domingo, 19 de dezembro de 2010

COLUNA UM - Daniel Teixeira - O 100 é logo depois do 99

COLUNA UM - Daniel Teixeira - O 100 é logo depois do 99

Este número que sai hoje (o 100) já foi antecipadamente comemorado no anterior número, que aliás é um número bonito, 99, diga-se, em abono da verdade.
Pela minha parte, não ficando totalmente de lado do espírito da época uma vez que isso é impossível, tenho também de ir trabalhando um pouco, não porque a isso seja obrigado por força de outras obrigações senão as «morais» neste caso, mas porque assumo perfeitamente o principio de que quem corre por gosto não cansa.

Mas será isso mesmo assim? Quer dizer, o esforço dispendido num caso e noutro (com gosto ou sem gosto) será em principio o mesmo em termos de queima de calorias, não aceitamos, como é evidente o efeito dopante do entusiasmo e inversamente também não devemos acreditar que existe um maior desgaste quando não se corre por gosto do que quando se corre por gosto.
Assim. numa ponta e noutra do processo seria tudo igual no resultado...mas não é.

Será verdade que a chamada inspiração (o tal gosto de correr incluo-o dentro deste principio mais geral) consegue coisas que um espírito em fechamento não consegue. Assim se explicará, descartados que sejam eventuais factores genéticos diferenciadores, que duas pessoas nas mesmas condições produzam resultados diferentes no seu labor.

Diferentes sim, mas dizer desde logo que é melhor num caso do que no outro o resultado é pelo menos precipitado. Há coisas a que só o tempo dá uma resposta mais ajustada.
O que foi feito há 100 anos, por exemplo, pode ter levado esse tempo a produzir os seus resultados e aquilo que foi aceite como principio válido, porque resultou na altura, pode ter perecido 15 dias depois ou no decorrer destes tais 100 anos.

A coisa é sempre complicada quando se analisam perspectivas de realidade e de possibilidade.
Não vou escrever muito mais, estamos no Natal e este texto arriscava-se a entrar por caminhos muito pouco natalícios...vou mesmo entrar de férias a partir de agora e até ao inicio do ano.
BOAS FESTAS A TODOS
PS: o jornal continua eu é que vou mesmo descansar aquilo que me for possível sem colocar a continuidade do processo jornal e rádio em causa.

ENTRADA DO PORTAL

ENTRADA DO PORTAL

Este índice do Portal enumera apenas os títulos do conteúdo do Portal fazendo desde logo a ligação para cada um desses itens.
Este sistema de PORTAL não permite o regresso ao índice senão pela via do browser (fazendo back ou carregando na seta de regresso) pelo que optámos também por fazer aparecer em novas janelas cada uma das referências clicáveis.
Ou seja, e para os menos experientes, pode-se manter esta página de índice em aberto, ler o que se quer ver no conteúdo interno a cada referência, fechar então essa janela finda a leitura e regressar ao acesso desta página (que sempre aqui terá estado). Fácil...
O objectivo do Portal é o de agregar num só site a leitura todo um conjunto de sites e de trabalhos que por força da sua extensão não cabem no nosso jornal poupando assim o trabalho de estar a clicar ou a escrever no topo do browser cada uma das referências (endereços) que se querem atingir.
Abrimos um Blogue - que terá aqui o seu lugar - especialmente destinado a noticiário actualizado em qualquer momento da semana. Assim, ao folhear o jornal e entrando neste sector do PORTAL teremos actualizadas diariamente as noticias que sejam consideradas mais importantes: acontecimentos, eventos, etc.
Ao mesmo tempo e utilizando uma faculdade que é muito utilizada, iremos inserindo nestas nossas páginas Blogues de referência, de colaboradores nossos ou não, de grupos culturais já existentes com colaboradores nossos ou não: faremos contudo uma selecção para que se mantenha em números facilmente manuseáveis e indexáveis esse manancial de referências e endereços.
Por ora temos os nossos Blogues e Sites...e esperamos um bom acolhimento a esta nossa iniciativa.
INDICE
raizonline noticias - Blog noticioso diariamente actualizado.
estante virtual
Noticias variadas - um
índice expandido dos trabalhos publicados no jornal e comentários aos trabalhos publicados
Noticias variadas - dois
Noticias variadas-tres
forum - ainda em fase de arranque

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

TRABALHOS DE NATAL

Temos 65 (sessenta e cinco) trabalhos (ocupando cerca de 80 páginas) de vários autores sobre o Natal especialmente recolhidos pela Arlete Piedade que também participa nesses mesmos trabalhos: Poemas, Contos, Poemas Infantis e outros.

Dada a impossibilidade de os publicar todos no corpo do jornal optou-se por colocar um índice numerado no jornal, publicar os textos em formato .PDF que podem ser acedidos através do link geral que é colocado após este nosso referido índice. Há um outro índice junto aos textos publicados.

TRABALHOS DE NATAL

Trabalhos de Natal para o Jornal e Rádio Raizonline

Indice de Trabalhos e Autores:

Natal - Arlete Piedade - pag. 2
E Novo Natal Menino - Wandisley Garcia - pag. 2
Natal de Esperança - Manuela Silva Neves - pag. 3
Natal - Emanuel Pimentel - pag. 4
Natal do Miudo - Carlos Cardoso Luís - pag. 5
O Natal deveria ser - Fernando Peixoto - pag. 6
Natal - Varenka de Fátima - pag. 7
Espírito de Natal - Cecília Rodrigues - pág. 8
O Presépio - Maria da Fonseca - pag. 9
Natal de Hoje - Lídia Frade - 10
Natal Perdido no Tempo - Lídia Frade - pag. 11
Ano NovoIII Vida NovaIII - Lidia Frade - pag. 13
Pelo Natal - Francisco Coimbra - pag. 14
Natal - Francisco Coimbra - pag. 14
No Natal - Francisco Coimbra - pag. 14
De Olho na Estrela-Guia - Sandra Fayad - pag. 15
E Natal - Cremilde Vieira da Cruz - pag. 16
Alegria de Natal - Cremilde Vieira da Cruz - pag. 17
Natal - Cremilde Vieira da Cruz - pag. 18
O que é Natal? - Cremilde Vieira da Cruz - pag. 19
Outono/Inverno - Cremilde Vieira da Cruz - pag. 19
Quero Acreditar - Francis Raposo Ferreira- pag. 20
Pai Natal - Sanio Aguiar Morgado - pag. 21
Natal - Liliana Josué - pag. 22
Festa Natalina - Sandra Fayad - pag. 23
O Princípio - Filipe Papança - pag. 24
Extremos - Humberto Rodrigues Neto - pag. 25
E Natal - Eugénio de Sá - pag. 25
Natal - Lenir Moura - pag. 26
Feliz Natal e Próspero Ano Novo(Acróstico) - João Furtado - pag. 27
O Natal - Wandisley Garcia - pag. 28
Natal Prometido - Pinhal Dias - pag. 29
Natal - Pinhal Dias - pag. 30
Noite de Natal - Edvaldo Rosa - pag. 31
Natal Dentro de Mim - Acas - pag. 32
Onde Encontraremos o Natal? - Murilo Moreira Veras - pag. 36
Solidão Acompanhada - Manuela Baptista - pag. 39
O Natal é Ter - Ricardo Augusto Costa - pag. 39
No Próximo Ano - Sandra Fayad - pag. 40
A Estrela - Arlete Piedade - pag. 41
Contos de Natal:
Vento Norte, Neve e Vento Sul - Dulce Rodrigues - pag. 43
Noite de Natal - Denise Severgnini - pag. 48
A Lenda do Pinheiro - Dulce Rodrigues - pag. 50
A Lenda das Pinhas de Prata - Dulce Rodrigues - pag. 52
O Novo Natal - Sandra Fayad - pag. 53
Aquela Boneca de Porcelana - São Tomé - pag. 55
Conto de Natal - Leo Marques - pag. 56

Poemas Infantis de Natal:
Inocente Natal - Suely Lopes - pag. 58
Tradição de Natal - Maria da Fonseca - pag. 59
Natal - Denise Severgnini - pag. 60
Natal - Denise Severgnini - pag. 61
Nascimento de Jesus - Denise Severgnini - pag. 62
Estrela de Belém -Denise Severgnini - pag. 63
Vela do Natal - Denise Severgnini - pag. 63
Arvore de Natal - Denise Severgnini - pag. 63
Presente de Natal - Denise Severgnini - pag. 64
Presépio - Denise Severgnini - pag. 64
Anjinhos Natalinos - Denise Severgnini - pag. 64
Tempo de Natal - Maria da Fonseca - pag. 65
Natal de Jesus - Maria da Fonseca - pag. 66
No Natal - Maria da Fonseca - pag. 67
Natal - Maria da Fonseca - pag. 69
Tlim, Tlim, Tlim - Leo Marques - pag. 70
Conclusão: Natal pelo Mundo - Arlete Piedade - pag. 72

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POESIA DE MARIA DA FONSECA - Soneto da Saudade; Momento de Ternura; Era Natal em Bruxelas

POESIA DE MARIA DA FONSECA - Soneto da Saudade; Momento de Ternura; Era Natal em Bruxelas

Soneto da Saudade

Por aí vou andando ao Deus dará
Meu ‘spírito a vaguear sem destino,
Sem métrica, sem rima, sem atino,
Perdida em minha vida, como s’rá?

A procura Senhor não sei de quê,
A saudade a crescer sem eu querer.
Mas se não tenho força prà vencer
A toa vou, sem entender porquê.

Momento de Ternura

Neste Outono cativante
O Sol brilha acalorado.
Tantas folhas da aveleira
De um verde iluminado!

De ramo em ramo os pardais
Saltam lestos a brincar.
Iguais às folhinhas secas,
Deixam o ramo a abanar.


Era Natal em Bruxelas

Era Natal em Bruxelas.
A Grand’Place iluminada
Parecia como um sonho,
Que eu revivi encantada.

Aconcheguei o casaco
E entrei na bela Praça,
Toda de História e palácios,
De tão magnífica traça.

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Poesia de Ilona Bastos - EU SEI; HOJE

Poesia de Ilona Bastos - EU SEI; HOJE


EU SEI

Eu sei que apetece desistir
e desesperar,
eu sei.

Mas repara, está lá tudo,
nesse incrível caldeirão
que é o mundo.

Está o sofrimento
misturado com o amor,
e a meiguice dissolvida
em azedume.

Está lá tudo, te garanto!

Estão lá a sabedoria e a estupidez,
em partes iguais, e em idêntica proporção
a raiva e a paixão, amálgamas de fúria,
bondade, e indescritíveis rancores.

HOJE

Hoje é um dia de harmonia,
Um dia delicado,
Em que vou cantar a folha
E não a árvore,
A pétala e não a flor,
A gota e não o oceano,
O grão e não a areia.

Hoje vou dedicar-me
Aos mais belos pormenores,
Como o do silêncio,
O do gesto,
O do sorriso,
O do traço,
O da letra.

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Natal Dentro de Mim - Poema de Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano.

Natal Dentro de Mim - Poema de Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano.

Numa época de tristezas,
Num fim de uma tarde quente primaveril,
Vi o menino - Deus num quadro,
O quadro era o mais lindo que jamais existiu.

Sonhei com Ele, o Menino Jesus,
Descendo dos céus por uma fresta de sol.
E vinha atravessando cafezais e outras plantações,
Colhendo (e plantando) muitas florinhas de escol.

Ele vinha feliz, saltitante: menino!
E Ele chegava no primeiro arrebol
Colhia lírios do campo e folhas do inhame
Donde o orvalho refletia a luz do sol

Colheu penas de canários da terra,
Colheu galhos com cafés maduros,
De pintassilgos, sabiás e jandaias,
Colheu libélulas, besouros, anuros... .

E ria, ria muito, O menino...
Ele ia chegar lá em casa, disso eu já soubera
Pois três reis chegaram da Fazenda Estrela D´Oeste
E me avisaram: o rei dos reis te espera

Informaram-me: prepare-se; Ele vai chegar.
E, de longe, eu O via, e ouvia Seu sorriso...
Fiquei com medo de que não tinha compreendido
Como mantê-lo, pois bem tratá-lo era preciso.

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sábado, 18 de dezembro de 2010

Poesia de João Furtado - VAGUEANDO POR AQUI NESTE MUNDO

Poesia de João Furtado - VAGUEANDO POR AQUI NESTE MUNDO


Andei naquele, noutro e neste autocarro
Ao lado esteve, está e estará um amigo caro
Que com encontros e desencontro já nem reparo!

Desta vez ia ver minha querida e estimada tia
O aniversário dela mais uma vez era o dia
Nada pude eu comer, um dente muito doía...

Enquanto o autocarro violentamente trepidava
Eu este poema imaginava e escrevê-lo tentava
Uma menina indiscreta ao lado gargalhada dava!

Perto uma madura mulher casada com o Baco
Tentava a força dar ao rapaz novo um cavaco
Ele, o rapaz na jovem força olhava com asco!

Meu pensamento continuava vagueando
Ao ritmo do autocarro sempre viajando
Aos homens e ao mundo meditando!

De Quioto à Copenhaga à Cancun há anos
De reuniões de certezas e de enganos
No céu o ozono chora com os danos!

Africa de Sul é a próxima esperança
Nesta caminhada que nada alcança
Porque o homem quer cheia a pança!

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

Poesia de Varenka de Fátima - Um bom velhinho; Tempo Saudoso; VEM MEU AMOR (Letra de Música)

Poesia de Varenka de Fátima - Um bom velhinho; Tempo Saudoso; VEM MEU AMOR (Letra de Música)

Um bom velhinho

Em todos os natais, observo um rosto
Em todas noites vejo papai Noel
Na sua bondade distribuindo presentes
Atendendo os pedidos das crianças

Persisti na tentativa de fraga-lo pra falar
Antes da meia-noite adormecia
O presente deixado no sapatinho
A certeza que ele esteve no quarto

Aquele meu papai velhinho
Que veio de longe e desaparece
Eu amava, como ainda amo
Vive aquela criança que em mim

Tempo Saudoso

Tenho uma saudade da minha infância,
Papai trazia leite da malhada vaquinha
Que delicia o leite morno da malhada
Era saudável o meu tempo de criança

Que saudade do tempo adolescente
No domingo para o clube dançando
Todos os ritmos dançando no salão
Era tanta alegria com amigos jovens

Que saudade do tempo da faculdade
Dos colegas sem maldade do teatro
Só pra ter um diploma nivel superior


VEM MEU AMOR (Letra de Música)

Vem meu amor, vem meu amor, vem meu amor
Venha o seu desejo o traz para mim
Venha cantar e dançar no ritmo apressadinho
Vamos pernoitar descendo atrás do trio

Vem meu amor, vem meu amor, vem meu amor
Vamos ver se a madrugada nos favorece
Vamos apertadinho, apertadinho, vamos juntinhos
Vamos ver se na praça dos amores, vai acontecer

Vem meu amor, vem meu amor, vem meu amor
Vamos apertadinho, apertadinho, apertadinho
Vamos no vai e vem, no vai e vem
Vamos subindo e descendo

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

Etevaldo e Marinalva - Por Se Gyn

Etevaldo e Marinalva - Por Se Gyn

Etevaldo sempre foi um sujeito meio estressado. Mas, a aposentadoria o deixou bem pior... Agora, o que lhe sobrava era tempo ocioso, e assim, e passou a se ocupar mais de todas as coisas, inclusive as irrelevantes, declinando sempre a intensa opinião sobre as coisas do mundo e, em seguida, alegando que isto está relacionado com seu suposto senso de justiça, e o compromisso com o que afirmava ser a verdade e franqueza, da qual não escapavam nem a família.

O contrário do Etevaldo é sua dedicada e paciente esposa, dona Marinalva, um doce de mulher, cuja vida dedicou ao lar e à família e, a quantos mais necessitassem, sempre predisposta a ouvir e, muito comedida em apresentar suas opiniões e conselhos, sendo por isso mesmo, a âncora e, ponto de equilíbrio da família. Sempre que o marido apronta das suas, é ela era que sai em campo, usando de muito jogo de cintura e candura, para desfazer as presepadas do marido, que mais e mais, o isola do convívio dos amigos e da família.

Dizem que os maus bofes do Etevaldo, em parte, tem a ver com sua aposentadoria da profissão de eletricista, e da perda do status do vistoso cargo de «gerente regional», que ocupou por longos 20 anos, depois de uma lenta ascensão profissional na empresa de energia elétrica local.

Etevaldo se aposentou, mas dona Marinalva, não. Ela continuou com os mesmos afazeres e obrigações, com os cuidados com a casa e, adicionalmente, tinha de aturar o marido arrevesado em regime full-time, tendo de suportá-lo um dia após outro, zanzando pela casa, fazendo objeções a tudo.

E, depois de vestir o pijama, o homem foi impondo uma série de regras em casa: limpeza, só pela manhã, enquanto ele estava fora para a compra do jornal e, visita à casa lotérica, pois achava inaceitável os chinelões molhados. Na hora dos telejornais, nada de novela, porque ele não abria mão da televisão e das notícias, o que levou dona Marinalva a comprar uma TV a prestação para instalar no seu quarto de costura.

Se o filho vem pedir o carro emprestado para ir a uma festa. E ele fazia um discurso sobre o perigo do trânsito e o preço da gasolina, antes de negar o pedido. Se o vizinho do lado faz uma festa de confraternização e a festa vai até mais tarde da noite, ele aciona o pessoal do meio ambiente, alegando o incômodo do barulho. «Boas cercas, bons vizinhos», repete ele, enquanto o ruído da música animada e o cheiro de churrasco vai invandindo sua casa.

Mas, não há momento mais oportuno para se conhecer todo o repertório de despautérios do Etevaldo, do que quando ele à rua, para as compras - pobre dona Marinalva, está lá, sempre firme, ágil e, sorridente do lado do eletricista aposentado, para ir desfazendo as situações que vão ocorrendo.

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

LINGUAJARES NOSSOS - Por Manuel Fragata de Morais

LINGUAJARES NOSSOS - Por Manuel Fragata de Morais

Não são poucas as crónicas que já escrevi ao longo dos anos sobre o uso que se dá, tanto por alguns quanto por muitos ao português, na sua transformação inexorável em angolês. E aqui, nem enfio o famigerado desacordo ortográfico que, acho, só tem patente nos lusos e seus descendentes (em termos de idioma) em ambos lados do Atlântico. Nunca ouvi falar de um acordo ortográfico entre Albion e todos os outros onde o inglês se fala e que fizeram com que o Sol nunca se pusesse no império de sua majestade, nos séculos 19 e 20.

Todavia, esta não é a questão em pauta, mas sim alguns dos maravilhosos linguajares no expressar por alguns dos que nossos concidadãos de uma ideia, um conceito, ou o que seja. Claro que sempre há as influências do ambiente em que se produziu a gestação das mesmas, como nesta, pertencente a um motorista que durante largos anos fez parte das Forças Armadas Angolanas, ao originar o «conte rendue» da missão que o chefe dele, um grande amigo de peito meu, lhe confiara, ou seja, ir buscar a mãe e levá-la de volta para casa:

«Chefe, como me comandou, capturei a senhora e transladei-a para casa, onde está em segurança; a missão foi cumprida, posso desmobilizar-me?...»

Há dias, escutava a Rádio, num desses programas de entrevistas populares sobre as mais diversas questões, e no qual uma senhora mais velha relatava indignada o facto de um cidadão qualquer pretender assenhorar-se do seu terreno, e que já mandara carta ao senhor Ministro da tutela, informando que «Este senhor, sem qualquer documento, está a querer estuprar o meu terreno!...»

Havia um professor de português, daqueles à moda antiga, que morava ali para as bandas da Praia do Bispo, e um dia sentiu que o seu galinheiro estava a receber visita não requerida. Para lá pronto se dirigiu e confrontou o gatuno, este, já com uns tantos patos no saco. Indignado, logo se encarregou de educar o larápio sobre a feiura da acção e que com um corpo daqueles deveria estar a contribuir para a sociedade de forma digna, que servir-lhe-ia melhor estar na escola, que poderia estar a fazer isto, que deveria pensar naquilo, etc., etc.
As tantas, o coitado do pilha patos, talvez já farto da palestra do venerando educador e não percebendo bem o alcance da prosa moralizadora, com cara de parvo, e a querer saber como iria acabar tudo aquilo, indaga, meio a fio: «E os pato, então?!...»

«E os pato???...», pergunta, à beira de uma apoplexia, o mestre educador, com várias décadas de ensino, na época em que o Luís Vaz de Camões era respeitadíssimo nas colónias. «Os pato?... Os pato?... Isso não existe, seu burro! E os patos, ouviste, os patos. P-A-T-O-S! Patos! Se queres roubar, pelo menos fala bem!»

Reduzido à sua devida e insignificante humildade, o amigo do alheio não deseja evaporar-se sem antes as coisas estarem definidas, não vá o diabo torcê-las: «E os pato, que faço com eles tio? Levo ou deixo?...»

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

Marido é marido! Marido não é emprego! - Por Adm. Marizete Furbino

Marido é marido! Marido não é emprego! - Por Adm. Marizete Furbino

«Um marido é o que sobra de um amante depois que o nervo é extraído.» (Helen Rowland)
O jogo de interesses advindos de um casal é uma realidade, e tem assolado muitos casamentos, conduzindo-os a médio e em longo prazo a um verdadeiro caos, uma vez que se torna indômita tal relação.
Em meio a essa relação ganha-ganha, o que prevalece é o ter e não o ser, ou seja, você possui valor pelo que tem e não pelo que você é, fato real e lamentável. E é de suma importância salientar que valores, princípios, caráter e amor ficam à mercê nessa relação marcada por interesses.

Oportuno salientar que, além de conduzir o casal a uma perfeita desarmonia, este tipo de relação leva de forma muito rápida ao sofrimento da mulher, à tristeza constante, carência e a uma maior fragilização, onde o casal, em um período de médio e de longo prazo, passa a viver mantendo apenas o que denominamos de relação marcada por aparência, uma vez que sua relação afetiva encontra-se totalmente fragilizada, comprometida e destruída; assim, é necessário lembrar que, além dos malefícios advindos desta relação, esta relação ganha-ganha não tem qualquer estabilidade, uma vez que seus esteios se apodrecem de forma muito rápida.

Desta forma, tal relação ganha-ganha deveria ser assim denominada de perde-perde, pois o que se observa são somente perdas, uma vez que o casal está perdendo o tão precioso tempo, não aproveitando os momentos e oportunidades que a vida lhes oferece com amor e harmonia, não se tornando uno na trilha do destino.

Assim, os casamentos caracterizados por esse interesse financeiro sempre acarretam dificuldades extras, uma vez que inexiste uma relação de amor entre o casal e sim uma relação de mera transação comercial onde, além de prevalecer uma forte negociação, e como tal deve ser assim tratada, possui nitidamente seu preço, pagamento e resgate.
Ao final, o que se percebe é que nessa «união» advinda desse jogo de interesses o estilo de negociar desempenha um papel decisivo, conduzindo-o ao sucesso e/ou ao fracasso de forma temporária, não deixando de constituir por si só um obstáculo à real satisfação conjugal, levando o matrimônio a inúmeras insatisfações e a destruições. O que era para ser belo deixa de existir, uma vez que não existe de fato entre o casal a verdadeira união.

Se por um lado a mulher não é capaz de sublimar o amor bem como a paixão e o compromisso para com o marido, uma vez que seu foco é o interesse financeiro, inicia assim novas relações afetivas com outros homens, tendo inúmeros amantes em sua «lista».
Por outro lado o homem, não enxergando tal verdadeira relação de interesses, fica ludibriado com a mesma, investindo, apostando e depositando todas as «fichas» nesse relacionamento, o que, com o passar do tempo o torna vulnerável, um fraco, passando cada vez mais a guardar e a armazenar em seu eu inúmeros ressentimentos, o que o leva a perder o amor próprio e, na tentativa de recuperar o relacionamento enxergado pelo mesmo como já «perdido» é visto pelos outros como encrenqueiro, chato, inconveniente, uma vez que «perde» o chão, iniciando uma luta ferrenha em prol da conquista do mesmo, não dando conta de controlar suas ações e emoções. Em meio a tantos conflitos, se deparando em um verdadeiro caos.

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia e Noticiário da União Europeia.

COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia e Noticiário da União Europeia.
Agenda europeia

20 de Dezembro: Comissão apresenta a estratégia sobre a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres na Comissão Europeia para 2010-2014.

20 de Dezembro: A Estónia vai adoptar o euro em 1 de Janeiro de 2011. O país encontra-se na última fase dos preparativos para a adopção da moeda única.

8 de Janeiro: A Comissão, em colaboração com a Presidência húngara, lança o Ano Europeu do Voluntariado - 2011.

10 de Janeiro: Conferência Instituto de Defesa Nacional: «A União Europeia - As questões institucionais», sede do IDN, Lisboa.

11 de Janeiro: Inauguração do Ano UE-China da Juventude em 2011. Responsáveis europeus e chineses assinam uma declaração comum sobre o reforço do diálogo e da cooperação em torno de questões relativas à juventude.

12 de Janeiro: A Comissão adopta o «Balanço anual do crescimento» que marca o primeiro ciclo de coordenação das políticas macroeconómicas, orçamentais e das reformas estruturais dos Estados-Membros, conhecido pelo nome de «semestre europeu».

Noticiário da União Europeia
Inquérito Eurobarómetro sobre as saídas profissionais dos diplomados: importância do trabalho em equipa, da adaptabilidade, da comunicação e das competências linguísticas

Um novo inquérito realizado junto dos empregadores europeus mostra que, aquando do recrutamento de diplomados, as competências ditas «não técnicas» têm tanta importância como as competências técnicas específicas e as competências informáticas. Uma larga maioria dos empregadores inquiridos respondeu que a capacidade para trabalhar em equipa (98 %), a faculdade de adaptação a novas situações (97 %), as competências em matéria de comunicação (96 %) e o conhecimento de línguas estrangeiras (67 %) desempenhavam um papel importante para o recrutamento. Cerca de metade das empresas muito presentes no mercado internacional considera as competências linguísticas como o principal trunfo para o futuro. Desenvolvimento em IP/10/1643, MEMO/10/638.

Preços de referência 2011 para os produtos da pesca: redução na maior parte dos produtos
A Comissão Europeia apresentou a sua proposta anual para os preços de referência do próximo ano relativos a produtos da pesca frescos e congelados. O mercado dos produtos da pesca parece estar a recuperar na sequência das quebras de preços em 2009. No entanto, a procura não aumenta por causa da prudência dos consumidores e do aumento dos preços de importação. Desenvolvimento em http://ec.europa.eu/fisheries/news_and_events/press_releases/021210/index_en.htm.
UE reforça regras em matéria de segurança do abastecimento de gás aos cidadãos

Entrou a 2 de Dezembro em vigor em todos os Estados-Membros da UE o novo regulamento sobre segurança de abastecimento de gás. Baseada nas lições extraídas da crise de gás russa ­ ucraniana de Janeiro de 2009, a nova legislação vai reforçar os mecanismos de prevenção e resposta à crise. Desenvolvimento em MEMO/10/641.
Terceiro trimestre de 2010: PIB da zona euro sobe 0,4% e o da UE 0,5%
Segundo as primeiras estimativas publicadas pelo Eurostat, no terceiro trimestre de 2010 o PIB da zona euro aumentou 0,4% e o da UE 0,5% em relação ao trimestre anterior. No segundo trimestre de 2010, a taxa de crescimento fora de +1% nas duas zonas. Em comparação com o terceiro trimestre de 2009, o PIB aumentou 1,9% na zona euro e 2,2% na UE, após um aumento de 2% nas duas zonas no trimestre anterior. Desenvolvimento em STAT/10/182.

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

Mataram o cara - Por Abilio Pacheco

Mataram o cara - Por Abilio Pacheco

O título desta crônica é, por si, deveras horrível. Não imagino um leitor que lendo o título e sabendo do que se trate tenha sentido vontade de ler o texto por causa dele. Salvo por alguma repugnância. Dar a notícia desse jeito é banalizar o fato. E vou meter-me em terreno, agora, perigosamente delicado. Como falar da imensa indignidade que é um assassinato por motivo fútil, sem inseri-lo numa sequência de eventos semelhantes de modo a transformá-lo em algo corriqueiro e cotidiano semelhante a olhar para os lados antes de atravessar a rua?

Por isso, não ataco o centro nem passo ao largo da morte a facadas do professor de educação física Kassio Vinícius Castro Gomes. Ele – para usar a chatinha linguagem do direito que tem invadido os noticiários – fora supostamente assassinado por um aluno que supostamente teria se chateado com uma suposta nota baixa. Melindre demais. Por que não dizer o estrito, direto, caroço?
Mas voltemos… Não pretendo passar ao largo, pois seria uma conivência, quase uma cumplicidade. Mas também não posso atacar o centro, pois aí eu seria parcial e quase sumário. Como não sei detalhes dos motivos nem posso dar ao (suposto – sic) culpado o direito de defesa ou de voz, termino indo ao mais amplo e geral.

Vi numa reportagem sábado que nossas escolas são palco de violência e que grassa a insegurança e a impunidade. Não o nego, mas não «calango». Pouco se escuta falar que em nossas escolas e – pasmem – faculdades, proliferasse não só discursos, mas também práticas de promoção automática, de superprotecionismo, de cuidado excessivo para não constranger o aluno, de cuidado para não prejudicá-lo com uma reprovação ou nota baixa.

Não me entendam mal. Não sinto prazer nisso. Não é meu trabalho, nem trabalho de professor algum que eu conheça e possa apontar atribuir nota baixa a algum discente por prazer ou perseguição. Não nego que isso exista, só quero que entendam que não faço apologia. Entretanto, trabalho mal feito, copiado de Internet, atendendo parcialmente instruções e enunciados… Deixem o professor trabalhar.
Deixem que o professor atribua o conceito em conformidade com seus critérios e com suas orientações. Deixem-no fazer isso que também é seu trabalho: ensinar ética, ensinar promoção por merecimento, ensinar que a matrícula no curso não é garantia de aprovação. Deveriam preocupar-se com aqueles que não fazem isso e por não fazê-lo prestam um desserviço.

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

Um Conto - Por Emerson Wiskow - O primeiro milagre

Um Conto - Por Emerson Wiskow - O primeiro milagre

Ele estava ali, sentado em minha frente. Barbudo, olhos lindos e vivos. Sereno. Sorriu e bebeu mais um gole de vinho. Tinto, é claro. Tínhamos isto em comum, nós dois gostávamos de vinho. Ele estava morando em Porto Alegre há quatro anos. Pouquíssimas pessoas sabiam disto.
Lembro-me da primeira vez em que o vi, foi numa noite de sexta-feira, fazia calor e o cabaré estava cheio. Entrei, corri os olhos pelo ambiente a fim de ver quem estava lá. Muitas caras conhecidas, principalmente entre as garotas. Entre as mulheres que trabalhavam naquele inferninho tinha uma que eu gostava muito. Era por causa dela que eu estava ali aquela noite. Eu queria vê-la.

Uma vez por semana eu passava naquele cabaré, geralmente nas sextas-feiras. O que não era muito bom, porque era justo nas sextas que havia mais movimento na casa. E sendo assim, muitas vezes eu tinha que ficar esperando Patrícia por um bom tempo. Quase sempre ela estava acompanhada por algum cliente. Business, money, dinheiro, capim, é isto aí meu amigo.

Patrícia era uma garota de programa, uma prostituta, e eu acabei me envolvendo com ela. Com poucas mulheres eu me sentia tão bem, tão feliz, como quando estava na companhia dela. A primeira vez em que eu a vi, Patrícia estava dançando com um cara, cabaré cheio, sexta-feira, noite quente... Eu estava lá, sentado, sozinho, bebendo uma cerveja no meio daquela fumaça de cigarro, daquele ar quente e viciado, misturado com todos os odores possíveis.

Entre uma tragada e outra de cigarro, um gole e outro de cerveja, eu observava a fauna dançar animada. Quem dançava? Ora, o cabaré era freqüentado basicamente por operários das mais diversas áreas, motoristas de caminhão, malandros, assaltantes, vendedores de drogas, bêbados, suburbanos dos mais variados tipos e perdidos, como eu.

Alguns dançavam sozinhos, mas a maioria dos caras dançava acompanhado por alguma garota. Havia também as putas velhas. Mulheres barrigudas, enrugadas, gordas e feias, transformadas pelas noites de morcego, pela bebida e muitas vezes, pelas drogas. Eu não dançava, primeiro porque não sabia, depois porque não tinha coragem de dançar num puteiro. Sim, eu sou um cara tímido.

Mas admito que muitas vezes senti vontade de pegar uma «índia» e sair dançando pelo salão feito um louco. Eu ficava só na vontade, olhando, olhando... E foi numa dessas, enquanto eu observava a mulherada dançar, que notei Patrícia. Linda, suave, deslizando entre a chinelagem, entre homens suados e bêbados. E lá estava ela, dançando animadamente, sorrindo.

Bebi um outro gole de cerveja, dei uma tragada no cigarro e fiquei observando ela deslizar. Eu, encantado. Terminei a cerveja e pedi outra enquanto esperava o melhor momento para chamar Patrícia. Esperei, esperei, até que finalmente ela ficou sozinha. Era a minha oportunidade.

Você já ficou receoso em chamar uma puta para conversar? O seu coração já bateu acelerado, você já ficou nervoso, ansioso e inseguro pelo fato de querer falar com uma prostituta? Pois bem, eu fiquei assim, meu velho. Fiquei assim quando resolvi chamar Patrícia para conversar.

Quase me caguei todo. Justo eu, justo eu que já tinha conversado com centenas de prostitutas. Justo eu que já havia varado madrugadas em todos os tipos de inferninhos. Justo eu, macaco velho, putanheiro. Tremi para chamar Patrícia, mas chamei.

Eu tinha bom faro, Patrícia era doce e encantadora, além é claro, de ter uma bunda maravilhosa. Dessa noite em diante começamos a ter uma relação que rompeu as fronteiras do inferninho. As vezes eu dormia em sua casa, conheci a filhinha dela, saíamos como dois namorados e desfilávamos de mãos dadas pela cidade.

A relação comercial ficou de lado, o comeu pagou foi esquecido por ela. Pelo menos para mim ela não cobrava. Bom, foi assim que eu conheci Patrícia. Agora vamos voltar para a noite em que eu conheci o cara que agora eu sei quem é realmente. Como eu dizia, era uma sexta-feira quente e o cabaré estava completamente cheio. Eu estava bebendo uma cerveja enquanto esperava por Patrícia.

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Sociedade Joaquim António D’ Aguiar: 110 Anos ao serviço de Evora - Por António Cambeta - Macau / Tailândia

Sociedade Joaquim António D’ Aguiar: 110 Anos ao serviço de Evora - Por António Cambeta - Macau / Tailândia

Foi em 1910 que um grupo de homens ligados à arte musical decidiram fundar uma Sociedade «baseada nos nobres valores da liberdade, da igualdade e fraternidade, aos quais adicionaram a visão e o interesse da classe de um movimento operário surgido no século XIX e a que Joaquim António d’ Aguiar se haveria de assumir como projecção dos seus anseios de promoção cultural e recreativa».

Assim reza o preâmbulo de uma publicação editada pela colectividade aquando do seu centenário. A SOIR (Sociedade Operária de Instrução e Recreio Joaquim António d’ Aguiar foi fundada em 8 de Dezembro de 1900. Cento e dez anos estão passados, e sobre eles decorre uma impressionante listagem de actividades todas elas fixadas nas ideias propostas pelos fundadores na reunião prévia no compartimento de uma velha casa na Alcárcova de Baixo e já depois na primeira Sede na Rua Pedro Simões.

A cerimónia de quarta-feira passada aconteceu no Salão da colectividade na presença de muitos associados e famílias, e ainda elementos dos Corpos Sociais: Presidente da Direcção; João Bilou: Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jorge Lourido; Vice-Presidente da AG António Laurentino; Vereadora da Cultura da CME Cláudia Sousa Pereira, além de convidados oriundos de outras colectividades e que quiseram estar presentes na sessão.

Depois de vários oradores trem usado da palavra, foram entregues os emblemas e diplomas aos sócios que completaram respectivamente 90 e 75 anos de filiação. Também representantes de outras Associações tiveram uma palavra de louvor para com a SOIR tendo entregue todos eles uma prenda a recordar a ocasião.

O que disse para o «Diário do Sul» o presidente da direcção da SOIR, João Bilou:

«O espírito que continuamos a viver é muito grande e muito valioso, porque assenta acima de tudo num património da cultura, um património na defesa dos valores físicos de uma cidade em que muitos alentejanos são tão ricos nisso. Aqui nesta casa, como está a ver, sucessivas gerações de eborenses, desenvolveram a cultura, e ainda hoje, todos os dias aqui chegam muitos jovens interessados em participar nas nossas acções.

Têm já espírito associativo e cultural que é o de nós depois de um dia de trabalho estarmos aqui envolvidos, por exemplo, com outras pessoas numa peça de teatro. E é pois um espírito que nos fortalece e nos dá uma grande saúde.

Pretendemos continuar e progredir com este projecto fundado há 110 anos por um grupo de jovens que pretendia fundar uma tuna, depois uma biblioteca, depois instituíram em 1911 a Academia Estudos Livres. E assim decorreram actividades de alfabetização, de desenho geométrico, matemática; enfim pessoas que tinham ânsia de ser promovidas em termos sócios culturais. Não esquecendo que continua a manter-se a actividade teatral e os certames de cinema.

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CORONEL FABRICIANO - 076 - Que abraço!? -  BENEDITO FRANCO

CORONEL FABRICIANO - 076 - Que abraço!? - BENEDITO FRANCO

Tatiana, três anos e meio, falava feito pobre na chuva. Adorava atender ou discar o telefone. Discando números aleatórios, acertou um existente, alguém atendeu, e ela:
- Quem qui fala?
Ela largou o fone assustadíssima, tremendo e sem voz, correu para o colo da mãe. A mãe perguntou o havido, e ela:
- O lobo mau falô no telefone!
- Que isso menina!
- Ele falô:- Aqui é o lobo maau!
Por algum tempo ela deu sossego ao telefone... e a nós!

076 - Que abraço!

Dava assistência técnica, tratamento de água industrial e caldeiras, a um frigorífico em uma cidade da Grande Belo Horizonte. Nessas visitas, aproveitava para ver meus parentes, residentes na cidade.

Em uma dessas visitas, encontrei-me com um dos primos e sua esposa; traziam para passear em Minas uma sobrinha, que enxergava praticamente nada - tendo sido operada em alguns hospitais dos mais famosos, como me confessaram a sobrinha e os tios. Falei-lhes, sobre um hospital especializado e de conceito máximo no Brasil, situado em Belo Horizonte, e onde clinicava o Dr. Hilton Rocha - para nós o melhor e o mais famoso médico oftalmologista do Brasil.

Ofertei à menina uma consulta com o Dr. Hilton Rocha. Pouco esperançosa, mas aceitou de bom grado. Eu mesmo marcaria a consulta.

Como morava perto do Hospital São Geraldo, onde o Dr. Hilton Rocha trabalhava, fui, e, logo numa saleta na entrada, sua secretária atendia. Estávamos em janeiro e a consulta foi marcada para setembro do mesmo ano. Argumentei para a secretária que a menina morava no norte do país e não teria condições, e nem recursos, para estar indo e vindo de lá para cá. Meu apelo adiantou pouco - apenas ela adiantou a consulta para o mês de julho.
A Madame
Da saleta, no primeiro andar, avistava-se a Avenida logo em frente, onde estacionou um carro, Mercedes Benz, importado, dos mais luxuosos. Saiu um motorista uniformizado, entrou na saleta e marcou uma consulta para a madame sua patroa, para aquele mesmo dia, pagando uma fortuna pelo horário extra.

Como permanecia no local, com a intenção de conseguir com a secretária que minha parente fosse atendida na semana seguinte, ouvi e vi atentamente a conversa do motorista da cliente, recém-chegada do Rio de Janeiro, com a secretária. Assim que o motorista se retirou da sala, eu disse algo para a secretária, e não me lembro bem o que lhe falei. Só sei que ela teve um ataque de riso; riu tanto da bobagem que soltei, que demorou alguns minutos para me dirigir a palavra novamente. Estávamos numa sexta-feira. Após respirar fundo, com um grande sorriso:

- Traga a menina na próxima terça-feira...

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POEMAS EM DUETO COM JOSE GERALDO MARTINEZ - DUETO: Martinez & Cleide Canton Garcia - AMOR PLATONICO ! José Geraldo Martinez - SEMPRE TUA - Cleide Cant

POEMAS EM DUETO COM JOSE GERALDO MARTINEZ - DUETO: Martinez & Cleide Canton Garcia - AMOR PLATONICO ! José Geraldo Martinez - SEMPRE TUA - Cleide Canton Garcia

AMOR PLATONICO !
José Geraldo Martinez


Ah, se tu soubesses
que eras meu presente maior ,
de todo aquele que houvesse ,
sobre imenso universo !
Ah, se tu soubesses
abraçar-me-ias , como ofertório ...
Dar-me-ias, migratório ,
teu amor sem dono !
Ah, se tu soubesses
serias meu sonho realizado!
Viver ao teu lado ,
na eternidade que viesse !
Ah, se tu soubesses o meu abandono ,
talvez me desses, de carmim, os lábios.
Teus beijos cálidos,
o velar do sono !
Ah, se tu soubesses ...

SEMPRE TUA
Cleide Canton Garcia

Ah! Se soubesses
o quanto sonho contigo
e como queria ter
o teu ombro amigo
e teus olhos
só no meu olhar!
Como queria te ouvir suspirar!

Ah! Se soubesses
como clama minh'alma pela tua
e meus lábios pelo beijo
que anseio
mas não veio!

Ah! Se pudesses conhecer
o que guardei para ti,
em segredo
e se não fosse o meu medo
correria o mundo para te encontrar.

Onde está tua voz
que não escuto,
tuas mãos que não senti,
teu riso que não me sorri?

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POEMAS DE JOSE GERALDO MARTINEZ - POR ACASO...; O QUE SERIA DE MIM...

POEMAS DE JOSE GERALDO MARTINEZ - POR ACASO...; O QUE SERIA DE MIM...

POR ACASO...

Quando, por acaso, esta vida eu deixar...
Saiba que eu te amei de verdade!
E quando, na eternidade, minha alma aportar,
estarei a te esperar coberto de saudade...

Não quero tristeza...
Ainda nós os donos das gargalhadas?
Quero lembranças boas de tudo que vivemos, do circo terreno as nossas palhaçadas...

Quero cântico de passarinhos,
beijos das noites orvalhadas...
Lua prata por qualquer caminho,
serpenteando uma longa estrada!

E dizem de um tal filme,
a rodar em nosso último suspiro...
Quero apenas as lembranças de nossos dias,
dos momentos fragmentados que vivemos,
nesta existência...
Beberei de cada um com alegria!

Terei a oportunidade de ainda resmungar
com a espiritualidade...
Do tempo curto para te amar como eu queria!
Bem-vinda a eternidade, para que lá eu possa vencer a morte, que me nega agora um outro dia!


O QUE SERIA DE MIM...

Mulher, o que seria de mim sem ti?
Um louco perdido entre quatro paredes...
Onde haveria de beber de tua água,
se és única possuidora deste oásis,
que sacia a minha sede?

E, quando chegas desnuda,
a mostrar-me a vulva orvalhada...
A sussurrares com a boca carnuda,
para que eu explore a tua estrada?

Faze-me quase um bicho!
Faminto, enlouquecido...
(Bendita carne)
E, neste calor do cio,
por teus caminhos perdidos...

Neste instante és loba
a uivares de puro prazer!
(Alucinação!)
E, deste absinto animal,
traze-me o vício sem perceberes...

E quando tudo passa...
Es um anjo cansado em meu peito!
A pousar o coração descompassado
sobre o meu, em branco leito...

Menina que repousa em paz,
largada aos sonhos infinitos...
(Imagem mais linda!)
A pedir os meus braços por enlace,
para os sonhos mais bonitos!


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Crónicas de Haroldo P. Barboza - As similaridades - Destino sem dó.

Crónicas de Haroldo P. Barboza - As similaridades - Destino sem dó.

As similaridades

Se juntarmos estes dois temas, teremos material para um filme de pelo menos 15 minutos. Pode ser rotulado como tragédia ou humor negro. Resta saber a interpretação que cada expectador dará após assisti-lo.
1 – No banheiro de casa, sobre a prateleira temos dois frascos. Um contendo água boricada e outro contendo álcool. Creio que você não vai umedecer o algodão e cobrir os olhos antes de ter certeza de qual líquido está manipulando.

Mas num hospital público de São Paulo, um enfermeiro (?) aplicou vaselina líquida na veia de uma menina de 12 anos «pensando» ser soro fisiológico, pois ambos estavam em frascos «parecidos». Claro que a menina faleceu depois desta estupidez.

2 – Se uma criança de 2 anos estiver num parque prestes a ser atacada por um buldog que se aproxima, um ser humano pisará na grama (apesar da proibição) para rapidamente afastar a criança do perigo. E certamente será louvado pelo seu ato heróico.

Mas a Vigilância Sanitária de São Paulo autuou um laboratório que forneceu (doação) citrulina (de forma documentada) para salvar uma criança de 3 anos com doença rara.

Nada contra São Paulo que agora apenas é a bola da vez. Típico modelo (que já contaminou TODO o território) de administração da saúde a ser implantado nos EUA conforme sugestão de nosso «presimente».

Destino sem dó.

Atenção funcionários públicos (todas as esferas), militares, companheiros do Banco do Brasil, Caixa Econômica, Petrobras, Furnas e outros genéricos governamentais disfarçados de economia «mista»! Extensivo aos aposentados pelo INSS e autarquias paralelas.
Numa prova de amplo patriotismo por esta terra repleta de recursos naturais e escassa em moralidade, pedimos mais uma vez que vocês não solicitem nenhum tipo de reposição salarial além de 5% tendo em vista que a inflação tangencia o índice aqui citado.

Afinal de contas, as entidades onde vocês trabalham não podem dispor dos recursos necessários para atendê-los (nos últimos 20 anos também não foi possível) por uma razão muito simples: as plataformas governamentais precisam amealhar todos os recursos disponíveis (até os destinados à educação, segurança e saúde) para elevar os salários de nossos legisladores em mais de 60% (12 x maior que a inflação) como forma de premiá-los por toda sua dedicação em prol da população que os idolatra há mais de 30 anos.
Tanto é verdade que estes «nobres» elementos foram reeleitos constantemente para cargos públicos nas últimas 10 ou 12 eleições. Temos de reconhecer que estes gajos «trabalham» muito em prol nas necessidades sociais (deles, é claro).

Afinal de contas, os salários destes «abnegados», somados aos diversos «auxílios», ultrapassam por pouco CEM salários mínimos. Convenhamos que é pouco para quem trabalha (monta esquemas) quase 72 horas mensais.

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

Crónicas de Haroldo P. Barboza - A ocupação

Crónicas de Haroldo P. Barboza - A ocupação

A ocupação
Em meados de 2003 elaborei o texto abaixo objetivando contemplar algumas necessidades de alguns segmentos da sociedade. Volto a ele agora (com pequenas adaptações) pois acredito que neste momento ele pode ter mais penetração (no bom sentido). O objetivo é que o modelo de baderna não se alastre por todo o território e transforme nosso país num Havaí descomunal.
As forças armadas a cada ano têm seus orçamentos reduzidos. Isto as leva a cortar custos dolorosamente (para nós). Reduzem a manutenção de equipamentos, diminuem número de vagas em cursos de especialização, reduzem o número de jovens a serem recrutados para o serviço militar e diminuem a carga horária dos soldados para não ter de lhes fornecer o «rango».
Desta forma, centenas de milhares de jovens deixam de prestar o serviço militar, que pela redução acima citada, limita-se a passar flanela nas espingardas e mesas de poucos comandantes (sem visão) de suas unidades. Bem como nas botas de alguns Sargentos ranzinzas.

Com o destaque agora na moda em relação às ocupações das favelas cariocas (UPPs), a sociedade esclarecida (?) «descobriu» (já sabido desde antes de 1970) que estas comunidades necessitam de centenas de serviços que na maioria das vezes não podem pagar.

Todos concordam que não basta recuperar os territórios que durante 40 anos serviram de base dos meliantes (agora pulverizados por favelas mais distantes ao invés de presos ou eliminados). Faz-se necessário um trabalho de cidadania que mostre a estas comunidades que seus integrantes possuem potencial para tornarem-se elementos lúcidos e úteis à sociedade de concreto que por longo tempo os marginalizou. E que suas localidades representam um pólo comercial de bom porte.

As unidades governamentais não possuem estrutura (principalmente funcionários) para atender vastas comunidades (algumas com mais de 100.000 moradores) em tempo reduzido. Tempo este que é preciso cumprir com urgência para que não se perca o entusiasmo inicial criado com «libertação» do jugo dos bandidos sem terno. Os bem vestidos e mal intencionados continuam nos atazanando com suas canetas mortais.

Em resumo: tais necessidades podem ser atendidas (pelo menos 85%) em curto espaço de tempo se a Prefeitura, o Estado e o Federal estabelecerem uma parceria com as forças armadas e outras dezenas de entidades educativas preocupadas em agregar valores aos seus programas de ensino.

Jovens entre 16 e 20 anos podem atuar com seus braços e suas criatividades (agora voltadas para o bem) trabalhando em torno de 4 horas diárias durante 6 meses em atividades (nobres) de limpeza de superfície e canalizada, alvenaria, pintura, hidráulica, jardinagem, elétrica e outras tantas. Sob a supervisão de um técnico para cada NN jovens. Após este período, receberiam seu certificado de prestação de serviço social (muito mais amplo que o militar, sem querer desmerecer este e que seria uma opção dentro daquele) complementado sobre suas habilidades na área em que atuou. Um forte trunfo para ajudá-los na busca de um trabalho remunerado. Estarão em melhor situação que crianças que antes dos 10 anos já trabalham pesado na lavoura.

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domingo, 12 de dezembro de 2010

COLUNA UM - Daniel Teixeira - 99 é logo antes do 100

COLUNA UM - Daniel Teixeira - 99 é logo antes do 100

Para o próximo número o nosso jornal faz 100 números o que quer dizer que durante 100 semanas saiu para as bancas, foi lido ou visto (folheado) ou simplesmente mirado por cerca de 300 mil pessoas ou 300 mil vezes por um número impossível de calcular de pessoas.
Fixámos, por uma questão de comodidade no escrever o numero dos nossos colaboradores em 100 e de facto na nossa página de colaboradores em fotos temos 90 faltando acrescentar aqueles que não enviaram foto, que preferem manter-se distantes das nossas contabilidades, ponderar entre os colaboradores mais frequentes e os menos frequentes, procurar encontrar um núcleo duro, outro semi - duro e um outro mais lasso, desenhando círculos concêntricos como é uso nestes casos.

Mas...e aqui entram valores muito diversos em jogo, se quisermos ver a questão sobre este prisma: menos quantidade não quer forçosamente dizer menos interesse pelo desenvolvimento do jornal, pode significar todo um conjunto de coisas, desde a existência de outros afazeres mais prementes.

O jornal continua a ser sempre um elemento secundário, como se entenderá, tal como o são os grupos sociais, os blogs que fazemos com todo o nosso carinho, os mails aos quais vamos respondendo por vezes por delicadeza, os repasses que vamos mirando por vezes mais demoradamente, os convites para eventos e tudo o mais que a facilidade desde meio netistico proporciona em termos de encontros e por vezes desencontros.

Temo-nos dedicado ao Jornal e agora à Rádio sempre nesta base de análise e entendimento: a industrialização começou pelo comer, vestir e calçar, quer dizer, industria agro-alimentar, tecelagem e calçado e a indústria da comunicação ficou lá no fim do processo...bem...a industria propriamente dita porque o homem até para comer tinha de comunicar.

Mas a diferença entre uma actividade na Net e o conceito do passatempo é desde sempre ténue. Ora passatempo implica que haja tempo para passar, que haja disponibilidade psicológica, que haja vontade, motivação.

Começando do fim para o princípio desta ultima frase a parte da motivação tem muito a ver connosco, quer dizer, com o outro, o receptor e simultaneamente emissor das mensagens. Fazer um jornal (e uma rádio) que ajude a motivar as pessoas para mim sempre foi fazer exactamente aquilo que temos feito: passar para o papel ou para palavras aquilo que as outras pessoas nos fazem chegar, sendo-se tão fiel quanto possível ao conteúdo do emitido em primeira mão (pelos autores).

O meio está aqui (entre tantos que existem) e o nosso esforço deve ser direccionado para darmos uma resposta tão fiel e tão eficaz quanto possível a essa vontade (dos autores originais) de comunicar. Nós devemos ser, primariamente, um bom espelho...

Leia este tema completo a partir de 13/12/2010

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - ERA QUASE O DIA DE TE ENCONTRAR; Existência

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - ERA QUASE O DIA DE TE ENCONTRAR; Existência

ERA QUASE O DIA DE TE ENCONTRAR

Vesti um traje alegre
E fui por aí,
Cabelos ao vento,
Anunciando a primavera
E o desabrochar das flores.

Era quase o dia de te encontrar
E eu caminhava, caminhava...
Pelo caminho sem fim,
No meio das árvores despidas,
O bosque levantando-me os cabelos
E a saia rodada.

Uma sombra vaga
Neste papel desbotado,
Dizia-me qualquer coisa;
Qualquer coisa a tombar dum ramo
Inclinado sobre meu peito nu.

Havia outros ramos inclinados,
Pedras verdes apagadas,
Outras estradas,
Alguns retratos que afagava em minhas mãos,
Por vezes um clarão...


Existência

Uma gota de orvalho,
Uma nuvem que escorre
Cinzenta,
Quase negra,
Uma chuva que tomba
Transparente,
Quase torrencial,
Um barco que apita
Embandeirado,
Sem motor,
Sem velas,
Sem remos,
Sem asas,
Uma palmeira em leque
Sacudida pelo vento,
Folhas em sorriso,
Leque aberto em prece,

Leia este tema completo a partir de 13/12/2010

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Guillermo Del Toro é convidado a dirigir novo «Godzilla» - Matt Damon oficialmente fora de quarto «Identi

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - Guillermo Del Toro é convidado a dirigir novo «Godzilla» - Matt Damon oficialmente fora de quarto «Identidade Bourne»

Guillermo Del Toro é convidado a dirigir novo «Godzilla»

A Legendary Pictures, produtora de «300» e «Batman - O Cavaleiro das Trevas», quer um grande nome no comando de sua versão do clássico «Godzilla».

A empresa convidou Guillermo Del Toro («HellBoy») para dirigir o projeto, que teve o título alterado para «Pacific Rim».


O roteiro foi reescrito por Travis Beacham.

O lançamento foi marcado para 2012, e quer que o filme conte com outro monstro gigante, lutando contra o Godzilla. O nome do outro monstro não foi revelado.

A produtora, que também é responsável pelo remake de «Fúria de Titãs», informou que o longa não terá ligação com o filme de 1998.

Matt Damon oficialmente fora de quarto «Identidade Bourne»


Agora é oficial: o ator Matt Damon não irá participar de «The Legacy Bourne», o quarto «Bourne».

Quem revelou foi o recém-contratado diretor Tony Gilroy («Duplicidade»), que também roteirizou todos os filmes da franquia.

«A única maneira de seguir em frente era expandir a história, e Jason Bourne não estará no filme, mas ele está muito vivo. O que aconteceu nos primeiros filmes é o gatilho para este filme», disse.

«E uma história completamente nova. Não é uma refilmagem, nem uma pré-sequência. Haverá um novo herói, em um novo ambiente», finalizou.

Será que teremos um primo de Jason?

A franquia sofreu após diretor britânico Paul Greengrass, que dirigiu os ótimos «A Supremacia Bourne» e «O Ultimato Bourne», desistir de dirigir o quarto filme. Greengrass alegou diferenças criativas, mas a fonte revelou que o diretor e a Universal Studios tiveram, na verdade, diferenças no valor do salário do diretor.

«The Legacy Bourne», o novo filme, não será baseado em um livro do criador do personagem, Robert Ludlum. Dessa vez, será um roteiro original.

Leia este tema completo a partir de 13/12/2010

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - «A Hora do Espanto» tem estréia adiantada - Como Esquecer

AUTOCINETRIP - CINEMA , RESENHAS E CRITICA - «A Hora do Espanto» tem estréia adiantada - Como Esquecer

«A Hora do Espanto» tem estréia adiantada

A Dreamworks parece estar confiante em sua refilmagem do clássico de terror dos anos 80, «A Hora do Espanto».

A empresa resolveu adiantar a estréia do longa em dois meses, e colocá-lo no concorrido verão norte-americano de 2011.
Ao invés de 7 de Outubro, o lançamento agora acontece em 19 de Agosto.
Craig Gillespie («A Garota Ideal») dirige.

Marti Noxon, roteirista e produtora executiva da extinta série de TV «Buffy - A Caça Vampiros», escreve o script.

O filme teve uma seqüência, lançada em 1988. Vale a pena à nostalgia de achar ambos nas locadoras e assistí-los.


Como Esquecer

A proposta de Como Esquecer é mostrar os desafios que qualquer pessoa enfrenta depois de uma separação conjugal, especialmente quando o rompimento aconteceu por iniciativa da pessoa amado. O objetivo é alcançado, mas da mesma maneira que a superação amorosa traz momentos de alegria e tristeza mesclados, o filme sofre da mesma irregularidade. Mesmo assim, há de se ressaltar que o roteiro não se preocupa em levantar a bandeira de movimento dos direitos dos homossexuais. Para o filme, essa questão é dada como superada.

A protagonista é uma personagem complicada, que carece de carisma por sua forma dura de levar a vida. Apesar da atuação consistente de Ana Paula Arósio, fica difícil torcer por Júlia. A mesma sina acompanha quase todos os personagens.

A exceção é Helena, a artista plástica vivida por Arieta Corrêa, que chega como uma esperança de dias melhores para a protagonista. Helena tem iniciativa e cria momentos muito bons quando flerta abertamente com Júlia.

Leia este tema completo a partir de 13/12/2010

Poesia de Arlete Deretti Fernandes - História de um menino. (baseada em fatos reais).; A Sabedoria do Universo.

Poesia de Arlete Deretti Fernandes - História de um menino. (baseada em fatos reais).; A Sabedoria do Universo.

História de um menino.
(baseada em fatos reais).

Eu soube da dor do menino
Que perambulava pela rua
Porque estava sozinho.

Magoado, perdido no mundo.
Menino amável... querido,
Ainda era uma criança.

Fora escorraçado de casa,
O pai, não trabalhava, bebia,
E em toda a família batia.

Tristeza havia no olhar do menino.
Rendido, sem compreender se coibia,
pela falta de lógica das coisas que via.

A mágoa do menino ainda me magoa...
Ele estava ferido e perdido...
Não chorava, mas na rua dormia.

Ele jogava bola
Feita de papel amassado.
Inda assim, correndo ria!

Gritava gol, pulava e corria.
Porque ainda era menino.
Com sol ou chuva perambulava.

A Sabedoria do Universo.
«... A verdade raramente é popular». Brien Weiss

Amor,
Paz,
Silêncio,
Andam juntos
E não fazem alarde!

As marés, vão e voltam,
As ondas crespas rolam
Ora verdes, ora azuis,
A cambiar as cores.
A terra gira sobre seu eixo.
O dia cumpre-se,
As estações se sucedem
Com perfeição.
Os anos passam
Sem nunca parar.

O sol levanta-se a cada dia
E cai, sem barulho
No espaço imenso.
As estrelas, planetas,
Galáxias, seguem
Sua rota...
Silenciosamente,
Cada qual cumpre
Seu papel.
Sem violência,
Sem vaidade,
E com Sabedoria.



Leia este tema completo a partir de 13/12/2010

Pedido para Papai Noel - Carteiros Solidários - Por Martim Afonso Fernandes

Pedido para Papai Noel - Carteiros Solidários - Por Martim Afonso Fernandes

Com muito carinho, eu e minha esposa Arlete Deretti Fernandes,
Desejamos a todos os queridos amigos da Radio e do Jornal Raizonline,
E também aos ouvintes e leitores, um Feliz Natal e um Ano Novo de muitas Felicidades, extensivo a todos os vossos familiares.
Abraços de Martim Afonso e Arlete.

Felisbino Natalino é um conhecido cidadão que, desde pequeno não acreditou muito em Papai Noel, embora seu nome não tenha sido em homenagem ao Natal.
Passaram-se muitos anos, ele sempre procurou uma estabilidade na vida, mas nada dava certo.
Desanimado de tanto procurar emprego, encontrou um velho conhecido, porquê amigos ele não tinha, dizia que pobre não arranja amigos.

Na época de Natal este conhecido encontrou-o e lhe perguntou:
-Já escreveste para o Papai Noel, pedindo teu presente?
Felisbino Natalino pensou rápido e respondeu:
-E é uma boa sugestão.

Foi para sua pequena casa, pegou papel e lápis e logo começou a contar a sua história:
- Papai Noel,
Minha vida, desde pequeno é sempre trancada financeiramente. Peço para o senhor me mandar cento e cinqüenta reais para eu dar de entrada em um cavalo, porque a carroça eu já tenho, e é só assim que eu posso dar um rumo à minha vida.
Escreveu a carta, colocou-a num envelope e se pôs a pensar para que endereço iria mandá-la.
Subscreveu assim o envelope:
Ao Senhor Papai Noel
Endereço: Céu
Também escreveu o remetente, que era ele mesmo.
Foi ao Correio e depositou a correspondência na Caixa receptora.
Na hora de selecionar e codificar a correspondência, o funcionário dos Correios chamou os demais colegas e sugeriu:
-Vamos abrir e ver o que tem escrito. Ao lerem a missiva os funcionários que conheciam seu Filisbino reuniram-se e fizeram uma «vaquinha», ou seja, um rateio, e conseguiram chegar à quantia de Noventa Reais. Colocaram num envelope e enviaram ao destinatário.
Ao abrir a carta e ler, Felisbino sussurrava:
-Verdade, Papai Noel existe mesmo!!! Vou escrever-lhe agradecendo.
E respondeu de uma forma muito grata:

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sábado, 11 de dezembro de 2010

TOM COELHO - A Hora do Sprint

TOM COELHO - A Hora do Sprint

«Quando você tem uma meta, o que era um obstáculo
passa a ser uma etapa de seus planos.» (Gerhard Erich Boehme)

China, 2008. No complexo aquático chamado «Cubo D’Agua», todas as atenções estão voltadas ao norte-americano Michael Phelps que chegou à Olimpíada de Pequim com a missão de conquistar oito medalhas de ouro numa mesma edição dos jogos.

Após faturar o primeiro ouro nos 400 m medley, Phelps abre a prova do revezamento 4x100 m estilo livre para a equipe dos EUA. Contudo, é superado pelo australiano Eamon Sullivan, entregando a prova para seu companheiro na segunda colocação.

Garrett Weber-Gale, por sua vez, faz uma prova fantástica, colocando os EUA na primeira posição após sua passagem. Porém, Cullen Jones tem um desempenho medíocre, perdendo a liderança para os franceses e permitindo a aproximação dos australianos.

Jason Lezak é o quarto e último nadador estadunidense a saltar na piscina. Ele enfrenta o ex-recordista mundial da prova, o francês Alain Bernard, que já larga com uma vantagem de 59 centésimos de segundo. Após os primeiros 50 metros de prova, esta distância aumenta para 82 centésimos. Parece ser o fim do sonho dourado de Phelps. Porém, nos últimos 20 metros, Lezak dá um sprint inacreditável e supera Bernard em apenas oito centésimos, vencendo a prova e batendo o recorde mundial.

A cada réveillon temos por hábito planejar uma série de resoluções de ano novo. Assim, estabelecemos metas as mais diversas. Coisas como cuidar melhor da alimentação, praticar atividade física com regularidade, trabalhar com maior afinco e entusiasmo em busca de resultados mais efetivos.

Entretanto, as semanas passam, uma crise econômica se instala, a desmotivação nos abate e passamos até mesmo a acreditar que todas aquelas metam não podem mais ser alcançadas porque as adversidades são muitas e o tempo é curto. O aluno com notas vermelhas desconfia que será reprovado, o vendedor com baixo índice de negócios tem quase certeza de que será demitido, o atleta com resultados pífios resigna-se de que será derrotado.

Pois é exatamente neste momento que precisamos promover uma grande virada. Valorizar o pouco tempo que nos resta, fazendo uso dos recursos disponíveis para perseguir resultados extraordinários. Há partidas de futebol que são vencidas nos acréscimos concedidos pelo juiz. Há concorrências que são vencidas pelo postulante a entregar seu envelope de oferta no último minuto.


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Disciplina! Atributo valioso nos dias atuais.- Por Adm. Marizete Furbino

Disciplina! Atributo valioso nos dias atuais.- Por Adm. Marizete Furbino

«Talento sem autodisciplina é como um polvo de patins: há muito movimento, mas nunca se sabe se irá para frente, para trás ou para os lados.» (Jackson Brown Jr.)

Essa atitude denominada disciplina é determinante na vida de cada profissional. Sem autodisciplina o profissional dificilmente terá sucesso. Impor uma disciplina a si próprio é condição indispensável para que se alcance êxito nas ações e, por conseguinte, obter o resultado além do esperado.

A princípio, ter disciplina parece ser algo difícil de alcançar, mas é importante salientar que disciplina se aprende e se desenvolve. Pode-se conseguir isso com o implemento de novos hábitos, desenvolvendo atitudes e posturas diferenciadas diante da vida profissional, priorizando suas metas, canalizando energias e esforços naquilo que se propõe de fato realizar, para que você consiga alcançar algo.

Nos dias atuais, muito é exigido do profissional; além de conhecimento, muita responsabilidade, dedicação, esforço, auto-estima, muita determinação, comprometimento, talento, envolvimento e muita disciplina. Através da disciplina o profissional atua de forma concentrada, priorizando suas metas, trabalhando em prol das mesmas, alcançando maior equilíbrio no que tange à melhor administração do tempo e assim, com muita responsabilidade, determinação e flexibilidade, possui maior chance de alcançar o tão desejado sucesso.

Com efeito, podemos dizer que Disciplina é a palavra de ordem quando o assunto é crescimento profissional e isto não se pode olvidar. O profissional que não dirige sua vida pautada na disciplina, tende a culpar o próximo e os momentos circunstanciais pelas suas falhas. Esse profissional é incapaz de definir seus propósitos, é igualmente incapaz de enxergar o caminho e qual a melhor forma de caminhar e, se assim o for, como o mercado está cada vez mais exigente, correrá risco de ser «carta fora do baralho», ou seja, de ser expulso do mesmo.

Todo profissional que se preze deve cultivar a autodisciplina. Através da autodisciplina torna-se possível conciliar vida pessoal e vida profissional, atendendo ambas, sem temer e/ou deixar enfraquecer qualquer iniciativa. A implementação desta habilidade se dá quando existir o querer dentro de cada ser. Tudo começa a partir do querer. Há que se despertar esse querer dentro de você, e só assim você estará motivado a querer fazer. E é a partir desse momento que tudo poderá mudar.

Somados a isso, além de incorporar a autodisciplina em nossas vidas, torna-se necessário manter o foco, visualizando claramente o que se quer alcançar e através deste controle não ocorrerá o que chamamos de dispersão; por conseguinte, o alvo terá maior probabilidade de ser atingido em um espaço menor de tempo e com maior qualidade.

Nesse particular, devemos ter em mente que é imprescindível sermos bons profissionais. E saudável e desejável é a busca por novos caminhos e novas estratégias; ser disciplinado é fator indispensável para que tudo aconteça conforme o esperado.

Com efeito, é de suma importância lembrar que pessoas determinadas sabem qual o alvo que se quer atingir e qual o caminho a percorrer, buscando sempre a autodisciplina, e assim fica tudo mais fácil, pois o caminho pode ser árduo, mas a determinação e a vontade de realização falam mais alto. Pode parecer irreal ou um tanto neurótico um profissional obstinado com férrea disciplina como o que desenhamos acima.

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COLUNA POETICA DE MARIA PETRONILHO - Horas Amargas - Maria Petronilho - Horas Amargas - Alberto Peyrano; Coragem

COLUNA POETICA DE MARIA PETRONILHO - Horas Amargas - Maria Petronilho - Horas Amargas - Alberto Peyrano; Coragem

Horas Amargas

Na hora
em que te abates
sobre o teu próprio silêncio
em que te sobra tanto
tempo e espaço
em que te sobra
tanto quanto
precisas entendimento

na hora
em que contas
pela ausência
de uma mão sobre a tua
quantos amigos te restam
de quantos te prometiam consolo
no tempo do sorriso


Horas Amargas

A la hora
en que te abates
sobre tu propio silencio
en que te sobra tanto
tiempo y espacio
en que te sobra tanto
cuando precisas
de entendimiento en la hora
en que cuentas
por la ausencia
de una mano sobre la tuya
cuántos amigos te quedan
de los que te prometían
consuelo
en el tiempo de reír

Coragem

ir por aí
às claras
com o rosto levantado
o sorriso a florir
ao fim de tantas
tantas vezes
a bofetada
nos ter assentado no rosto
de tantas e tantas vezes
nos terem derrubado
e derramado em choro
de termos caído
em tanto engano
de nos terem roubado a confiança
justamente no instante
em que pedíamos socorro.
não ter medo de ser
viajante

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Ora, o Goiás! - Por Abílio Pacheco

Ora, o Goiás! - Por Abílio Pacheco

Se vou me meter numa seara perigosa... escrever é muito perigoso, parafraseando Riobaldo. Vou! Vou falar de futebol. Deveria comemorar o campeonato do meu Fluminense, mas com o tempo parece mesmo que a gente vai torcendo mais pelas pessoas que pelos clubes. Anote aí que a frase não é minha, é de Eduardo Galeano. Ou ainda falar do quanto o Goiás fez a diferença nas rodadas finais do brasileirão; em especial na última.

Prefiro, entretanto, perturbar o pensamento do leitor sobre o que pode acontecer hoje à noite. Uma coisa inusitada em termos de futebol. Um time rebaixado para a segunda divisão do campeonato nacional poderá se tornar campeão de um torneio internacional. Que o futebol é uma caixa de surpresas (e lá vou eu enchendo o texto com citações alheias) não é novidade, mas a conquista do Goiás será desconcertante.

Vejam só, não sou torcedor do Goiás, mas hoje à noite o Goiás é o Brasil (outra citação). Mais que isso, ele representa todos esses times fora do eixo sul-sudeste, representa uma alegria para torcedores que não costumam ter os nomes de seus times entre os grandes, cidadãos que não costumam ver sua região, seu estado se desenvolver ou se destacar em certos setores e atividades. Sei que exagero, mas é o que sinto. Quero vê-lo campeão (até para alegria de meu amigo Ilídio, na minha macondo – Marabá – ficar contente com seu time).

Entretanto é desconcertante. O problema é que no Brasil mesmo os times ditos grandes, não conseguem ter plantel para se sustentar em dois campeonatos. Não adianta colocar a culpa no acúmulo de torneios paralelos. Na Europa, não é muito diferente, mas lá os times montam plantéis de titulares suficientes para dois times. Houve época em que se falava até de Milan A e Milan B. Nestas terras tupiniquins, em que mal os times se sustentam com 2/3 de bom elenco, seria um luxo inimaginável.

Por isso o Goiás caiu. Por isso um time que na pior hipótese será vice. Não! Não vou nem pensar nisso... Por isso um time que será campeão hoje à noite, vai no ano que vem disputar dois campeonatos paralelos: a Copa Libertadores da América e o Brasileirão da série B. E, como deverá, a exemplo desse ano, optar por direcionar atenções, treinamentos, jogadores a uma das competições... paremos por aqui.

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COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia e Noticiário da União Europeia.

COLUNA DE ABILIO LIMA - Agenda europeia e Noticiário da União Europeia.

Agenda europeia

13 de Dezembro: Em vésperas do 25º aniversário da adesão de Portugal à União Europeia, as Antenas Internacionais da RDP e a Antena 1 promovem o projecto «Portugal, 25 Anos de Integração Europeia». No âmbito das sessões de debate «Nós e a Europa» decorre na próxima segunda-feira, 13 de Dezembro, às 11h00 (duração de 40 minutos) a primeira sessão dedicada à Educação, Emprego e Política Social, moderado por Carlos Veríssimo e com a participação de Margarida Marques, Renato Miguel do Carmo e José Maria Brandão de Brito. A sessão tem lugar na Representação da Comissão Europeia em Portugal, Largo Jean Monnet, 1 - 10º em Lisboa.

13 de Dezembro: O Observatório da Imprensa e a Representação da Comissão Europeia em Portugal organizam um seminário para jornalistas intitulado «Portugal e a Europa: a próxima década». Na Representação da Comissão Europeia em Portugal, Largo Jean Monnet, 1 - 10º em Lisboa das 10h às 17h.

14 de Dezembro: Comissão apresenta duas novas medidas para reduzir encargos administrativos, mediante o reconhecimento das decisões judiciais e dos actos de registo civil, facilitando a vida dos cidadãos e empresas aquando das respectivas deslocações ou actividades na UE.

14 de Dezembro: Comissão apresenta duas novas medidas para reduzir encargos administrativos, mediante o reconhecimento das decisões judiciais e dos actos de registo civil, facilitando a vida dos cidadãos e empresas aquando das respectivas deslocações ou actividades na UE.

14 a 17 de Dezembro: O Espaço Europa e a Associação Luso-Búlgara «Santos Cirilo e Metódio» inauguram no próximo dia 14 de Dezembro às 18h30 uma série de iniciativas dedicadas à cultura búlgara. Entre estas, destacam-se uma Mostra de Gastronomia, a inauguração de uma Exposição de Fotografia e Pintura e a Apresentação de Tradições Natalícias Búlgaras. As iniciativas decorrem no Espaço Europa (Largo Jean Monnet, 1- r/c, Lisboa) e prolongam-se até ao dia 17 de Dezembro. A exposição de fotografia e pintura pode ser visitada todos os dias úteis entre as 10h30 e as 18h00.

15 de Dezembro: Por ocasião da conferência sobre a administração electrónica, a Comissão lança o plano de acção para a administração electrónica destinado a melhorar os serviços on­line oferecidos aos cidadãos e empresas.

15 de Dezembro: Por ocasião da conferência sobre a administração electrónica, a Comissão lança o plano de acção para a administração electrónica destinado a melhorar os serviços on­line oferecidos aos cidadãos e empresas.

15 de Dezembro: Parlamento Europeu deverá adoptar o regulamento relativo à iniciativa de cidadania europeia para que este entre em vigor em 2011.

16 de Dezembro: Comissário do Mercado Unico, Michel Barnier, propõe a migração para o espaço SEPA (espaço único de pagamentos em euros). Este deverá permitir efectuar pagamentos em euros em toda a UE tão facilmente como dentro do espaço nacional.

16 de Dezembro: Apresentação da nova iniciativa «Plataforma europeia contra a pobreza e a exclusão social» no âmbito da estratégia «Europa 2020».

17 de Dezembro: Comissão apresenta a estratégia sobre a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres na Comissão Europeia para 2010-2014.

17 de Dezembro: Comissão apresenta a estratégia sobre a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres na Comissão Europeia para 2010-2014.

11 de Janeiro: Inauguração do Ano UE-China da Juventude em 2011. Responsáveis europeus e chineses assinam uma declaração comum sobre o reforço do diálogo e da cooperação em torno de questões relativas à juventude.

Noticiário da União Europeia

Previsões do Outono 2010-2012: recuperação na UE começa a confirmar-se, mas com progressos díspares

As previsões do Outono da Comissão indicam que a retoma económica actualmente em curso na UE continuará a progredir. Aponta-se para um aumento do PIB em cerca de 1 3/4 % em 2010-11 e em cerca de 2% em 2012. Um desempenho melhor até agora do que o esperado este ano permite prever uma significativa revisão em alta do crescimento anual em 2010, em comparação com as previsões da Primavera. Contudo, no contexto de um abrandamento da actividade mundial e do início da consolidação orçamental, espera-se que a actividade abrande no final do ano e em 2011, mas retome de novo em 2012 graças ao reforço da procura privada. Com a retoma económica que se está a concretizar na UE, prevê-se que as condições do mercado de trabalho melhorem lentamente durante o período de previsão, tal como a situação orçamental. Antevê-se que a taxa de desemprego caia para cerca de 9% em 2012, diminuindo o défice público para cerca de 4 1/4 % do PIB. As situações nos Estados-Membros devem, no entanto, ter evoluções distintas. Desenvolvimento em IP/10/1614.

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A IDADE SOCIAL - Por Carlos Carito

A IDADE SOCIAL - Por Carlos Carito

Esta definição de idade, refere-se ao papel, aos estatutos e aos hábitos das pessoas relativamente aos outros membros da sociedade. Esta idade é fortemente determinada pelo grau de civilização (incluindo aqui as condições sócio – económicas), pela cultura e pela história de um país ou de uma região.

Se, nas sociedades actuais, industrializadas, a importância dos ritos iniciáticos da juventude se vão pouco a pouco perdendo e transfigurando, de forma que essa transição se processa de uma forma muito débil entre o estatuto de jovem e o estatuto de adulto, o mesmo processo de debilidade estrutural não se parece processar no que se refere ao rito de passagem ao estatuto de idoso.

A festa da reforma, é, em termos psicológicos bem mais duradoura e traumatizante - embora a sua intenção seja comemorativa - que uma actual recepção ao jovem caloiro numa Universidade – apesar dos exageros destas de alguma forma incompatíveis com graus de civilização refinados – e representa, a transição do indivíduo da categoria dos activos, dos assalariados, à dos reformados, dos inactivos, dos improdutivos, breve, à terceira idade.

A primeira idade é esperança de produtividade, a segunda idade é acção / produção, a terceira idade é improdutividade sem esperança.

O direito à reforma é uma aquisição fundamental da história dos movimentos operários e da história humana. A significação que tem não se contém só em si como se projecta no processo de exteriorização levando à tentativa de reaquisição de valores sociais perdidos, ou, pelo menos adiados, nas sociedades industriais e de competição.

Os valores que a reforma do idoso procura readquirir têm estado de alguma forma mais relacionados com a vivência em grupos sociais mais restritos que a sociedade: a relação familiar típica ou de cooperação entre parentes na família alargada ou entre vizinhos no complexo rural e semi – rural.

O reformado, recebe, da sociedade economicamente organizada, aquilo que antes, ele ou os seus antepassados, de alguma forma recebiam nesses grupos sociais mais restritos e que a sociedade economicamente organizada na sua dinâmica desorganizou ou organizou de forma diferente.

Perdidos os paradigmas dos pequenos conjuntos humanos (a entre – ajuda, a familiaridade, a comunhão solidária) os sistemas de segurança social e de reforma ( públicos ou privados) procuram colmatar a brecha sócio / económica e cultural através da atribuição de uma idade para e de uma pensão de reforma.

Contudo, devido ás condicionantes culturais da sociedade (que funcionam como elementos enquadradores de uma dada forma de pensar) aparece muitas vezes contudo esta idade pós - reforma como uma disponibilização de um ser humano e seu exílio da sociedade produtiva predominante.

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Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (LXI)

Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (LXI)

O que é para mim um verdadeiro mestre místico? Aquele homem douto, grande praticante e versado em conhecimentos esotéricos e místicos, que verdadeiramente ensina com sabedoria questões da alma? Aquele, que aponta caminhos, opiniões e direcções para a sublime iluminação?
Firmemente acredito, que certamente as duas coisas. Certamente que antes de tudo aprofundou um perfeito conhecimento de si próprio. Certamente que nessas circunstancias muito melhor os outros pode ajudar. Só depois, inicia a sua preciosa labuta.

E é para mim evidente que o mestre, tudo vê como se pela primeira vez ocorresse, sem que nada de semelhante algum dia se tivesse passado. Evidentemente, o mestre olha profundamente para aquilo que está a ser sentido, e explora a verdade aí contida. Evidentemente, que o mestre vive, sente e olha cada momento, só e apenas com pensamentos originais. Desta forma, o verdadeiro mestre vislumbra com clareza e verdade, o momento presente, tal e qual como ele é, no real acontecimento do aqui e agora.

Também de forma decidida e consciente, o mestre escolhe o que sentir em relação a alguma coisa. Da mesma forma convicta, escolhe como expressar os sentimentos acerca de algo que está a experienciar na criação da sua experiência diária, momento -a - momento. Mais uma vez, a atenção de um sábio mestre, é sempre o momento, o tal que é um tempo de criação! Genuína e pura recriação!

E eis aqui, um dos ensinamentos mais válidos que o mestre pode transmitir: - Cada um de nós, pode na mesma, sentir o momento como um acto de criação. Cada um de nós, pode de forma consciente, escolher como e o que quer sentir. Cada um de nós, pode literalmente aumentar a sua consciência. E aí, quando o conseguir, instantaneamente, os sentimentos de cada um, tal como os do mestre, transformam-se igualmente em criações e nunca em reacções. Tornam-se pois, nos nossos melhores amigos.

Lembrem-se pois, de pensarem carinhosamente no assunto, com a certeza que o melhor é mesmo não se fazerem julgamentos...

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CORONEL FABRICIANO - 152 - Pimenta - Despedida de São Paulo?; 026 - As Domésticas?; - BENEDITO FRANCO

CORONEL FABRICIANO - 152 - Pimenta - Despedida de São Paulo?; 026 - As Domésticas?; - BENEDITO FRANCO

Igreja catedral. Igreja principal na qual reside o bispo ou arcebispo com o seu cabido.
Igreja colegial. A que não sendo sede própria de arcebispo ou bispo é composta por dignidades e canónigos seculares, nela se celebrando os ofícios divinos como nas catedrais.
Igreja docente. A formada pelos encarregados de ensinar os fiéis.
Igreja fria. A que tem direito de asilo.
Igreja maior. A principal de cada localidade.
Igreja metropolitana. A que é sede de um arcebispo.
Igreja patriarcal. A que é sede de um patriarca.
Igreja primaz. A que é sede de um primado.
Igreja simples. Templo desprovido de átrio.

152 - Pimenta

No Rio, Dona Júlia, proprietária do apartamento onde eu morava, mandou vir da Bahia a Linhazinha, menina morena de aparência ingênua - bonitinha, mas a simpleza em pessoa. No almoço, ou janta, colocava no prato partes iguais de farinha, de feijão - só os grãos - e, acreditem, de pimenta. Sem usar garfo ou colher, pegava com os dedos, jogava na palma da outra mão um bocado de cada iguaria e arremetia na boca, de uma só vez e de certa distância. Apostava que erraria... acertava sempre. Um litro de pimenta por semana!

Trabalhando no DAEE – Departamento de Agua e Energia Elétrica do Estado de São Paulo – fui a trabalho à cidade de São João da Boa Vista. Na cidade vizinha, Aguas da Prata, morava um de meus colegas de serviço – o Gustavo.

Gustavo gostava demais de pimenta - possuía uma coleção! E tinha mesmo. Fiz questão de vê-la em sua casa - uma prateleira abastada de frascos com pimentas várias e de várias cores. A esposa entendia pouco o gosto ácido do maridão !... Conformava-se.
Despedida
Fui admitido, em São Paulo, em uma firma americana, para trabalhar numa região de Minas Gerais e com escritório em Belo Horizonte.

Na despedida do pessoal do prédio onde morávamos, todos os empregados se encontravam na portaria. Despedimos de cada um, mas a Tatiana, com pouco mais de dois anos, se atirou nos braços de um deles, o faxineiro Sô Antonio, um velho de cor escura, e os dois muito alegres, abraçando-se efusivamente, ela lhe deu um beijo no rosto, um beijo de uma efusão que só um criança é capaz.

Todos os presentes pararam e olharam para os dois... E no rosto do Sô Antonio desceram duas lágrimas...

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RUMOS - in Inkuna minha Terra (revisto) - Por Manuel Fragata de Morais

RUMOS - in Inkuna minha Terra (revisto) - Por Manuel Fragata de Morais

Victória Pimenta tem actualmente oitenta anos, vinte e cinco dos quais vividos em maravilhadas batucadas de amor. Amor puro e refinado de electricista engenhosa dos prazeres do corpo e dos alívios da alma.
Nas últimas três décadas, auto-reformada, vendera os negócios e remetera-se à reminiscência, à contemplação, não do invivido, mas da curteza da obra a que se dedicara com empenho parceiroso de formiga.

Excepção era feita no seu aniversário, por uma elite de pais e filhos penhorados em ocasional manifestação de carinho, com farra de arromba celebrada até altas horas da madrugada. Esse testemunho advinha do gesto reformador e altruísta de Victória, que só não teve continuidade na geração dos netos, por a madrasta natureza ser exigente, indecorosa e cobradora.

Tudo começara no ano de 1939, numa cidade do litoral angolano, Benguela. Cidade em que raro era a casa, da alta ou pequena burguesia negra, branca ou mestiça, que não tivera seus gaiatos iniciados no prazer dos prazeres, ás mãos da carinhosa Dona Victória, senhora digna e tratada com todo o respeito, não meretriz alguma que dispensasse serviços a troco de moeda ou favores outros desrespeitosos.

Por vicissitudes e incongruências da vida, especializara-se em tirar os tampos a mancebos cujos extremosos pais lhos levavam pelas mãos, a africanizada parisience cegonha já não escorregava pelas cada vez mais afuniladas chaminés dos conhecimentos carnais dos púberes, adquiridos em nocturnas escapadelas com donzelas duvidadas. Também, por religiosamente acreditarem que, sem prescrita alternativa, a masturbação constante, remeteria os danados rebentos para o remidor fogo eterno, ou , pior ainda, os tornaria inapelavelmente tísicos e manetas.

Em 1936, com vinte risonhas primaveras, Victória Pimenta conheceu Arnaldo Lima, galante e bem falado guarda-livros duma próspera firma de muitos secos e mais molhados. Arnaldo, ou melhor, Arnaldinho, português que chegara a Angola uns cinco anos antes, fugindo ás inquiridoras navalhas de três maridos cujas testas ornamentadas pesavam sobremaneira, na lusa metrópole. Como tinha parentes nesta pequena cidade das Africas, para lá se dirigiu.

Conheceu Victória, namoraram ás escondidas durante dois anos, aos dezanove convenceu-a que a hora de comprovar o seu amor chegara. Casaram-se finalmente aos vinte, quando a jovem anunciou que se o não fizessem, apregoaria aos quatro ventos que tinha sido indevidamente abusada na sua inocência e escaldante boa fé. Arnaldinho, dando conta da vida a andar caranguejadamente, concluiu que lhe seria muito mais fácil e proveitoso esposar-se.

O pai dela era próspero comerciante, folgado. O futuro emprego estava automaticamente garantido, talvez mesmo uma sociedade de interesses futuros, sem falar na casa para viverem.
Para os momentos da boémia inveterada e enquistada, as aborrecedoras brancas dos afamados bairros da capital portuguesa, substituí-las-ia pelas lustrosas negras da região e isto sem preocupação de ornamentar a testa de ninguém.

Há muito que aprendera que uma multa resolvia os aparentemente insolúveis problemas sociais dos bons nativos. Por tradição, cornos e corneados era uma coisa que não existia em Africa. Isso era invenção dos capados dos padres e desses franco-mações que não entendiam nada do relacionamento entre raças e dos valores próprios da terra, afirmava de bom tom.

Quando lhe saiu, voluntariamente, das mãos o primeiro cabrito e uns tostões como compensação da desfeita ao desfeiteado, teve a plena certeza que Africa era sua terra natal e seus habitantes seus irmãos. Gente pacífica e compreensiva, nada de navalhas e correrias loucas com fitos de o deixar exangue!

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O Projecto Aqui há Gato - Literatura e Arte Infantil - Por Arlete Piedade

O Projecto Aqui há Gato - Literatura e Arte Infantil - Por Arlete Piedade

JORNAL RAIZONLINE entrevista Sofia Vieira, proprietária da LIVRARIA AQUI HA GATO a propósito do seu 3º Aniversário.
Jornal Raizonline(RO):
Olá Sofia, muito obrigada por ter aceite o nosso convite para esta entrevista. Gostaria que contasse aos nossos leitores, como surgiu a ideia de abrir este espaço dedicado aos mais novos.

Sofia Vieira(SV):
Olá Arlete, eu é que agradeço pela divulgação. Respondendo á sua pergunta, desde os quatros anos que faço teatro amador, no Teatrinho de Santarém, mas também gostava de outras artes, como música, dança, pintura, escultura e escrita criativa. Como sou psicóloga educacional, trabalhava com crianças em jardins de infânica e escolas, onde fazia acompanhamento psicológico ás crianças, mas sentia uma lacuna, pois acompanhava os miúdos por um tempo curto, como por exemplo durante um ano lectivo, e depois tinha que recomeçar tudo de novo, perdendo os contactos com o grupo anterior. Então surgiu a ideia de ter um espaço próprio onde através da arte, pudesse dar um acompanhamento permanente, por um período de tempo mais alargado e onde possa acompanhar o crescimento das crianças.

RO: - Mas todas as crianças necessitam de acompanhamento psicológico, Sofia?

SV: - Em todos os contextos onde trabalhei, privilegiei a prevenção, não só para crianças de desenvolvimento normal, como para prevenir situações problemáticas futuras pelo que este projecto pretende essencialmente estimular a criatividade da criança mantendo a sua individualidade. Para esse efeito, temos aos sábados, um programa que inclui duas sessões gratuitas de histórias, de manhã e de tarde, e ateliers de arte a seguir, que podem ser de pintura, escrita criativa, escultura, música, expressão plástica ou dança e que todos os sábados são diferentes, bem como mudam também mensalmente.

RO: - Mas Sofia, sendo esses ateliers pagos, e perante a situação de crise que se vive, os pais das crianças, aceitam pagar sem objecções, esses valores?

SV: - As histórias são gratuitas, e como o Plano Nacional de Leitura estimulou bastante a divulgação do livro infantil, os pais preferem comprar livros e optar pelos ateliers, ao invés de gastarem dinheiro em brinquedos caros que se partem rapidamente. Fazemos também acompanhamento escolar, em horário pós-escolar, onde os miúdos, podem fazer os trabalhos escolares, e dedicaram-se á arte. Temos igualmente, ateliers para bebés, de música, pintura e dança.

RO: - Mas Sofia, acho isso muito interessante, e gostaria que nos explicasse como reagem os bebés e de que maneira são estimulados, sendo tão pequenos.

SV: - Por exemplo, na pintura, com o toque dos materiais, das tintas, que já fabricamos aqui, tintas comestíveis, que eles podem provar e verificar o sabor amargo e assim aprendem a não ingeri-las. Na dança, os pais acompanham-nos e ao fazerem os movimentos de dança com o corpo, os bebés vão imitar. Na música, temos a colaboração do Foco Musical, Companhia de Dança, de Lisboa, que se desloca a escolas onde estimulam as crianças a despertar para a música, apenas com objectivos pedagógicos, que excluem a aprendizagem.

RO: - Sofia já sei que vai festejar o 3º Aniversário do Aqui Há Gato, nesta semana. Quer fazer-nos um balanço destes três anos que agora se completam?

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Texto sobre Florbela Espanca - Parte III - Florbela e a decadência portuguesa - Por Daniel Teixeira

Texto sobre Florbela Espanca - Parte III - Florbela e a decadência portuguesa - Por Daniel Teixeira

Florbela e a decadência portuguesa
O maior volume da crítica social e intelectual anticapitalista – monopolista -colonialista existente um pouco por todo o mundo ocidental no período em que Florbela Espanca viveu não sabe exactamente aquilo que quer e dirige-se sobre vários campos; desejos de retorno à ordem feudal ainda que reformulada e / ou ao burguesismo comparativamente inocente do período e ideário da Revolução Francesa, reforço dos saudosismos de diversa índole e dirige-se também contra o avanço ideológico que as conquistas da ciência tinham vindo incutir no processo evolutivo do capitalismo e contra a monopolização da vida económica e das nações que se subsumiam perante outras.

Antero de Quental, por exemplo, participa na aventura ideológica da colonização, agora sem o Brasil, que aliás estava revestida de todo um conjunto de directrizes ditas progressistas e plenas de boas intenções (os socialismos utópicos de St. Simon também aí participaram) e o problema de ir explorar de uma forma mais directa as colónias era de alguma forma incentivado e até fomentado pela classe progressista que embarcava serenamente na ideia repetida do evangelismo civilizacional.

O que se criticava, isso sim, era a inoperância com que tal processo se desenvolvia, entendendo-se que o reforço do colonialismo sob nova face se constituiria no élan necessário para aquisição de um maior grau de independência perante os colonialismos estrangeiros e num retorno progressivo à velha grandeza nacional.

Sendo uma época de crises elas são várias neste período conforme já referimos incluindo as crises de consciência, e o mundo, para algumas pessoas parece estar à beira da rotura e parece poder assistir-se eminentemente à redução do homem a um nada quase absoluto. Preso nas teias do homem como ser eminentemente social e no apagamento da individualidade absorvida pelo culto do global social feito Nação, os problemas sociais e políticos repercutem-se de formas quase assustadoras no campo da psique individual e levam ao reforço das ideologias e filosofias que pregam a superioridade da diferença contra a uniformidade, mas que no caso português são sempre extraordinárias.

O peso do problema da decadência e da vontade de retorno ao Portugal maior é ainda uma constante na intelectualidade portuguesa, e com uma especial incidência junto dos poetas, vá-se lá saber porquê se não se apontarem razões de escola como o refere indirectamente Jacinto Prado Coelho.

Fazendo um pequeno historial sobre este tema, este autor, leva as origens do sentimento da decadência para além (para trás) da consciência dela mesma agregando-a quer ao saudosismo de Sá de Miranda e Camões, quer ao próprio sebastianismo e estende-o por todo o percurso cultural português, detendo-se, na altura do fecho do seu trabalho, no neo-realismo e em Carlos Oliveira.

Leia este tema completo a partir de 13/12/2010