Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano. - ODE AOS PAJADORES
Autor: ACAS - PREFACIO: o leitor deverá entender que o ACAS pesquisa falares e acentos regionais brasileiros, há longa data. As «pajadas», ao que parece originária ou originadora das «payadas» platinas, são na interpretação desse caipira paulista, «causos em versos».
E o índio velho, queixo duro, estava cevando o mate amargo. A prosa galponeira estava animada. Há muito tempo aqueles gaudérios pretendiam fazer aquele tchêncontro, com surungo, roda de jogo de truco, vinho, um assado, umas bagas, um amargo e uma charla ao pé do fogo. Ele gostava de haraganear, por isso o evento lhe agradava.
Autor: ACAS - PREFACIO: o leitor deverá entender que o ACAS pesquisa falares e acentos regionais brasileiros, há longa data. As «pajadas», ao que parece originária ou originadora das «payadas» platinas, são na interpretação desse caipira paulista, «causos em versos».
E o índio velho, queixo duro, estava cevando o mate amargo. A prosa galponeira estava animada. Há muito tempo aqueles gaudérios pretendiam fazer aquele tchêncontro, com surungo, roda de jogo de truco, vinho, um assado, umas bagas, um amargo e uma charla ao pé do fogo. Ele gostava de haraganear, por isso o evento lhe agradava.
Enquanto despejava mais água fervente na cuia de prata, o índio velho e aporreado; lembrava dos tempos em que desfilava com seu flete nas coxilhas e invernadas verdejantes, varridas pelo Naragano; que fazia com que os ossos doessem do fresco demasiado, mesmo usando o poncho, sombrero, pantalonas e botas de couro; mas a cuia ficava à la cria!
Ele lembrou também do cusco preto que o seguia ao pé de seu bagual, nas vezes em que ia a um bolicho ou para ver uma chinoca querida. Lá, ele se encontrava com os gaiteiros, chamameros, poetas e pajadores, que se apresentavam, por uma baga , na tertúlia nativista, com o melhor da poesia crioula.
Ele lembrou também do cusco preto que o seguia ao pé de seu bagual, nas vezes em que ia a um bolicho ou para ver uma chinoca querida. Lá, ele se encontrava com os gaiteiros, chamameros, poetas e pajadores, que se apresentavam, por uma baga , na tertúlia nativista, com o melhor da poesia crioula.
Naquelas noites trigueiras, enquanto dobravam o cotovelo, se mateavam ou tomavam a água-benta, ou o vinho da colônia, iam sentindo saudades dos tempos de guri e piá hermoso, das coisas da vida levadas à laço e espora, da querência amada. No final da tertúlia, era sempre servida uma comida campeira e um churrasco digno de um campeiro gaucho.
Mesmo depois de comer, beber, ouvir música, abichornar-se e chorar de saudades, o índio velho, por gracia do Patrão Velho, num upa, ele abria cancha para o onírico e ficava ali, à meia guampa, fingindo não estar gateado, um tanto jururu, declamando «pajadas» do macanudo gaudério Jayme Caetano.
Afinal, nesta vida campeira, ele já estava com o pé no estribo; pronto para falar com o patrão velho. E então, o índio velho levantou-se e em voz solene, declamou esta pajada: .......................................................................eis a pajada:
Leia este tema completo a partir de 22/11/2010
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