domingo, 11 de abril de 2010

O SENTIMENTO DUM OCIDENTAL - CESARIO VERDE - Por Arlete Deretti Fernandes

O SENTIMENTO DUM OCIDENTAL - CESARIO VERDE - Por Arlete Deretti Fernandes

O poeta Cesário Verde nasceu em 1855 e faleceu em 1886, aos 31 anos. A seu respeito, citou a autora da Seleção de Textos, notas, estudos biográficos, histórico e crítico e exercícios:
«Este seu poema é uma obra-prima. Foi publicado a 10 de junho de 1880, em Portugal a Camões, publicação extraordinária do Jornal de Viagens, Porto, comemorativa de Camões.

Cesário queixou-se porque ninguém comentou o poema, a não ser um crítico espanhol que escreveu que seus versos destoavam do nobre espírito português. Observe que o poema é dedicado a Guerra Junqueiro, poeta realista, crítico, que acreditou na força do povo para a transformação da sociedade.» Paschoalin, Maria Aparecida, p. 59

O poema se organiza em quatro partes, com sub - títulos. Apresenta um percurso de um eu - lírico que percorre a cidade, através da Ave Maria, à noite fechada. Gás, era novidade até chegar a luz elétrica. A cidade ganha uma sobrevida à noite.

Tem luz, mas é mortiça, amarelada. Apresenta a cidade com seu aspecto multifacetado, com uma visão da vida moderna e seus impasses. A paisagem é urbana e as sensações são urbanas. Cesário quebra com as expectativas do povo português da época.

Quando o poeta morreu, um amigo mandou imprimir sua obra. Ele era comerciante. Viveu pouco e foi pouco reconhecido na época. Seu poema, O Sentimento dum Ocidental, lançava um olhar crítico à sociedade daquele Tempo.

2 comentários:

  1. Arlete, sendo a primeira vez que aqui venho, tenho a felicidade de ler tão contundente poema do ponto de vista social, e cultural!
    Cultural, porque evoca as tradições lusas, que herdamos daqueles que nos legaram um modo de vida e um idioma.
    Graças à Deus por tudo isso, digo!
    Viajei. Viajei como se estivesse alí em um tour em companhia do poeta. Viajei, como se estivesse em Salvador antiga capital do Brasil.
    Se o espanhol teceu críticas, talvez fosse porque o mesmo, da alma lusitana não entendia.
    Parabéns Arlete, pois que humildemente li com gosto e com minha alma degustando o poema como se fosse um dos melhores vinhos portugueses.
    Meu abraço fraterno, fiquem com Deus.

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  2. Perdão, se puder venha ler algo que escrevi sobre Mário de Sá Carneiro, e A Máquina do Tempo em VOZES DE MINHA ALMA.
    Seja bem vinda.

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