sábado, 10 de abril de 2010

Coluna de Arlete Piedade - Pessoas que nos Honram - Gabriel Castanhas e São Correia, directores da Rádio Ondas Musicais.

Coluna de Arlete Piedade - Pessoas que nos Honram - Gabriel Castanhas e São Correia, directores da Rádio Ondas Musicais.

No final do ano passado o director do Jornal Raizonline informou-me que tinha iniciado contactos para estabelecer uma parceria com uma rádio online e solicitou a minha colaboração como Chefe de Redacção e divulgadora, no sentido de ser a representante do jornal, nos contactos a desenvolver com os directores da rádio.

Na sequência desse pedido, comecei a desenvolver o conhecimento com Gabriel Castanhas e sua esposa, São Correia, vindo a confirmar que temos certo número de objectivos em comum, nomeadamente, a defesa da nossa língua, usos e costumes, expressos através da cultura lusófona, presente em todos os países onde exista uma comunidade de portugueses e seus descendentes.

Desde que o nosso povo iniciou a saga dos descobrimentos, no século XV, expandindo-se através do oceano, na descoberta de novas terras onde se fixar, comerciar e expandir a nossa cultura e língua, que os portugueses não deixaram de se aventurar em todos os continentes e em grande número de países, desde os mais próximos geograficamente, aos mais remotos sejam a norte do continente americano, como o Canadá, sejam a sul como Brasil, sejam na Europa, como França, Suíça ou Alemanha, seja em Africa, onde as ex - colónias se mantêm como um baluarte importante na defesa da nossa língua e cultura, seja na Asia, onde os povos mantêm a nossa língua e cultura, muitas vezes com sacrifícios e sem apoios.

Enfim não há país no mundo onde não tenha chegado no passado, ou viva no presente, algum representante deste nosso cantinho á beira-mar plantado.

Na época em que vivemos, com a expansão da Internet, todas estas comunidades que viveram centenas de anos sem contactos entre si, estão agora mais unidas, graças aos esforços de homens e mulheres, que através das novas tecnologias, têm estabelecido as pontes de comunicação entre essas pessoas ligadas pelos mesmo anseios: - Ter notícias do seu país, da sua cultura, dos seus antepassados, que vivem ou viveram, ou partiram de Portugal e deixaram a sua semente, espalhada pelo mundo.

COLUNA UM - Daniel Teixeira - Viver e conviver...

COLUNA UM - Daniel Teixeira - Viver e conviver...

A comunicação social na Net, seja ela escrita, falada ou visionada faz parte de todo um conjunto de factos que têm as suas peculiaridades mas que de alguma forma conseguem fazer alguma parte do retrato social que nos envolve e do qual fazemos parte quer queiramos quer não.

Primeiro - e para começarmos por algum lado - temos as modas, quer dizer, aquelas coisas que aparecem, têm um big bang estonteante e passado pouco tempo não se ouve falar já tanto disso ou acabam essas mesmas modas por ficarem restritas a um número relativamente menor de frequentadores ou usuários.

Nada de grave, visto numa perspectiva construtiva, onde a grande moda, a moda maior, nestes últimos tempos, tem sido defender-se que o small is beautiful mais do que o big is beautiful que tem percorrido, este último, uma pouco das nossas vidas desde há algumas décadas.

Era ambição (e continua a ser, em certo sentido) ir-se trabalhar com uma grande empresa ou numa grande empresa, convencidos talvez que estávamos, que a grande nau não acomete grande tormenta e que mesmo que tal tenha lugar essas mesmas grandes empresas teriam suporte estrutural para se regenerarem e partir para outra ou continuar na mesma.

Quem estuda um pouco de economia (não é preciso estudar muitas páginas para se saber isto) aprende que o fulcro principal de uma grande empresa, com seus accionistas, é o capital, quer dizer, o dinheiro. A estrutura considerada essencial num projecto deste género é a estrutura accionista: os trabalhadores, as pessoas, os seres humanos, ficam arquivados em termos contabilísticos junto das máquinas e dos parafusos: são factores de produção.

Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (XLVII)

Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (XLVII)

Nos primórdios, o homem debateu-se pela luta da sobrevivência…Depois…Foi evoluindo, aperfeiçoando-se cada vez mais e mais…
E com isso,
Varias foram as etapas que o homem ultrapassou,
Varias outras etapas o homem conquistou,
Até que…
Vaidoso, triunfante,
O homem esqueceu-se de enriquecer o seu interior…
O homem esqueceu-se do que aqui fazer veio…
O homem esqueceu-se do seu misticismo, da sua espiritualidade…

Em lugar disso, anos e anos, séculos e séculos se passaram… e muralhas de consumismo se elevaram tal como verdadeiras cadeias….tal como verdadeiras algemas que prendem cada humano a si mesmo, a outros, e até à própria sociedade…

Na preocupação legítima do homem cuidar dos seus, esqueceu-se de perceber o tempo, de o tempo parar…
Sem qualquer tipo de sinalização, travão, ou sensibilização prévia, perfeitos mundos mercantilistas surgiram… consumistas desenfreados proliferaram… e sociedades actuais surgiram…

Etica, Questão de Sobrevivência! - Por Adm. Marizete Furbino

Etica, Questão de Sobrevivência! - Por Adm. Marizete Furbino

«Se não tomarmos cuidado, no próximo milênio não vamos ter nem ética nem dignidade no dicionário português. Serão substituídas por esperteza».
(Antônio Ermírio de Moraes)

Para as organizações do séc. XXI a ética não é mais uma opção e sim uma exigência de mercado. Através da ética, a organização realiza seu diferencial, ganhando respeito, confiança e credibilidade, portanto, tornou-se uma questão de sobrevivência.

No mercado atual, o gestor deverá adotar sempre o comportamento ético, uma vez que este, além de render bons resultados, agrega valor à imagem da organização, portanto, ter consciência, tomar a decisão em ser ético e internalizar dentro da organização tais valores, trabalhando em prol da ética, constitui então, mais que um diferencial, constitui um compromisso que deverá assumir o gestor com a organização, enxergando a relevância da ética dentro de quaisquer organizações, comprometendo-se com os preceitos morais e preocupando-se cada vez mais com a questão dos valores, das condutas, dos princípios, dos comportamentos e do respeito, tornando-se imprescindível a ética dentro de uma organização, uma vez que o mercado está cada vez mais exigente e imagem é tudo.

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A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - QUASE, QUASE

A COLUNA DE JORGE M. PINTO - CASOS AO ACASO - QUASE, QUASE

- Este mesmo inspector (ver numero anterior), quando rapaz, e na escola secundária, tinha tido por colega um indivíduo de nome GABRIEL, que veio a ser governador geral da província.
Toda a imprensa local fosse porque acreditava no novo governador fosse porque na verdade ele bem desempenhava as suas funções, enchia literalmente as páginas, noticiando tudo a seu respeito e constantemente lhe publicando fotografias.

Um dia, comentavam o facto vários altos funcionários da província - entre os quais estava o antigo colega da adolescência - calado, entretido a acender um charuto humedecido. Inquirido sobre qual a sua opinião a respeito e, incapaz de deixar de fazer uma piada quaisquer que fossem as consequências, entre as primeiras baforadas lá lhe sai:

Em seu tempo, a Itália, teve o seu Gabriel, o D’Annunzio ! Nós temos agora o nosso: O de anúncio...

(A graça chegou ao conhecimento do visado que dela não gostou e lhe conseguiu a transferência para Angola).

Poemas de Liliana Josué - Conflito - Irresistível - Perfeição

Poemas de Liliana Josué - Conflito - Irresistível - Perfeição

Conflito

Saltei o «muro da vergonha»
afrontando hirta a medonha
multidão. Suando emoções
cuspindo raivas e tensões
esbarrando em risos escarninhos
olhares franzidos, miudinhos.
Chegaste perto, macio, triste
e de alma em alvoroço viste

Irresistível

Gosto de te sentir abandonado
na nossa sala de sofá listado
e requebrar de forma incorrigível
porque vou ser p'ra ti irresistível.

Gosto de correr nua à tua frente
como animal bravio de sangue quente
num despudor de gesto irreprimível
porque vou ser p'ra ti irresistível.

Perfeição

Não quero filosofias
Exaustas de questionar
Em dialécticas frias
Sobre o que é «perfeito estar».

A perfeição é um dom
Intrínseco a todo o ser
Mas descorado, sem tom
Por ninguém o perceber

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José Varzeano - Manuel José da Trindade e Lima - Professor do Ensino Primário Oficial.

José Varzeano - Manuel José da Trindade e Lima - Professor do Ensino Primário Oficial.

Filho de José Francisco da Trindade, de Alcoutim e de D. Bárbara Maria, natural de Giões, nasceu nesta vila a 1 de Março de 1897 e faleceu na cidade de Lisboa, freguesia da Pena a l9 de Abril de 1980.

Após o 5º ano feito no Liceu de Faro, ingressou na Escola do Magistério da mesma cidade, curso que terminou em 1916 com a alta classificação de 18 valores. Iniciando (1917) o magistério na terra que o viu nascer, disputou o lugar com o conhecido Prof. Manuel António Janeiro Acabado.

Aqui se mantém cerca de vinte anos, tendo ensinado gerações de alcoutinenses. Ficou vincada a sua capacidade de ensino. Deu valioso contributo à Santa Casa da Misericórdia durante muitos anos, exercendo as funções de provedor em 1931/32.

Com o Dr. João Francisco Dias e seu sogro, Manuel Lopes, que na altura constituíam a mesa da Santa Casa (Provedor, Secretário e Tesoureiro) levaram a cabo a criação de um pequeno hospital que tão útil foi à vila e concelho. Fez parte da Comissão Municipal da Campanha do Trigo.

Presidiu à Câmara Municipal por três vezes, sendo a última de 8 de Janeiro de 1938 a 21 de Janeiro de 1939. Foi o chefe «situacionista» no concelho de Alcoutim, assumindo-se um verdadeiro «salazarista».

Na qualidade de Presidente da Comissão Administrativa da Câmara, vai junto do Ministro da Instrução e obtém a criação de diversos postos de ensino no concelho, como foi o caso de Palmeira, Santa Marta, Afonso Vicente, Santa Justa e outros. (1)

Sabemos que na inauguração do posto de Pão Duro, andou por lá dois ou três dias, já que então a deslocação a essas paragens só se podia fazer de burro ou a pé! Entre 1934 e 1935 desloca-se várias vezes a Lisboa para tratar de assuntos de interesse para o concelho, nomeadamente sobre estradas, correio e telefones.