COLUNA DE ROSA PENA - Cegos e desdentados
Será que o menino João teve esse calvário para acordar os donos da situação dessa nação?
Será que esse pequenino Messias teve que morrer preso na cruz de um cinto, martelado nos pregos do descaso, arrastado no asfalto da estupidez da exclusão, para que finalmente os reis da Judiação percebam que já passou há muito o momento de verdadeiras providências?
Será que os assassinos do menino, Carlos Eduardo e Diego, que nasceram numa favela, foram criados numa realidade brutal, levaram surras em cada geral violenta da PM, viram o pai baleado numa delegacia, o irmão drogado, o vizinho encontrado morto com dez tiros na cabeça do lado da porta de casa, a mãe prostituída como única saída para dar-lhes um pedaço de pão, a irmã morta por falta de vaga em um hospital viraram os únicos Judas desse caos social? Pena de morte é bem mais fácil do que pensar em programas reais de inclusão.
Será que o menino João teve esse calvário para acordar os donos da situação dessa nação?
Será que esse pequenino Messias teve que morrer preso na cruz de um cinto, martelado nos pregos do descaso, arrastado no asfalto da estupidez da exclusão, para que finalmente os reis da Judiação percebam que já passou há muito o momento de verdadeiras providências?
Será que os assassinos do menino, Carlos Eduardo e Diego, que nasceram numa favela, foram criados numa realidade brutal, levaram surras em cada geral violenta da PM, viram o pai baleado numa delegacia, o irmão drogado, o vizinho encontrado morto com dez tiros na cabeça do lado da porta de casa, a mãe prostituída como única saída para dar-lhes um pedaço de pão, a irmã morta por falta de vaga em um hospital viraram os únicos Judas desse caos social? Pena de morte é bem mais fácil do que pensar em programas reais de inclusão.
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