UM CONTO DE NATAL - Por Dulce Rodrigues - Vento Norte, Neve e Vento Sul
Num país lá muito, muito longe, viviam o Vento Norte, a Neve e o Vento Sul. Embora fossem todos irmãos, eram bastante diferentes uns dos outros.
Num país lá muito, muito longe, viviam o Vento Norte, a Neve e o Vento Sul. Embora fossem todos irmãos, eram bastante diferentes uns dos outros.
O Vento Norte era frio e violento e, às vezes, gostava mesmo de fazer mal às pessoas. A Neve também não era lá muito boazinha, pois divertia-se a pregar partidas a muita gente. Nem sequer pensava nos pobres que não tinham agasalhos para se proteger dos enormes flocos de neve que ela deixava cair; ou que não tinham um canto confortável junto da lareira para se aquecer.
Só o Vento Sul era bonzinho, tentando sempre remediar o mal que os irmãos faziam. Soprava devagarinho, e o seu sopro era quente e agradável. Raramente se zangava e, mesmo quando assim acontecia, não era por muito tempo, pois detestava ver sofrer as pessoas.
Só o Vento Sul era bonzinho, tentando sempre remediar o mal que os irmãos faziam. Soprava devagarinho, e o seu sopro era quente e agradável. Raramente se zangava e, mesmo quando assim acontecia, não era por muito tempo, pois detestava ver sofrer as pessoas.
«Maninha», disse um dia o Vento Norte à sua irmã Neve, «anda comigo dar uma volta pelo mundo. Estou farto de viver sempre aqui, quero conhecer novas terras e novas gentes.»
«E onde é que queres ir?», perguntou a Neve.
«Não sei, mas assim que começarmos a viagem, logo veremos. Ouço sempre as pessoas dizerem que todos os caminhos vão dar a Roma… Decerto que nós também havemos de chegar a algum sítio.»
«Então, está bem», disse a Neve, «vou contigo».
«Verás que não te vais arrepender, vamos divertir-nos à grande.»
«Não queres dizer ao Vento Sul para vir connosco?», perguntou ainda a Neve ao Vento Norte.
«Claro que não», respondeu este, «o nosso irmão Vento Sul não alinha nas nossas brincadeiras e está sempre a dar-nos lições de moral. Vamos só nós os dois.»
E se bem o disseram, melhor o fizeram. Lá se puseram os dois a caminho, sem bem saberem aonde esse caminho os levaria.
Algum tempo depois, chegaram a uma praia de areia branca e fina, banhada por um mar azul onde se reflectia o céu. Ao longe, avistavam-se os barcos dos pescadores, carregados de peixe fresquinho.
«Que gente corajosa!», disse a Neve. «Não é fácil enfrentar os perigos do mar. Não era eu, não!»
«Já vais ver o que lhes vai acontecer! Vou mostrar a esta gente que nada nem ninguém é mais forte do que o Vento Norte», disse este.
E o Vento Norte começou a soprar com uma tal fúria, que daí a pouco tempo se levantaram ondas tão altas e fortes, que todos os barcos foram engolidos pelo mar.
Mas, ainda não satisfeito com as maldades que acabava de fazer, o Vento Norte soprou sobre a cidade, derrubando na sua passagem muros e árvores, casas e palácios, indiferente à dor e sofrimento que causava ao passar.
«Chega, agora é a minha vez! », disse a Neve ao irmão. «Não sejas egoísta, eu também quero divertir-me.»
«Vamos então para outro lugar», disse o Vento Norte. «Aqui já está tudo destruído.»
Leia este tema completo a partir de 06/12/2010
«E onde é que queres ir?», perguntou a Neve.
«Não sei, mas assim que começarmos a viagem, logo veremos. Ouço sempre as pessoas dizerem que todos os caminhos vão dar a Roma… Decerto que nós também havemos de chegar a algum sítio.»
«Então, está bem», disse a Neve, «vou contigo».
«Verás que não te vais arrepender, vamos divertir-nos à grande.»
«Não queres dizer ao Vento Sul para vir connosco?», perguntou ainda a Neve ao Vento Norte.
«Claro que não», respondeu este, «o nosso irmão Vento Sul não alinha nas nossas brincadeiras e está sempre a dar-nos lições de moral. Vamos só nós os dois.»
E se bem o disseram, melhor o fizeram. Lá se puseram os dois a caminho, sem bem saberem aonde esse caminho os levaria.
Algum tempo depois, chegaram a uma praia de areia branca e fina, banhada por um mar azul onde se reflectia o céu. Ao longe, avistavam-se os barcos dos pescadores, carregados de peixe fresquinho.
«Que gente corajosa!», disse a Neve. «Não é fácil enfrentar os perigos do mar. Não era eu, não!»
«Já vais ver o que lhes vai acontecer! Vou mostrar a esta gente que nada nem ninguém é mais forte do que o Vento Norte», disse este.
E o Vento Norte começou a soprar com uma tal fúria, que daí a pouco tempo se levantaram ondas tão altas e fortes, que todos os barcos foram engolidos pelo mar.
Mas, ainda não satisfeito com as maldades que acabava de fazer, o Vento Norte soprou sobre a cidade, derrubando na sua passagem muros e árvores, casas e palácios, indiferente à dor e sofrimento que causava ao passar.
«Chega, agora é a minha vez! », disse a Neve ao irmão. «Não sejas egoísta, eu também quero divertir-me.»
«Vamos então para outro lugar», disse o Vento Norte. «Aqui já está tudo destruído.»
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