domingo, 5 de dezembro de 2010

Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano. - Capitéis de Antônio Prado (RS)

Coluna: Antônio Carlos Affonso dos Santos. ACAS, o Caipira Urbano. - Capitéis de Antônio Prado (RS)

Antônio Prado, na serra do Rio Grande do Sul, próxima da cidade de Flores da Cunha, surge vigorosa à beira das estradas e dos parreirais; os capitéis – pequenos oratórios erguidos por imigrantes italianos da região do Vêneto e seus descendentes – evocam memórias vivas dos sonhos de uma gente que desenhou uma paisagem muito particular no mosaico cultural do país.
Na trilha dos capitéis de Antônio Prado, aspectos naturais, históricos, sociais e antropológicos são superpostos em uma narrativa que revela uma peculiar região do Brasil onde os termômetros descem a abaixo de zero e o dialeto italiano ainda é ouvido nas casas e nas ruas.

A cidade de Antônio Prado está localizada na Serra Gaúcha e é reconhecida mundialmente por possuir o maior acervo de arquitetura urbana em madeira da imigração italiana no Brasil. Antônio Prado oferece aos seus hóspedes, além do convívio com o povo vêneto e sua cultura, momentos de muita descontração e aventura. São diversas opções de passeio de Rural, rapel, rafting, caminhadas e Off – Road.
Como surgiu a cidade de Antônio Prado
Em 14 de maio de 1886, foi fundada oficialmente a colônia de Antônio Prado, na Rota Turística Uva e Vinho, na Serra Gaúcha. O nome da colônia foi dado em homenagem a Antônio da Silva Prado, Ministro da Agricultura da época, que favoreceu a instalação de núcleos coloniais no Rio Grande do Sul.

Centro Histórico de Antônio Prado - (RS)
Sua população, composta quase que exclusivamente de imigrantes italianos e seus descendentes, trabalhadores ordeiros e religiosos, conquistou a emancipação política em 11 de fevereiro de 1899.

As comunidades de imigrantes italianos devem à religião seu modo de organização. Os povoados e vilas nasceram, quase sempre, ao redor de uma capela e a partir dela, como ponto de referência, é que a comunidade se organizava.

A sua volta, construíam o salão de festas, a escola, suas casas. Lá tinham seus encontros religiosos, sociais e de lazer. Embora o isolamento representasse um entrave ao desenvolvimento do município, constituiu-se em um dos fatores de preservação do patrimônio arquitetônico, tipicamente italiano, cujo tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional deu-se em 1989.
Antônio Prado é reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN - como Patrimônio Histórico Nacional, por possuir e preservar o maior conjunto arquitetônico da imigração italiana.
Em 1985, o IPHAN tombou a «Casa da Neni», e posteriormente, em 1989, mais 47 casas. Como maior acervo da arquitetura urbana de imigração italiana no Brasil, Antônio Prado emprestou seu centro histórico para compor o cenário do filme «O Quatrilho», projetando nacionalmente a cidade.
Com isso, levou para o Brasil e para o mundo, muito mais do que a arquitetura colonial italiana, preservada em Antônio Prado. Foram mais do que cenas de um filme; foi a revivência da própria história da imigração.
A devoção dos imigrantes Italianos mostrada no Cinema
Numa esquina da localidade de Fastro, em Belluno, na Itália, o Capitel Della Madonna avisa: aqui também se evoca a devoção na mãe de Jesus, o redentor da humanidade, segundo a tradição cristã.
A imagem é uma das captadas pelo produtor Fernando Roveda, o diretor de fotografia Daniel Herrera e o diretor André Costantin na segunda quinzena de novembro, para a realização da segunda parte do documentário «Se Milagres Desejais».

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010

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