sábado, 2 de outubro de 2010

Julio Silvão, realizador de Cabo Verde entrevistado por João Furtado (Raizonline)

Julio Silvão, realizador de Cabo Verde entrevistado por João Furtado (Raizonline)

Não foi fácil fazer esta «entrevista» de cinco simples perguntas. Até pensei que jamais conseguiria… mas por fim aconteceu.
Há mais de um ano numa conversa com o Daniel, ele me disse que admirava muito o trabalho do Julio Silvão e se eu o conhecia… e eu que sou vizinho do Julio Silvão, embora só saber o nome dele a bem pouco tempo… pois o conhecia por «Tchuca» e somos amigos…

Disse que sim, que o conhecia e que ele era meu vizinho. O Daniel me propôs para lhe fazer uma entrevista e… se conseguisse uma fotografia do Julio e eu seria «cereja sobre o bolo», aceitei.

Mas faltou o último passo, falar com o Silvão sobre a entrevista. Os dias foram passando e eu via o Silvão com a frequência normal que os vizinhos agora se encontram.
Falamos de vários assuntos. Das dificuldades de se conseguir um patrocínio. Da arte e da inglória sorte dos artistas. Ele a me incentivar e a me aconselhar para continuar a escrever que «… ainda vão correr atrás de ti para publicarem as tuas obras…».

Duvido que algum dia aconteça, primeiro porque escrevo para passar tempo, não sou escritor, nem pretendo ser algum dia escritor. Tenho a minha profissão e… a reforma ainda vai durar alguns anos a chegar. Segundo, não sou nenhum letrado nem pré-dotado para pertencer a restrita lista dos «best-seller»… bem é da entrevista que estou a falar…

Por fim chegou o momento da fotografia. Depois de fugir e inventar falta de tempo, real e imaginário, resolvi dizer ao Silvão o que o Daniel pensava dele e da sua obra… e que queria! Enfim tive a coragem. Mas ainda faltava um passo, um grande e pequeníssimo passo…
Passei pela casa do Silvão, ia para a minha. Ele estava na porta a jogar cartas com uns amigos. No bolso eu levava duas fotos da Bela de Marise que ia fazer «scanner» para colocar na crónica que tinha feito.

A Bela de Marise havia morrido uma semana antes, eu continuava triste, foi uma morte prevista mas jamais aceitável. Ela era de «ouro»… Na conversa eu aproveitei para o pedir que me fizesse o referido «scanner» e ele disse que sim.

Leia este tema completo a partir de 04/10/2010

ENTREVISTA A NHU LOBO - Por João Furtado 

ENTREVISTA A NHU LOBO - Por João Furtado

Querida Amiga Arlete

No outro dia à teu pedido andei por ai a procura de pessoas importantes para fazer uma entrevista. Sabes, agora sem curso nem experiência, não se consegue uma viva alma que queira perdeu seu precioso tempo connosco... Até já esta a desistir e a regressar a casa, minha amiga, quando encontrei num canto, abandonado o Nhu Lobo.


Coitado, ele estava sozinho e triste. No canto jogado, todo rasgado, velho e sujo. Parecia um pedinte... Se não o tivesse conhecido desde criança, nunca imaginaria que era ele.


Sabes... Nhu Lobo deliciava a minha infância e como continuei a viver... Isto é um segredo, amiga, não digas a ninguém... Eu não cresci, os anos passaram por mim, estou com quase 60 anos e continuo com oito. Gosto das mesmas coisas e sinto as mesmas frustrações... Não foi difícil, embora ele estivesse tão diferente, reconhecer o tão conhecido Nhu Lobo, o Ti Lobo...


Aproximei-me muito divagar até junto do desgraçado e com muito respeito o pedi que me abençoasse. Tu não sabes, mas vou dizer-te, a minha Ilha é talvez a única que tem tradições muito rígidas, por exemplo, as de tomar benção aos mais velhos, uma espécie de vaticínio que eu, que continuo no meu mundo dos anos antigos não dispenso... Gosto e os mais velhos ficam felizes, então porque não matar dois coelhos de uma só vez?

O Ti Lobo me cumprimentou, fez como nos tempos antigos, ele não tem cura mesmo, foi no crioulo. A amiga não entenderia, por isso vou traduzir, irá perder uma boa parte da riqueza, mas que posso eu fazer, amiga?

- Que Deus não te falte um pouco de farelo! Que te deixe com a boca cheia, nem que seja de peixe podre. Lembra-te sempre mais vale uma língua totalmente inchada que uma boca vazia!

Não é que me surgiu uma idéia naquele momento? Rapaz e se tu fizeres a entrevista ao Nhu Lobo? Pensei e logo quis por em prática... Em «off», como agora se usa muito neste mundo de tecnologia, perguntei ao Nhu Lobo se quisesse ser entrevistado. Ele negou, esperneou, mas por fim aceitou. Envio-te para veres se dá para pores no nosso Jornal...

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Poesia de Sanio Aguiar Morgado - POEMA - VERSOS INEXISTENTES - ANJO - SER COMPLETO

Poesia de Sanio Aguiar Morgado - POEMA - VERSOS INEXISTENTES - ANJO - SER COMPLETO


POEMA

Este ser sublime e
pequenino nascendo agora,
na verdade, é um espírito,
que acorda de novo e chora.

Embalado pelo amor de
quem sendo mãe, amou,
receberá todos os cuidados,
de alguém que muito o esperou.

Lentamente crescerá,
adaptando-se a este corpo,
até que termine mais esta obra
que só Deus a criou.

VERSOS INEXISTENTES

Versos que talvez inexistam
e sequer alguém os tenham feito,
imprevisíveis e mesmo imperfeitos,
mas que sinto dentro do meu peito.

Se estou certo de os escrever,
outros também, estarão bem perto,
pois todos andam a procurá-los
no mesmo escuro deste deserto.

ANJO

Tu que me rodeias e
percorres minhas ideias,
vives em minhas veias
moldando meus ideais.

A quem sinto pertencer
todas estas células,
a matéria que possuo
e até a alma que tenho.

SER COMPLETO

Se um dia tivesse
tua paixão,
teu carinho,
tua admiração,
teu colo,
tua amizade,
teu conforto,
tua dedicação,
teu desejo,
tua ambição,
teu companheirismo,

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Página de Arlete Deretti Brasil Fernandes - Poema: A Criança que vive em mim. Poema : Saudação à Primavera. Poema: Quando Fui Tua . Conto / Crónica: I

Página de Arlete Deretti Brasil Fernandes - Poema: A Criança que vive em mim. Poema : Saudação à Primavera. Poema: Quando Fui Tua . Conto / Crónica: Ilha da Magia - Manezinho, com muito orgulho, sim sinhôri.

A Criança que vive em mim.

Dei-me conta da criança que um dia fui,
Que vive em mim, e à qual sou grata,
Não poderia esquecê-la nem deixá-la morrer.
Presto-lhe a homenagem de meus sentimentos.
Sua evocação suaviza os difíceis momentos,
Com esta menina aprendo a viver.

Observo através das recordações, nos jogos,
doces gestos, pensamentos e inclinações,
Isto revela-me a sensibilidade daquele tempo.
Ao recordá-la, enlaço-a à minha existência,
Ela me inspira, me alegra e me vêm sensações
Através de palavras e sorrisos inocentes.


Saudação à Primavera

No espaço sideral balança o sol,
Como se fosse um pêndulo suspenso.
A paisagem é pintada de azul, verde e amarelo,
Todo o ambiente renova-se, muito belo.

Sobre uma ponte quedo-me a olhar o rio,
Que corre e renova sempre suas águas.
O vento carrega pedaços de soluços,
Da floresta, da terra e dos mares.


Quando Fui Tua

Se consideras que fui tua,
No momento em que me tiveste
Entre teus braços,
Sob o poder sedutor de tua boca
E do calor de teu abraço,
que prendeu-me a respiração...

Enganas-te!
Não foi naquele momento.
Foi quando teu espírito e tua alma
Acoplaram-se ao meu espírito e à minha alma!
Foi quando durante todos estes anos,
Comungamos sempre juntos de
Alegrias e de tristezas...

Ilha da Magia - Manezinho, com muito orgulho, sim sinhôri.

Bonito dia de sol, nada melhor do que dar um passeio pela Ilha da Magia. Aqui, a agitação da vida moderna convive com a placidez das comunidades do interior. Moramos numa das praias do Leste - Sul, onde o escritor Saint - Exupéry aterrisava seu avião, na volta de Buenos Aires, para onde levava o correio francês.

Quando adolescente, amei «O Pequeno Príncipe», só não poderia imaginar que um dia residiria próxima a uma avenida que tem o nome do querido escritor.

Com meu marido, resolvemos ir até à Praia de Armação do Pântano do Sul, um verdadeiro paraíso. Como soprava um forte vento, não dava para entrar na água. Ao contemplar aquele mar azul, caminhávamos pela praia observando o quanto o espírito açoriano herdado dos imigrantes que povoaram a região há duzentos e cincoenta anos, a personalizaram.

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Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano.

Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano.

O ANJO DA GUARDA DE FERNANDA MONTENEGRO

No ano de 1990 eu estava desempregado: eu e mais de dois milhões e meio de brasileiros, por conta de um governo federal fraco e corrupto, que congelou a economia do país e tornou-se um fiasco. Os empregos, ainda que «temporários», eram difíceis de conseguir.
Por pura sorte, consegui um emprego semi-informal, subcontratado por um pequeno empresário e, portanto, por ele sendo explorado. - Mas, que fazer?

A empresa era de origem alemã e ficava (fica ainda) na Marginal Pinheiros, ou Avenida das Nações Unidas, no bairro de Santo Amaro, em São Paulo. Eu morava na periferia e ia todos os dias até o trabalho, pilotando meu fusquinha 1975... .

Num certo dia, choveu torrencialmente na cidade de São Paulo, coisa de 100 mm por metro quadrado (ou 100 litros para cada metro quadrado). Verdadeiro dilúvio!

Mal saí do trabalho, constatei tristemente que a avenida, por onde eu teria que seguir, estava intransitável, devido a um enorme alagamento. Parei junto a outros carros numa espécie de dique seco, algo mais alto que o trecho pior da inundação. Pelo pequeno número de carros ali, constatei em conversas com os outros motoristas que às nossas costas também havia uma inundação, onde centenas de carros estavam pacientemente esperando as águas baixarem. Portanto essa era a situação: inundação às costas e inundação à frente!

Quase todos os motoristas saíram de seus respectivos carros e formamos um bloco de pessoas que trocavam idéias, falávamos da nossa fragilidade diante das chuvas torrenciais, da engenharia, da prefeitura, dos políticos, dos habitantes que sujam as ruas e etc..

Quem é Fernanda Montenegro

DADOS PESSOAIS

Nascida Arlette Pinheiro Esteves da Silva nascida em 16 de outubro de 1929, num bairro perto de Cascadura, no subúrbio do Rio de Janeiro. Filha de uma dona de casa e de um mecânico formado, Fernanda Montenegro cresceu neste ambiente e freqüentou colégios públicos. Freqüentava também o sítio de seus avós, em Jacarepaguá.

ESTUDOS

Com doze anos de idade, concluiu seu primário e dedicou-se a formação para o trabalho, matriculando-se no curso de secretariado Berlitz, que compreendia inglês, francês, português, estenografia e datilografia. E frequentava também o «curso de madureza» (espécie de supletivo) à noite, conseguindo concluir o equivalente ao ginasial em dois anos.
Aos quinze anos, Fernanda, quando ainda cursava o terceiro ano do curso de secretariado, inscreveu-se num concurso de locutora na Rádio Ministério da Educação e Cultura; fator que foi decisivo para a sua carreira.
O concurso, chamado «Teatro da Mocidade», era voltado a despertar jovens talentos para o radialismo. Localizada na Praça da República, a Rádio situava-se ao lado da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, na qual funcionava um grupo de teatro amador dos alunos da faculdade, coordenado pelo professor Adauto Filho.

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AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Karate Kid - Par Perfeito

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Karate Kid - Par Perfeito

Karate Kid

Sempre que se mexe com um clássico os fãs ficam de vigília para que não deturpem a obra do passado. Sabendo disso, o novo filme Karate Kid resolve ir por um caminho bem diferente de seu antecessor. Passado na China e com um protagonista bem mais jovem do que no passado, a história é outra – nem o nome dos personagens foi mantido.

Mesmo assim, há pequenas referências ao longa da década de 80 que trazia os memoráveis Daniel San e o Mestre Miyagi. O novo treinador passa o tempo cuidando de um velho automóvel e há piadas com fatos do filme anterior. O que une as duas produções é o mote de usar os conhecimentos de uma arte marcial para superar problemas que estão fora do tatame.

O personagem principal é vivido por Jaden Smith e o garoto tem a mesma marra de seu pai. Portanto, a relação de amor e ódio com o público é muito individual, mas serve como aviso para quem não gosta da super-autoconfiança de Will Smith. O lado bom é que a química do garoto com Jackie Chan funciona muito bem.

Par Perfeito

Uma história de amor em que o homem esconde da mulher seu trabalho que envolve tiroteios e perseguições não chega a ser novidade no cinema. Par Perfeito segue a mesma linha de Encontro Explosivo e True Lies, mas com o roteiro deficiente em seu começo.

O casal se conhece em Nice, França, e rapidamente se apaixona. O problema está exatamente no «rapidamente». Logo no final do primeiro encontro Spencer já cogita contar sobre sua carreira sangrenta para Jen. Fica difícil acreditar que ele seja treinado de verdade para não apegar-se facilmente às pessoas e para se concentrar em suas missões.

Pois bem, eles casam e aí sim começa a história. A impressão que dá é que a produção tinha algum acordo comercial com a Secretaria de Turismo de Nice e teve de fazer esse prelúdio forçado na cidade francesa. O enredo funcionaria muito melhor se o filme começasse depois do matrimônio e a época em que os protagonistas se conheceram fosse apresentada em flashbacks, para assim construir solidamente a relação entre eles e podermos acreditar nas dúvidas do rapaz.

O elenco aposta em atores que já se provaram lucrativos em comédias para garantir a diversão do público. A violência é bem diluída nas cenas de ação e a parte romântica também não é muito açucarada. Com isso, Par Perfeito torna-se um programa bem descompromissado para se fazer a dois.

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Assertividade: Eu quero esta conduta para mim! - Por Adm. Marizete Furbino

Assertividade: Eu quero esta conduta para mim! - Por Adm. Marizete Furbino

«Nosso objetivo nesta vida não é o de estar sempre à frente das outras pessoas, mas sim, à frente de nós mesmos, para quebrar os nossos próprios recordes e para superar nosso ontem com o nosso hoje.» (Stewart B. Johnson)
A palavra assertividade traz em seu cerne uma conduta imprescindível para qualquer profissional que se encontra no terceiro milênio e que queira pelo menos sobreviver neste mercado globalizado e altamente competitivo, que é a transparência.
Transparência no exercício da função é hoje, mais do que nunca, essencial para que se obtenha eficiência, eficácia e, por conseqüência, desenvolvimento e crescimento, tanto profissional como organizacional.

O profissional assertivo possui, além de um equilíbrio emocional muito grande, muita transparência em suas ações, tendo sempre cautela ao agir para não magoar ou ferir o próximo.
As condutas e atitudes deste profissional são baseadas no problema e não nas pessoas envolvidas, agindo sempre de modo profissional e imparcial, com cuidado, para não cometer injustiças, policiando–se sempre para não agir de maneira tendenciosa.
Esse profissional, além de saber reconhecer os seus limites e o seu valor, faz valer não somente os seus direitos e deveres como também os das demais pessoas presentes em seu meio e principalmente daquelas que estão sob o seu comando, que compõem sua equipe de trabalho.

Não é segredo algum dizer de igual forma que o profissional assertivo sabe aonde se quer chegar, qual o caminho a percorrer e como caminhar; portanto, defende uma única postura diante de si próprio e diante da vida. Bastante comprometido com suas metas e objetivos, cria, firma e mantêm uma relação de parceria consigo próprio bem como com as demais pessoas em seu meio, procurando sempre mostrar-se de corpo inteiro, com muita autenticidade e de maneira não agressiva.

As atitudes de um profissional assertivo são baseadas no respeito, na pro atividade, na educação, na verdade, na justiça, na ética, na confiança, na sinceridade, na autenticidade, na integridade, na empatia e principalmente na transparência, agindo de forma a não deixar dúvidas quanto ao que pensa, sente e deseja, cuidando sempre para que suas atitudes e condutas estejam condizentes com seus valores e princípios, tendo a preocupação e o cuidado de aferir se está sendo honesto consigo próprio, defendendo os seus interesses e direitos, mas tendo a cautela de não ignorar e/ou violar os direitos e os interesses dos demais.

Somados a isso, o profissional assertivo é extremamente sincero e honesto. Portanto, quando diz um sim e/ou um não, concorda e/ou discorda de fato, mas sempre possui a sensibilidade de considerar e de valorizar o pensamento do outro; contudo, demonstra de forma verdadeira e autêntica sua posição diante dos fatos, tendo a sabedoria de ser pró-ativo, se antevendo aos fatos, se planejando para evitar futuros transtornos que por ventura cruzarão o seu caminho.

Leia este tema completo a partir de 04/10/2010