sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Crónicas de Haroldo P. Barboza - Ensaio para o Carnaval

Crónicas de Haroldo P. Barboza - Ensaio para o Carnaval

Apesar do «cerco» das forças policiais com quase 3.000 homens, tanques de guerra, helicópteros, óculos noturnos e metralhadoras alocadas em novembro de 2010, bandidos do morro do Alemão (RJ) fogem após se passar por operários do PAC.
A maior parte evadiu-se através de tubulações de água e esgoto. Dos 800 malfeitores estimados no local, nem 100 foram capturados. Agora estão espalhados por centenas de lugarejos planejando novas ações para recuperar o «patrimônio» perdido (armas, munições e drogas).

Perguntas tolas:

1 – Se um cerco foi anunciado com pompa pela TV (era para ser anunciado?) nos momentos antes da invasão das forças policiais, como o mapa das galerias pluviais foi «esquecido» pelo setor de «inteligência» da SSP?

2 - Se os marginais forem presos ou eliminados, quem vai entregar o pó da morte nos condomínios dos «bacanas» que patrocinam tal «mercado» que movimenta mais de R$ 1 BI por ano e enriquece centenas de policiais e políticos mancomunados com o crime?

Então está na hora de pensarmos na letra de samba abaixo que resume bem o que nos aguarda para breve. E pode ocorrer antes da copa do mundo de futebol. E aí, mesmo distraída pelo besteirol do Big Besta Brasil, quem vai para o paredão, é a população que sustenta os dirigentes incompetentes (apenas para solucionar os problemas sociais) através de impostos extorsivos.

O compositor Paulo Sérgio Pinheiro lançou em 1993, «O dia em que o morro descer e não for Carnaval», cantado por Wilson das Neves. A letra resume o que escrevemos na rede há 12 anos.

O dia em que o morro descer e não for carnaval
ninguém vai ficar pra assistir o desfile final
na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu
vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil
(é a guerra civil).

Leia este tema completo a partir de 06/12/2010

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