A IDADE SOCIAL - Por Carlos Carito
Esta definição de idade, refere-se ao papel, aos estatutos e aos hábitos das pessoas relativamente aos outros membros da sociedade. Esta idade é fortemente determinada pelo grau de civilização (incluindo aqui as condições sócio – económicas), pela cultura e pela história de um país ou de uma região.
Esta definição de idade, refere-se ao papel, aos estatutos e aos hábitos das pessoas relativamente aos outros membros da sociedade. Esta idade é fortemente determinada pelo grau de civilização (incluindo aqui as condições sócio – económicas), pela cultura e pela história de um país ou de uma região.
Se, nas sociedades actuais, industrializadas, a importância dos ritos iniciáticos da juventude se vão pouco a pouco perdendo e transfigurando, de forma que essa transição se processa de uma forma muito débil entre o estatuto de jovem e o estatuto de adulto, o mesmo processo de debilidade estrutural não se parece processar no que se refere ao rito de passagem ao estatuto de idoso.
A festa da reforma, é, em termos psicológicos bem mais duradoura e traumatizante - embora a sua intenção seja comemorativa - que uma actual recepção ao jovem caloiro numa Universidade – apesar dos exageros destas de alguma forma incompatíveis com graus de civilização refinados – e representa, a transição do indivíduo da categoria dos activos, dos assalariados, à dos reformados, dos inactivos, dos improdutivos, breve, à terceira idade.
A primeira idade é esperança de produtividade, a segunda idade é acção / produção, a terceira idade é improdutividade sem esperança.
O direito à reforma é uma aquisição fundamental da história dos movimentos operários e da história humana. A significação que tem não se contém só em si como se projecta no processo de exteriorização levando à tentativa de reaquisição de valores sociais perdidos, ou, pelo menos adiados, nas sociedades industriais e de competição.
Os valores que a reforma do idoso procura readquirir têm estado de alguma forma mais relacionados com a vivência em grupos sociais mais restritos que a sociedade: a relação familiar típica ou de cooperação entre parentes na família alargada ou entre vizinhos no complexo rural e semi – rural.
O reformado, recebe, da sociedade economicamente organizada, aquilo que antes, ele ou os seus antepassados, de alguma forma recebiam nesses grupos sociais mais restritos e que a sociedade economicamente organizada na sua dinâmica desorganizou ou organizou de forma diferente.
Perdidos os paradigmas dos pequenos conjuntos humanos (a entre – ajuda, a familiaridade, a comunhão solidária) os sistemas de segurança social e de reforma ( públicos ou privados) procuram colmatar a brecha sócio / económica e cultural através da atribuição de uma idade para e de uma pensão de reforma.
Contudo, devido ás condicionantes culturais da sociedade (que funcionam como elementos enquadradores de uma dada forma de pensar) aparece muitas vezes contudo esta idade pós - reforma como uma disponibilização de um ser humano e seu exílio da sociedade produtiva predominante.
Leia este tema completo a partir de 13/12/2010
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