sábado, 4 de dezembro de 2010

Poesias de Mário Matta e Silva e João Furtado - DESTA VIDA CADA VEZ MAIS ONTEM - Mário Matta e Silva; POETAS DEL MUNDO - João Furtado

Poesias de Mário Matta e Silva e João Furtado - DESTA VIDA CADA VEZ MAIS ONTEM - Mário Matta e Silva; POETAS DEL MUNDO - João Furtado

DESTA VIDA CADA VEZ MAIS ONTEM

Enredos emaranhados
que se instalam em nós
trazendo sombras em remoinhos
de entre brumas sai uma voz
de entre gritos saem caminhos
desencontrados.

Enredos desmontados
pelas horas de repouso
em febres de ternura fixados
no peito arfando cadenciado
em luar clamoroso
decifrados.


POETAS DEL MUNDO

P -Para um mundo melhor e harmonioso
O -Os poetas todos de boa vontade
E -Espalhados por todos os cantos
T -Tomados de nobre missão
A -Agarraram nas palavras e nas rimas e
S -Saíram em defesa da paz e do equilíbrio da Natureza!

D -Das energias renováveis aconselharam o uso
E -Ecriticaram o ataque a Natureza pelo lucro
L -Lamentado o lixo tóxico e a maré negra!

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010

POESIA DE MARIA DA FONSECA - Passer domesticus; Mas Minha Alma, não Acalmo!; Violetas de Branco Orladas

POESIA DE MARIA DA FONSECA - Passer domesticus; Mas Minha Alma, não Acalmo!; Violetas de Branco Orladas

Passer domesticus

Porque és sempre tão amigo,
Meu pardal domesticado?
Duma fogosa espécie
A viver ao nosso lado!

Agora sabes que entrámos,
Temos a janela aberta.
Chegas com forte piado,
A mostrar que estás alerta.

Sempre aos pulos a espreitar,
E não pareces ter medo.
Teu ângulo de visão
Constitui o teu segredo.

Mas Minha Alma, não Acalmo!

Como o coração doeu
Quando o mar grande avançou
Há poucos anos, Deus meu,
Devastando o que encontrou.

Como senti a tristeza
Do sofrimento causado
P'las forças da Natureza
Contra povos sem pecado.

Prometi não mais cantar
O mar lindo, azul e calmo,
Nem a traição perdoar.
Mas minha alma, não acalmo!

Violetas de Branco Orladas

Tinha a certeza, queridas.
Seríeis brancas violetas!
Aguardava que florísseis,
Lindas florzinhas dilectas.

No vaso co’ irmãs lilases,
Nascestes de duas cores.
Assim eu vos quero mais,
Gentis e mimosas flores.

Brotam minhas redondilhas
Ingénuas, puras, singelas,
Ao ver-vos tão aniladas,
De branco, orladas e belas.

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Prosa Poética de Ilona Bastos - Fauna & Flora: MILAGRE; Fauna & Flora: SONHOS; Fauna & Flora: Laços

Prosa Poética de Ilona Bastos - Fauna & Flora: MILAGRE; Fauna & Flora: SONHOS; Fauna & Flora: Laços


Fauna & Flora: MILAGRE

Está a crescer, na varanda, uma estranhíssima planta semelhante à Sagrada Família de Gaudi. Cheia de excrescências, que se erguem, na vertical, em pináculos múltiplos, de variadas espessuras e alturas. Um mistério, na verdade, porquanto tal bizarria nasce ao centro de um tufo de folhas de sardinheira, como se desta planta se tratasse também.
Cheguei a acreditar em tal, mas agora parece-me que não. E olho com expectativa os pólipos esverdeados que vão crescendo, multiplicando-se, esperando o dia em que dos casulos desabrochem pétalas, se forme a corola e desvende a flor.

Fauna & Flora: SONHOS

Lá em baixo, na calçada, junto à torre vizinha, era um tufo de belas folhas verdes, onde se escondia uma flor lilás. Uma campainha, certamente. E tão harmonioso era o conjunto que sorri, pensando: «Já ganhei o dia!».

O cão aproveitou para urinar em cima.

Mais adiante, há um pequeno jardim, em frente à antiga papelaria. Colocaram letreiros, para vender ou arrendar as instalações, mas não têm tido sucesso. Sem dúvida, por causa da crise.

Fauna & Flora: Laços

Dois escaravelhos enormes entraram-nos, ontem, voando, pela cozinha adentro.

Aterrou o primeiro, e surgiram os gritos: «Uma barata!»

Analisei o bicharoco preto, com nojo, e remeti-me a uma náusea prudente. Não sou entendida na matéria, mas não me parecia uma barata.

Quando o segundo fez a sua entrada, à vista de todos - as enormes asas abertas, assustando-nos -, confirmei o facto: «Não são baratas!»

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010

Crónicas de Haroldo P. Barboza - Apenas uma pintinha escura

Crónicas de Haroldo P. Barboza - Apenas uma pintinha escura

Fato certamente cotidiano entre nós.
Um belo dia um sujeito (acontece mais com os homens) acorda e nota uma pintinha escura na perna esquerda. A esposa o orienta a visitar uma Dermatologista. Ele alega que não vai gastar R$ 150,00 numa consulta por causa de um «cisquinho» grudado na perna.

Depois de dois meses a tal pintinha já ocupa uma área de 1 cm2. O afetado esclarece que dentro de dois meses visitará a especialista para ver o que é isto. E após seis ou oito meses de atraso, a pintinha virou uma mancha 9 cm2. Aí o incauto liga para o consultório que marca uma consulta para dois meses depois. E lá chegando, fica constatado um câncer ósseo que exige uma cirurgia na semana seguinte.

Conclusão: o afetado gastou R$ 180,00 de consulta (aumentou), mais R$ 2.400,00 pela cirurgia e quase R$ 500,00 por medicamentos periódicos. Perdeu a promoção na empresa por ter ficado 3 semanas ausente e deixou de jogar futebol por quase 8 meses aguardando a reconstituição óssea.

Concordo que não entendo nada de Medicina e devo ter exagerado na fábula acima. Mas deu para perceber o «espírito da coisa».

No que se refere à violência urbana, podemos fazer uma leve analogia com a situação sugerida. Principalmente no Rio de Janeiro.

Em torno de 1970 a «pintinha» correspondia às 40 ou 50 favelas que nos cercavam. Como na zona Sul eram 4 ou 5 e os facínoras da época portavam revólver 38 e facas de cozinha, a sociedade não pressionou o poder público para equacionar os problemas sociais destas comunidades (menos de 2.000 pessoas em cada) que produziam 10 ou 20 garotos abandonados pelas ruas.

Agora em 2010 as favelas totalizam quase 900. Jovens abandonados pedindo dinheiro nas esquinas já passam de 2.000. Algumas com mais de 50.000 habitantes vivendo em condições de abandono do poder público. O câncer que se alastra envia seu cartão de visita através dos «narcos» armados com granadas, foguetes e dinamite.

Os incêndios em mais de 90 veículos em uma semana exibe o sintoma mortal que precisa ser estancado na emergência com elevados custos e profundo desespero que apenas atende às emissoras de TV que se deleitam exibindo durante horas os dramas dos moradores das localidades onde os marginais se escondem para evitar um confronto onde eles não possuem vantagem tática nem de armamentos. Agora alguns segmentos das elites (maiores patrocinadores das contas bancárias dos meliantes) sentem medo de serem atingidos pelas escaramuças aleatórias.

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010

Crónicas de Haroldo P. Barboza - Ensaio para o Carnaval

Crónicas de Haroldo P. Barboza - Ensaio para o Carnaval

Apesar do «cerco» das forças policiais com quase 3.000 homens, tanques de guerra, helicópteros, óculos noturnos e metralhadoras alocadas em novembro de 2010, bandidos do morro do Alemão (RJ) fogem após se passar por operários do PAC.
A maior parte evadiu-se através de tubulações de água e esgoto. Dos 800 malfeitores estimados no local, nem 100 foram capturados. Agora estão espalhados por centenas de lugarejos planejando novas ações para recuperar o «patrimônio» perdido (armas, munições e drogas).

Perguntas tolas:

1 – Se um cerco foi anunciado com pompa pela TV (era para ser anunciado?) nos momentos antes da invasão das forças policiais, como o mapa das galerias pluviais foi «esquecido» pelo setor de «inteligência» da SSP?

2 - Se os marginais forem presos ou eliminados, quem vai entregar o pó da morte nos condomínios dos «bacanas» que patrocinam tal «mercado» que movimenta mais de R$ 1 BI por ano e enriquece centenas de policiais e políticos mancomunados com o crime?

Então está na hora de pensarmos na letra de samba abaixo que resume bem o que nos aguarda para breve. E pode ocorrer antes da copa do mundo de futebol. E aí, mesmo distraída pelo besteirol do Big Besta Brasil, quem vai para o paredão, é a população que sustenta os dirigentes incompetentes (apenas para solucionar os problemas sociais) através de impostos extorsivos.

O compositor Paulo Sérgio Pinheiro lançou em 1993, «O dia em que o morro descer e não for Carnaval», cantado por Wilson das Neves. A letra resume o que escrevemos na rede há 12 anos.

O dia em que o morro descer e não for carnaval
ninguém vai ficar pra assistir o desfile final
na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu
vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil
(é a guerra civil).

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010

Crônica de Aniversário - Por Abilio Pacheco

Crônica de Aniversário - Por Abilio Pacheco

Há cerca de três anos e meio tive uma ideia absurda. Decidi que ao atingir 500 amigos no Orkut iria publicar meu primeiro livro de poemas. Quase um ano e meio depois, veio a lume meu «mosaico primevo», que é o primeiro impresso em gráfica, posto que outros dois já haviam sido mal prelados: um em impressora jato de tinta (poemia) e outro em xerox (vago mar – sob heterônimo). Dizer que a ideia foi absurda deve ser eufemismo. Afinal, meus 500 amigos (na época) de orkut não iriam comprar cada um um exemplar. Aqueles que compraram ou não, certamente não o fizeram por causa do site de relacionamento, mas por causa do relacionamento comigo fora da net.

Mas não foi a venda ou não de livros para amigos de orkut o que mais me chamou atenção sobre estes relacionamentos reais / virtuais. O termo virtual não me soa bem. Afinal, não consigo enumerar pessoas com as quais nos últimos cinco anos tenho me relacionado apenas pela Internet. Todas são bem reais, garanto! E a relação estabelecida com eles nada tem de virtual. Alguns transitam das páginas da net para o telefone fixo, para minha caixa postal, para porta da minha casa, para ruas por onde ando, para corredores de instituições onde trabalho…

Foram alguns destes que me surpreenderam há dois anos. Talvez crise de ingenuidade. Ao se passar por uma pessoa conhecida sua que está fazendo aniversário e você tem ciência, você cumprimenta? Parabeniza? Se você, distante no espaço, sabe do aniversário de alguém, você telefona, manda email, scrapt no orkut ou mensagem pelo facebook? Ora da quantidade de mensagens de feliz aniversário em meu scrapt do orkut em 2008 (cerca de 2/3 dos amigos mandaram mensagem), muitas eram de colegas de trabalho e alunos para quem eu estava lecionando naqueles dias.

Eis o meu espanto, coisa que custei a entender e que ainda não me assentou direito: quem te cumprimenta na net, pode te ignorar totalmente ao vivo (vice-versa?). Para todos no Orkut agradeci o scrapt. Talvez isso tenha dado a interlocução como encerrada. Pessoalmente, poucos tocaram no assunto. Teve quem telefonasse, mandasse email… Destes dos scrapts aos quais resolvi agradecer, ouvi respostas interrogativas. Houve quem garantisse que não me mandara mensagem alguma.

Não, gente! Não estou querendo festas, tapetes vermelhos, bolos e presentes. Sequer me queixo de lembrancinhas ou mesmo da lembrança de que completo anos. Apenas chamo atenção para isto: parece haver em muitas pessoas uma cisão significativa entre a vida hodierna (off-line) e vida na Internet (on-line). Como o que se faz e se vive na Internet não apresentasse conexão com o que se faz na vida cotidiana. Não se lembram de compromissos marcados, de tarefas, de emails que enviaram. A Psicologia deve já estar estudando isso.

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010

COLUNA DE ABILIO LIMA - Noticiário da União Europeia.

COLUNA DE ABILIO LIMA - Noticiário da União Europeia.

Comissão Europeia prepara o futuro da política de coesão

O quinto relatório sobre a coesão económica, social e territorial publicado a 10 de Novembro demonstra que a política de coesão da UE deu um contributo significativo para o crescimento e a prosperidade, bem como para a promoção de um desenvolvimento equilibrado na União. Não obstante, tendo em conta os desenvolvimentos económicos e sociais substanciais nos últimos anos, a política de coesão tem agora de lidar com novos desafios. No contexto mais amplo da revisão do orçamento da UE, o relatório sublinha que os investimentos na futura política de coesão devem ser estreitamente alinhados pelos objectivos da Estratégia Europa 2020. Propõe ainda a introdução de condições muito mais rigorosas, bem como incentivos para assegurar a utilização eficaz dos fundos destinados à política de coesão e uma maior concentração nos resultados. Desenvolvimento em IP/10/1490, SPEECH/10/641, SPEECH/10/640.

Comissão Europeia lança debate para acelerar combate à pobreza

A Comissão Europeia lança uma consulta pública sobre o futuro da política de desenvolvimento da UE. Face ao triplo desafio de uma crise económica, alimentar e ambiental, mas também aos resultados económicos globalmente encorajadores dos países em desenvolvimento, a Comissão deseja recolher opiniões sobre o modo como poderá a União Europeia ajudar mais eficazmente estes países a acelerar os seus progressos na consecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio ou mesmo ajudá-los a ir mais além. Partindo dos resultados já alcançados, a Comissão propõe quatro domínios principais de debate: o impacto da ajuda da UE, o apoio a um crescimento mais inclusivo, a promoção do desenvolvimento sustentável e a obtenção de resultados duradouros nos sectores da agricultura e da segurança alimentar. Uma vez terminada a consulta pública, aberta aos Estados-Membros da UE e aos países parceiros, a Comissão apresentará uma comunicação sobre a modernização da política de desenvolvimento da União Europeia em 2011. Desenvolvimento em IP/10/1494, MEMO/10/565, SPEECH/10/636.

Africa - Europa: oitenta países, dois continentes em parceria para um futuro melhor

Tendo em vista a Cimeira Africa-UE, que terá lugar a 29 e 30 de Novembro na Líbia, a Comissão apresentou a 10 de Novembro as suas propostas para a consolidação das relações entre a União Europeia e a Africa. Com base na actual Estratégia Conjunta Africa-UE lançada em 2007, a Comissão enumerou os desafios comuns onde se registaram progressos mas que, mesmo assim, necessitam de ser abordados em conjunto, nomeadamente a erradicação da pobreza, a paz e a segurança, a democracia e os direitos humanos, a governação global e as alterações climáticas. Embora o âmago da Estratégia Conjunta Africa UE continue a ser a consecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), a Comissão reconhece a necessidade de um apoio a África para fortalecer a sua governação política e económica de modo a permitir uma mobilização mais sustentável dos recursos do continente. Neste espírito, a Comissão propõe centrar-se nas iniciativas que poderiam ajudar a despoletar um desenvolvimento inclusivo e sustentável a longo prazo. Estas propostas contribuirão para a elaboração do Plano de Acção sobre a execução da Estratégia Conjunta Africa-UE que será adoptado durante a Cimeira. Desenvolvimento em IP/10/1495, MEMO/10/566.

Adoptar medidas globais a favor de um crescimento equilibrado: Presidentes Durão Barroso e Van Rompuy na cimeira do G20 a realizar em Seul, em 11 e 12 de Novembro

Nunca como hoje os efeitos das decisões e dos desenvolvimentos económicos de outros países se repercutiram tão fortemente nos nossos países. A crise económica e financeira pôs a nu a nossa interdependência e as nossas vulnerabilidades. Durante a próxima reunião dos líderes do G20 a realizar em Seul, a União Europeia impulsionou o «primeiro fórum de cooperação económica internacional» no sentido de assegurar a coordenação de que a economia mundial carece para um crescimento forte e equilibrado. Para esse efeito, será necessária uma acção de cooperação por parte de todos. Desenvolvimento em IP/10/1489.

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010