sábado, 18 de dezembro de 2010

CORONEL FABRICIANO - 076 - Que abraço!? -  BENEDITO FRANCO

CORONEL FABRICIANO - 076 - Que abraço!? - BENEDITO FRANCO

Tatiana, três anos e meio, falava feito pobre na chuva. Adorava atender ou discar o telefone. Discando números aleatórios, acertou um existente, alguém atendeu, e ela:
- Quem qui fala?
Ela largou o fone assustadíssima, tremendo e sem voz, correu para o colo da mãe. A mãe perguntou o havido, e ela:
- O lobo mau falô no telefone!
- Que isso menina!
- Ele falô:- Aqui é o lobo maau!
Por algum tempo ela deu sossego ao telefone... e a nós!

076 - Que abraço!

Dava assistência técnica, tratamento de água industrial e caldeiras, a um frigorífico em uma cidade da Grande Belo Horizonte. Nessas visitas, aproveitava para ver meus parentes, residentes na cidade.

Em uma dessas visitas, encontrei-me com um dos primos e sua esposa; traziam para passear em Minas uma sobrinha, que enxergava praticamente nada - tendo sido operada em alguns hospitais dos mais famosos, como me confessaram a sobrinha e os tios. Falei-lhes, sobre um hospital especializado e de conceito máximo no Brasil, situado em Belo Horizonte, e onde clinicava o Dr. Hilton Rocha - para nós o melhor e o mais famoso médico oftalmologista do Brasil.

Ofertei à menina uma consulta com o Dr. Hilton Rocha. Pouco esperançosa, mas aceitou de bom grado. Eu mesmo marcaria a consulta.

Como morava perto do Hospital São Geraldo, onde o Dr. Hilton Rocha trabalhava, fui, e, logo numa saleta na entrada, sua secretária atendia. Estávamos em janeiro e a consulta foi marcada para setembro do mesmo ano. Argumentei para a secretária que a menina morava no norte do país e não teria condições, e nem recursos, para estar indo e vindo de lá para cá. Meu apelo adiantou pouco - apenas ela adiantou a consulta para o mês de julho.
A Madame
Da saleta, no primeiro andar, avistava-se a Avenida logo em frente, onde estacionou um carro, Mercedes Benz, importado, dos mais luxuosos. Saiu um motorista uniformizado, entrou na saleta e marcou uma consulta para a madame sua patroa, para aquele mesmo dia, pagando uma fortuna pelo horário extra.

Como permanecia no local, com a intenção de conseguir com a secretária que minha parente fosse atendida na semana seguinte, ouvi e vi atentamente a conversa do motorista da cliente, recém-chegada do Rio de Janeiro, com a secretária. Assim que o motorista se retirou da sala, eu disse algo para a secretária, e não me lembro bem o que lhe falei. Só sei que ela teve um ataque de riso; riu tanto da bobagem que soltei, que demorou alguns minutos para me dirigir a palavra novamente. Estávamos numa sexta-feira. Após respirar fundo, com um grande sorriso:

- Traga a menina na próxima terça-feira...

Leia este tema completo a partir de 20/12/2010

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