sábado, 13 de novembro de 2010

Salvemos o ENEM - Por Abílio Pacheco - Let’s Save Enem!

Salvemos o ENEM - Por Abílio Pacheco - Let’s Save Enem!

Meus caros! My english is very bad, por isso fui de espanhol no vestibular, na seleção de mestrado e em tudo quanto foi de necessidade com língua estrangeira. Exceto no ENEM, que não fiz. Não é do meu tempo. Mas a discussão da inclusão do espanhol no currículo mínimo do ensino médio, quero dizer, do segundo grau, esta é do meu tempo.

Pobres meninos e meninas de meu Brasil que se mataram o ano todo para um exame que era para ser um substituto parcial ou integral do famigerado vestibular. Pensei nele como um placebo, mas saiu-me um remédio amargo com efeito de revés. Por pior que fossem os vestibulares, nenhum deles, nunca, nunquinha fez um estrago tão grande nas mentes de nossos jovens, que antes se preocupavam com o conteúdo, com aprender coisa que às vezes não ajuda a atravessar a rua, mas agora têm que se preocupar com artimanhas jurídicas para derrubar ou manter o exame, têm que se preocupar com o que escrevem nas redes sociais, pois estão sendo monitorados. Era um ensaio para a vida, mas está sendo a vida mesmo.

E é por isso que eu até falo mal do governo; falo mas não escrevo. Não falo de bem também para não encher demais a bola quando merecem. Mas também não vou escrever de bem. Já tem muitos fazendo isso. Agora, como dizem aqui nessas plagas, agora por cá esta palha; é preciso salvar o ENEM. Salvar o ENEM ou acabar de vez com ele. Quem sabe trocar seu nome, como empresas (e até instituições públicas) fazem quando não há marketing que resolva. Mas isto, só de 2011 para diante, pois hoje, repito: temos que salvar o ENEM.

Depois do desastroso exame do ano passado e de ter ficado com a imagem abalada diante de nossos jovens e, sabe-se lá, até diante de instituições públicas sérias que logo pularam de banda e cortaram o exame de seus processos de acesso… Depois de não sei que erros cometidos no ano passado, era necessário que este ano fosse tudo as mil, mas não foi. Quem trabalha com marketing sabe melhor que eu que um cliente (sim, os alunos = clientes) insatisfeito pode levar 10 embora. Os tais 2% no que se refere às provas amarelas vão ter seu alto-falante. São clientes insatisfeitos. Por mais que as explicações jurídicas mantenham o exame desse ano e que a tal fórmula tão citada tantas vezes convença e tenham que refazer a prova, é como comprar um produto qualquer e ter que trocá-lo. O prazer da compra já se esvaiu. A confiança no fabricante se perdeu.

Leia este tema completo a partir de 15/11/2010

COLUNA POETICA DE MARIA PETRONILHO - Apelo ao amor; Bailado solitário; Divagação

COLUNA POETICA DE MARIA PETRONILHO - Apelo ao amor; Bailado solitário; Divagação

Apelo ao amor; Bailado solitário; Divagação

Apelo ao amor

ai quantos desejos
de flores e de espuma
apelam de mim matriz!
vem desaguar em mim
meu amor, tua foz!
com teu braço de mar
baila comigo louco
no inefável balanço
do amor se consumando,
que ardo em desejo
meu seio te chama
batendo tão alto

Bailado solitário

não sei de onde brota
a música longínqua que sinto.
estou suspensa no infindo
e danço
num solitário compasso
de silêncio
no palco imenso do mundo

movem-se meus passos
na vacuidade do abismo
deslaçada de tudo
derivo
entre imaginárias notas
ou gotas
amargas como absinto.


Divagação


meu dia vai divagado
entre o anil e o cinzento
numa indolência rara
talvez a parte de anjo
tenha ficado comigo
pois escuto, se me afasto
leves penas no encalço

vou numa branca viagem
desprendimento, miragem
serenidade infinita
invulgar tê-la na terra
quando a ideia desperta
se debate, vê e grita

Leia este tema completo a partir de 15/11/2010

COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia da semana.

COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia da semana.

Agenda europeia da semana.

12-19 de Novembro: Espaço Europa apresenta uma série de iniciativas dedicadas à cultura irlandesa: conferência sobre a «Irlanda e o Mito Celta Primitivo», exposição de fotografia e ilustração.

15 de Novembro: Comissão adopta nova estratégia destinada a promover a igualdade de oportunidades para as pessoas com deficiência. Visa promover, nomeadamente, um mercado das tecnologias de assistência.

16 de Novembro: Lançamento da infra-estrutura europeia de investigação sobre o Holocausto (EHRI) destinada a permitir o acesso on-line dos investigadores a uma base de dados única sobre o Holocausto que reunirá num único conjunto de fontes os arquivos actualmente dispersos na Europa, Israel e outras partes do mundo.

17 de Novembro: Comissão apresenta a sua nova estratégia para o desenvolvimento das infra-estruturas energéticas europeias.

18 de Novembro: Comissão apresenta comunicação sobre o futuro da Política Agrícola Comum que se debruça sobre os principais objectivos desta política para os próximos anos (abastecimento alimentar seguro e suficiente, gestão sustentável dos recursos naturais e desenvolvimento equilibrado das zonas rurais).

18 de Novembro: Onze autores europeus recebem o prémio europeu de literatura.

18 e 19 de Novembro: Fórum europeu do turismo, em Malta, sob o tema «O reforço do papel da Europa como primeiro destino turístico».

19 de Novembro: Conferência «Desafios da enfermagem obstétrica na Europa», Funchal.
19-20 de Novembro: Cimeira Nato, FIL, Parque das Nações, Lisboa.
20 de Novembro: Cimeira UE/EUA, Lisboa.
22 de Novembro: Sessão de trabalho para apresentação da comunicação da Comissão sobre a Política Agrícola Comum 2020, nas instalações da Representação da Comissão Europeia em Portugal.

23 de Novembro: Catherine Ashton, Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, participa na reunião ministerial da parceria oriental que tem lugar em Bruxelas.

24 de Novembro: II Jornadas de Ambiente em Aveiro. Organização do Centro Europe Direct de Aveiro.

Leia este tema completo a partir de 15/11/2010

Coluna de Cecilio Elias Netto - Reflexões e roupa da Dilma

Coluna de Cecilio Elias Netto - Reflexões e roupa da Dilma

Em congresso de proprietários de meios de comunicação – debatendo os novos e importantes recursos tecnológicos – o diretor de conteúdo do Grupo Estado enfatizou uma das mais importantes preocupações da atualidade: a reflexão. O receio é o de que, com a velocidade dos meios, perca-se a reflexão, levando o jornalista a informações precipitadas e decisões erradas. O palestrante lembrou-se de que o repórter, até recentemente, após uma entrevista, voltava para a redação, passava no bar da esquina para tomar um cafezinho e, enquanto isso, formulava seu raciocínio, compondo a estrutura do texto. Agora, escreve a partir do celular, enviando a informação o mais rápido possível.

Temos, pois, a inversão da pirâmide. Antes, a profundidade do texto era inversamente proporcional à sua velocidade. Assim, a rádio era a primeira a informar, mas com texto superficial; em seguida, a tevê, com a vantagem de fornecer a imagem; daí, o jornal, já com texto mais elaborado; finalmente, a revista, com tempo e informações suficientes para uma análise mais profunda. Com a era eletrônica, tudo é rápido, veloz e jornais eletrônicos competem com as rádios, de forma que, na maioria das vezes, o jornal impresso irá mostrar-se superado ao divulgar a mesma notícia. São problemas. E são vantagens. No entanto, a reflexão, parece-me, é o ponto-chave de toda a questão.

O outro lado da moeda também é grave: o leitor lê sem refletir. Na maioria das vezes, lê apenas o título, ou a informação rápida sobre a matéria. Não absorve o texto que, por si mesmo, já é frágil em virtude da luta contra o tempo. Ora, se a informação é precária e o leitor a recebe apenas superficialmente, sem refletir e sem se aprofundar nela, onde houve, na verdade, a comunicação? E qual tipo de informação se forneceu ou foi recebida? Insista-se: a má informação é mil vezes pior do que a desinformação.

O leitor também está refletindo pouco. E isso pode ser percebido por qualquer profissional de imprensa minimamente experiente. Não se pode mais criar sutilezas de linguagem ou de imagens, que a maioria dos leitores não percebe. A linguagem da internet, abreviada e grosseira, está sendo exigida também nos jornais tanto impressos como eletrônicos, e isso é um erro, gravíssimo. O dever da imprensa é informar bem e corretamente, o que é, também, uma maneira de formar. Ceder ao modismo de um tempo é fracassar na missão de rascunhador da história, pois jornalismo é exatamente isso: fazer o rascunho da história.

Leia este tema completo a partir de 15/11/2010

domingo, 7 de novembro de 2010

COLUNA UM - Daniel Teixeira - A função cultural dos processos jornal e rádio

COLUNA UM - Daniel Teixeira - A função cultural dos processos jornal e rádio

Tanto uma como outro dos elementos que fazem este conjunto RAIZONLINE (Jornal e Rádio) não pretendem ser, por vontade dos seus coordenadores - e nem tal seria possível e é fácil essa impossibilidade ser percebida no seguimento do que vou escrever - não pretendem, disse, um ou outro, ser um marco didáctico, professoral ou o que quer que seja naquele sentido da cátedra debitante de saberes.

A função pedagógica do conjunto RAIZONLINE faz-se por si mesma, através da actividade dos seus colaboradores e em pequena parte resultando também da composição ordenada dos textos ou palavras que são remetidos semana a semana.

Trata-se pois de uma pedagogia natural, naquele sentido em que se aprende - quem apreende e quem quer aprender - a saber de uns e outros, de formas de pensar diferentes, de significações, de formas de encarar as coisas, de possibilidades de conjunção interventiva, de complementaridade, enfim...uns e outros dando ou não conforme entenderem as mãos tendo como sendo um dos objectivos o conhecimento mútuo e nalguns casos o reconhecimento revolvendo e trazendo à superfície afinidades que o envernizado cultural secular foi e vai esbatendo.

O mundo felizmente não é igual nem segue os mesmos ritmos em todas as partes do globo (nem em nenhuma - diga-se) e uma das grandes lições que pode ser captada na leitura do Jornal Raizonline e na audição da Rádio Raizonline será precisamente - para além da constatação desta inevitabilidade e desta realidade dispersa e de tendência dispersante - o facto de se constatar que, apesar de tudo o que foi dito neste parágrafo existe um factor comum (a língua - a mesma língua) que facilitando o agregar de vontades torna também mais lento o processo de desagregação da solidez comum e pode até contrariá-lo naqueles pontos em que se constata (por via dessa mesma linguagem e sentir comuns) a vantagem da sua não alteração substancial.

Ora este processo de contradição de uma tendência desagregadora tem o seu campo de excelência no âmbito do cultural: não porque os cultos sejam génios (ou porque o campo cultural seja para génios) mas porque por via cultural as coisas são já naturalmente mais estáveis: para o bem e para o mal ainda se fala hoje de Sócrates e Aristóteles (25 séculos depois), se lêem as poesias de Safo, Homero, Eurípedes, etc...e por este caminho mesmo centenas e mesmo milhares ficaram pelo caminho com tanto ou mais valor do que estes...não se sabe o que não se sabe mesmo!

Leia este tema completo a partir de 08/11/2010

POESIA DE ARLETE PIEDADE - Instantes ; Momentos ; Laços de vida

POESIA DE ARLETE PIEDADE - Instantes ; Momentos ; Laços de vida

Instantes

Momentos breves roubados á eternidade
Instantes fugazes na rotação dos planetas
Lampejos de luz na negritude do universo
Riscos ténues no quadro infinito do tempo

Sucessão de corpos animados rodopiantes
que sem parar são substituídos, envelhecem
da morte parecem ser por vezes abandonados
mas ela não perdoa e embora pareça ocupada
um a um, os resgata para o rol dos falecidos...

Momentos

Momentos breves roubados á eternidade
Instantes fugazes na rotação dos planetas
Partículas que viajam á mesma velocidade
Sejam moléculas, humanos ou cometas

Lampejos de luz na negritude do universo
Riscos ténues no quadro infinito do tempo
Mas quantos conseguem visualizar o inverso
E subtrair á eternidade, o próprio momento?

Laços de vida

Quais serão os laços que unem gerações
E os elos que asseguram a continuidade
Através de tantos milénios, á humanidade
E dispersam as famílias em ramificações?

Qual a força misteriosa da sobrevivência
Que nos impele a lutar por nossos filhos
A ultrapassar as mágoas e os empecilhos
Para no mundo, deixar descendência?

Leia este tema completo a partir de 08/11/2010

Crónicas de Haroldo P. Barboza - O decálogo da maldade

Crónicas de Haroldo P. Barboza - O decálogo da maldade

Os grupos das elites que sugam a nossa qualidade de vida possuem menos de 0,01% de elementos (ardilosos) da população. O típico cenário de «escravos» que servem a preguiçosa «majestade».

Desde o tempo da «proclamação» da república estão aperfeiçoando os pontos básicos do «decálogo» que lhes permite subtrair enormes parcelas de valores arrecadados que deveriam estar sendo aplicados nas áreas sociais objetivando menos misérias e mais oportunidades de crescimento para cada indivíduo e por extensão, para o país.

Para evitar um crescimento gradual da qualidade de vida geral, conservam aquecidas as causas que geram o caos coletivo e encobrem suas atitudes nocivas e camufladas. Para que tal caos não seja extinto, as seguintes ações básicas são praticadas em paralelo pelas diversas «máfias» que patrocinam e corrompem grandes parcelas de gerentes públicos.

1) Governantes – Apresentam sempre os mesmos candidatos corrompidos e corrompíveis (afilhados dos mais antigos) a cada pleito. A agenda (de A a Z) possui milhares de elementos comprometidos com os dominadores dos nichos e se locupletam docilmente diante das determinações impostas (em todas as esferas). Quando eventualmente cometem um «deslize» (algo que causa alvoroço na população durante 15 dias ou entre «paredões» do Big Besta Brasil), são congelados por alguns meses em locais menos focados pela imprensa. As vezes retornam trocando de sigla partidária (sem nenhum compromisso com os ideais). Ou até inventam uma nova (com boa sonoridade) para camuflar o «arrependido». Na pior das hipóteses, somem com o incauto para sempre.

2) Educação – O mesmo modelo arcaico de ensinamento e avaliação é disponibilizado nas escolas públicas para 98% das populações debilitadas que não podem ter acesso às informações que realmente as capacitem para melhores funções com remunerações mais justas. Mantendo o povo sem capacidade de raciocinar com lógica, fica mais fácil conduzir a «manada» domesticada. Professores mal remunerados que precisam dar aulas (inadequadas) em 3 colégios, não têm tempo para reciclagem nem promover debates elucidativos com seus alunos para melhorar o futuro destes. O tempo que lhes sobra é gasto em idéias para defender a integridade contra maus alunos protegidos por confusos «direitos» da infância.

Leia este tema completo a partir de 08/11/2010