domingo, 5 de dezembro de 2010

O Natal de Arlete Piedade - Dois poemas e um Conto - Natal ! ; Era uma vez...conto de Natal; Conto «Presente de Natal»

O Natal de Arlete Piedade - Dois poemas e um Conto - Natal ! ; Era uma vez...conto de Natal; Conto «Presente de Natal»

Natal !

Mais um Natal que chega para nos recordar!
Já se sentem, envolvendo-nos, as vibrações!
A paz e a doçura instalam-se nos corações!
- O nascimento de Jesus vamos festejar!

A ementa da ceia de Natal, é reduzida.
Os presentes serão oferecidos com amor;
humana fraternidade será escolhida,
para mitigar a solidão, o frio, a fome e a dor!

Era uma vez...conto de Natal

Era uma vez, um pobre, triste e solitário menino
Vivendo fechado em antiquado e lúgubre casarão...
Sem conhecer da vida as razões daquele destino
Separado de sua mãe, família e de seu irmão...

Sem afagos, não havia sorrisos em seu rosto,
Severos deveres a cumprir em duro quotidiano
Maus tratos na alma e sofrimentos no seu corpo
Fome imutável, doença, frio, abandono e engano...

A duras penas aprendeu a arte da sobrevivência
Suas armas na luta diária, o desespero e a dor
Vendo pelo Natal os companheiros de vivência
Receberem os afectos, os presentes e o amor

Conto «Presente de Natal»

Era uma noite chuvosa e fria e o vento uivava lá fora açoitando os altos muros e insinuando-se furioso pelas ameias e seteiras do velho castelo.

Sozinha, na antiga e atarracada casa de pedra encostada á face exterior da muralha voltada a norte, onde continuava a viver, a filha do falecido caseiro, estremecia de medo.

Esperava ansiosamente a chegada do filho que tinha saído em viagem, para vender aos ricos castelões a norte, alguns dos arcos por si fabricados.

Eram arcos robustos, fabricados com a madeira dos teixos centenários que rodeavam o castelo e que constava terem sido plantados pelo seu fundador.

Ela não acreditava nisso contudo, pois que o castelo devia ter milhares de anos e mesmo sendo as árvores centenárias, como podia tal história ser verdadeira? Lendas e ditos de gente antiga sem dúvida.

Enquanto espevitava a pequena chama alimentada a azeite, na candeia de ferro que tinha colocado na beira larga e alta da janela estreita do seu casebre, para assinalar ao filho o caminho do lar, ia recordando.

Como tinham sido alegres outros Natais passados na companhia do falecido esposo quando o seu filho era um menino que gostava de trepar aos teixos e de se esconder nas altas ramadas para ela o procurar desesperada e aflita, pensando que tinha sido raptado pelos caminhantes da noite.

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010

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