sexta-feira, 30 de abril de 2010

ALEXANDRE O’NEILL E O SURREALISMO - Por Liliana Josué

ALEXANDRE O’NEILL E O SURREALISMO - Por Liliana Josué

MOVIMENTO SURREALISTA
Não se podem estabelecer datas rígidas em relação ao desenvolvimento humano, seja qual for a perspectiva. As viragens rápidas , quanto a mim, não existem, pois qualquer estudioso do seu desenvolvimento não consegue fazer cortes radicais. Há sim evoluções menos ou mais rápidas, assim sendo, a passagem do Realismo/Futurismo para o Surrealismo aconteceu com alguma brevidade mas a seu devido tempo.
Considera-se o início do Movimento Surrealista com o francês André Breton e o Manifesto Bretoniano em 1924, extinguindo-se em 1969, dando-se desta forma inicio a outro novo ciclo cultural intitulado Pós-Modernismo.
Em Portugal surge mais tardiamente com António Pedro. Para alguns estudiosos é determinante o ano 1942 com a obra do mesmo intitulada «Apenas uma narrativa»; outros valorizam o ano de 1947 com a formação do Grupo Surrealista de Lisboa, cujos fundadores foram: António Pedro, José Augusto França, Cesariny, Alexandre O’Neill e outros. Começaram por se reunir na pastelaria Mexicana, mas o local de encontro de maior destaque para os surrealistas foi o café Gelo.
Em 1960 este movimento foi considerado extinto

ALEXANDRE O’NEILL

Nasceu em Lisboa a 19 de Dezembro de 1924 e faleceu em Lisboa a 21 de Agosto de 1986.
Teve antepassados irlandeses mas era filho de António Pereira de Eça e O’Neill , tendo como profissão bancário e de Maria da Glória Vahia de Castro, dona de casa.
Em 1944 fez o primeiro ano da Escola Náutica de Lisboa, mas devido à sua miopia não lhe será concedido o certificado marítimo. Não continuou os estudos tornando-se quase um autodidacta .
Em 1946 devido a dissidências familiares sai da casa paterna.
Em 1949, em Lisboa, apaixona-se por Nora Mitrani, enviada pelo Movimento Surrealista Francês, no intuito da divulgação do surrealismo em Portugal à qual dedica o poema «Um Adeus Português» integrado na obra: No Reino da Dinamarca de 1958, onde é demonstrado o seu desagrado pela mediocridade em que este país vivia assim como a todo um pensamento sem horizontes arejados.

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