COLUNA UM - Daniel Teixeira - O 25 de Abril em espinhos de rosas
Existe toda uma relutância natural em analisar-se de uma forma critica este evento que acabou (deu a machada final) num sistema de prática política que moralmente e historicamente não tinha qualquer razão para subsistir.
Como se sabe mantinha-se com a vertente repressiva em relevo maior, e é isso - o acabamento dessa repressão que normalmente se realça - mas o sistema de representação corporativa que lhe estava por detrás não tinha simplesmente passado de moda; em termos de prática era um anacronismo.
Mas, e sem se aprofundar muito esta questão, parece evidente que de uma forma ou de outra, através da democracia representativa ou do corporativismo, acaba-se sempre por ter um ponto em comum que é quase uma fatalidade social.
As elites, quer dizer, aqueles que melhores condições têm para deterem lugares políticos ou económicos de relevo, para estabelecerem na sua medida e na medida das suas possibilidades as cadências que regulam a vida do cidadão comum são isso mesmo, são elites, são os «escolhidos», os descendentes por inerência quase de sangue para governarem naquilo que podem aquilo que nós podemos ser.
O fundo da questão está nos regimes, é um facto: uns proporcionam melhores condições de reversão deste status quo quase fatal, deste corre corre de pai para filho quase inevitável e com poucas mas mesmo muito poucas excepções negativas para o seguimento nesta interligação familiar, de casta (se quisermos utilizar este termo).
Existe toda uma relutância natural em analisar-se de uma forma critica este evento que acabou (deu a machada final) num sistema de prática política que moralmente e historicamente não tinha qualquer razão para subsistir.
Como se sabe mantinha-se com a vertente repressiva em relevo maior, e é isso - o acabamento dessa repressão que normalmente se realça - mas o sistema de representação corporativa que lhe estava por detrás não tinha simplesmente passado de moda; em termos de prática era um anacronismo.
Mas, e sem se aprofundar muito esta questão, parece evidente que de uma forma ou de outra, através da democracia representativa ou do corporativismo, acaba-se sempre por ter um ponto em comum que é quase uma fatalidade social.
As elites, quer dizer, aqueles que melhores condições têm para deterem lugares políticos ou económicos de relevo, para estabelecerem na sua medida e na medida das suas possibilidades as cadências que regulam a vida do cidadão comum são isso mesmo, são elites, são os «escolhidos», os descendentes por inerência quase de sangue para governarem naquilo que podem aquilo que nós podemos ser.
O fundo da questão está nos regimes, é um facto: uns proporcionam melhores condições de reversão deste status quo quase fatal, deste corre corre de pai para filho quase inevitável e com poucas mas mesmo muito poucas excepções negativas para o seguimento nesta interligação familiar, de casta (se quisermos utilizar este termo).
Daniel, estive a ler atentamente o teu artigo sobre o 25 de Abril e aproveitanto que temos um novo Forum, vou lá colocar em debate este tema para saber o que os nossos leitores pensam sobre o que a revolução modificou nas nossas vidas. Ainda ontem me perguntaram sobre isso e eu não tive condições para responder. Penso que não será tudo fatalismo e nem tão pouco tudo cravos....Vou até lá....e convido todos a seguirem-me....Vemo-nos no nosso Forum. Arlete Piedade
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