Ora, o Goiás! - Por Abílio Pacheco
Se vou me meter numa seara perigosa... escrever é muito perigoso, parafraseando Riobaldo. Vou! Vou falar de futebol. Deveria comemorar o campeonato do meu Fluminense, mas com o tempo parece mesmo que a gente vai torcendo mais pelas pessoas que pelos clubes. Anote aí que a frase não é minha, é de Eduardo Galeano. Ou ainda falar do quanto o Goiás fez a diferença nas rodadas finais do brasileirão; em especial na última.
Prefiro, entretanto, perturbar o pensamento do leitor sobre o que pode acontecer hoje à noite. Uma coisa inusitada em termos de futebol. Um time rebaixado para a segunda divisão do campeonato nacional poderá se tornar campeão de um torneio internacional. Que o futebol é uma caixa de surpresas (e lá vou eu enchendo o texto com citações alheias) não é novidade, mas a conquista do Goiás será desconcertante.
Vejam só, não sou torcedor do Goiás, mas hoje à noite o Goiás é o Brasil (outra citação). Mais que isso, ele representa todos esses times fora do eixo sul-sudeste, representa uma alegria para torcedores que não costumam ter os nomes de seus times entre os grandes, cidadãos que não costumam ver sua região, seu estado se desenvolver ou se destacar em certos setores e atividades. Sei que exagero, mas é o que sinto. Quero vê-lo campeão (até para alegria de meu amigo Ilídio, na minha macondo – Marabá – ficar contente com seu time).
Entretanto é desconcertante. O problema é que no Brasil mesmo os times ditos grandes, não conseguem ter plantel para se sustentar em dois campeonatos. Não adianta colocar a culpa no acúmulo de torneios paralelos. Na Europa, não é muito diferente, mas lá os times montam plantéis de titulares suficientes para dois times. Houve época em que se falava até de Milan A e Milan B. Nestas terras tupiniquins, em que mal os times se sustentam com 2/3 de bom elenco, seria um luxo inimaginável.
Por isso o Goiás caiu. Por isso um time que na pior hipótese será vice. Não! Não vou nem pensar nisso... Por isso um time que será campeão hoje à noite, vai no ano que vem disputar dois campeonatos paralelos: a Copa Libertadores da América e o Brasileirão da série B. E, como deverá, a exemplo desse ano, optar por direcionar atenções, treinamentos, jogadores a uma das competições... paremos por aqui.
Leia este tema completo a partir de 13/12/2010
Se vou me meter numa seara perigosa... escrever é muito perigoso, parafraseando Riobaldo. Vou! Vou falar de futebol. Deveria comemorar o campeonato do meu Fluminense, mas com o tempo parece mesmo que a gente vai torcendo mais pelas pessoas que pelos clubes. Anote aí que a frase não é minha, é de Eduardo Galeano. Ou ainda falar do quanto o Goiás fez a diferença nas rodadas finais do brasileirão; em especial na última.
Prefiro, entretanto, perturbar o pensamento do leitor sobre o que pode acontecer hoje à noite. Uma coisa inusitada em termos de futebol. Um time rebaixado para a segunda divisão do campeonato nacional poderá se tornar campeão de um torneio internacional. Que o futebol é uma caixa de surpresas (e lá vou eu enchendo o texto com citações alheias) não é novidade, mas a conquista do Goiás será desconcertante.
Vejam só, não sou torcedor do Goiás, mas hoje à noite o Goiás é o Brasil (outra citação). Mais que isso, ele representa todos esses times fora do eixo sul-sudeste, representa uma alegria para torcedores que não costumam ter os nomes de seus times entre os grandes, cidadãos que não costumam ver sua região, seu estado se desenvolver ou se destacar em certos setores e atividades. Sei que exagero, mas é o que sinto. Quero vê-lo campeão (até para alegria de meu amigo Ilídio, na minha macondo – Marabá – ficar contente com seu time).
Entretanto é desconcertante. O problema é que no Brasil mesmo os times ditos grandes, não conseguem ter plantel para se sustentar em dois campeonatos. Não adianta colocar a culpa no acúmulo de torneios paralelos. Na Europa, não é muito diferente, mas lá os times montam plantéis de titulares suficientes para dois times. Houve época em que se falava até de Milan A e Milan B. Nestas terras tupiniquins, em que mal os times se sustentam com 2/3 de bom elenco, seria um luxo inimaginável.
Por isso o Goiás caiu. Por isso um time que na pior hipótese será vice. Não! Não vou nem pensar nisso... Por isso um time que será campeão hoje à noite, vai no ano que vem disputar dois campeonatos paralelos: a Copa Libertadores da América e o Brasileirão da série B. E, como deverá, a exemplo desse ano, optar por direcionar atenções, treinamentos, jogadores a uma das competições... paremos por aqui.
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