é uma vergonha para nós.
- Sou uma vergonha para vocês?
- Sim. Você não é um escritor. Sugerimos que retire seus textos da internet antes que mais pessoas os leiam.

Leia este tema completo a partir de 20/09/2010

domingo, 12 de setembro de 2010

Varenka de Fátima Araújo - BIOGRAFIA e Crónica DULCE SCHWABACHER

Varenka de Fátima Araújo - BIOGRAFIA e Crónica DULCE SCHWABACHER

A escola de teatro em tempos idos, gloriosa! Continua com a mesma fama, não mudara quase nada, a escola está situada no bairro do Canela no centro de Salvador.
Apenas uma modificação na estrutura dentro do teatro e aumentaram com a construção do pavilhão de aulas ao lado do teatro.

A tarde estava agradável e morna. Eu sentei num banco do pátio da escola, olhei para as árvores e comecei a meditar no rumo inesperado que minha vida tinha tomado.
Depois de dezoito anos afastada, trabalhei em belas artes e na escola de dança e agora estava na minha escola de teatro, onde estudei, lembrei dos colegas e professores e das aulas de improvisações. Mas, jamais esquecerei das aulas da professora Dulce Schwbacher.

Uma mulher de pequeníssima estatura, respeitada e reconhecida pelo seu talento na sua convicção de que tudo é possível e viável. Quando estava passando seus ensinamentos, todos alunos atentos para aprendermos, pois suas técnicas eram transmitidas artesanalmente.
Como professora de maquiagem, sabia fazer as tintas para transformar os alunos em vários personagens.

Leia este tema completo a partir de 13/09/2010

Poesia de Lídia Frade - CORAGEM DE SER - CLARIDADE - BONITA E A VIDA

Poesia de Lídia Frade - CORAGEM DE SER - CLARIDADE - BONITA E A VIDA

CORAGEM DE SER

Senti que lancei
O meu corpo às feras,
E que a água fétida dos charcos
Veio salpicar o meu espírito,
Sentindo em mim mesma
O cheiro nauseabundo,
Da podridão escondida
Que foi sendo revelada.

Senti que fui alvo
De armas de tempos passados
De flechas, e guilhotinas,
Ao sentir-me asfixiar
Debaixo de um alçapão.

CLARIDADE

E no clarear do dia
Que me chega a realidade,
A suavidade,
Ou a verdade desse dia.

Porque a vida é só um dia,
Nada mais se vislumbra,
Para além,
Nada mais se sabe
Do que vem,
Ou quando vem,
Nada mais se sabe
Da verdade
Que o amanhã contem.

BONITA E A VIDA

Se calmamente vivida
Em amor e dimensão
Que seja para nós,
Razão de viver
Dia após dia,
Com alguma fantasia
Q.b. de imaginação.

Mas a beleza está em nós
No calor da nossa voz
Na doçura de um olhar.
E como é bom acreditar!

Leia este tema completo a partir de 13/09/2010