Coluna de Cecilio Elias Netto - A vingança africana
A Africa, mãe da humanidade, está se revelando ao mundo, ainda outra vez, com sua beleza esplendorosa, com riquezas naturais que explicam a ganância e os apetites dos poderosos que, ao longo dos séculos, a exploraram. Sua cultura – somatório de diferentes etnias – é como um caleidoscópio a ser admirado em suas múltiplas formas. E a simpatia irradiante do povo – mesmo entre os que ainda vivem em condições precárias – conquista o mundo, ainda influenciado pela cultura européia e, agora, estadunidense – contrasta com o mau humor e os ranços dos ocidentais, mergulhados em suas neuroses econômicas.
Mesmo sendo berço do primeiro homem, palco de importantes civilizações antigas, a Africa se transformou no mais perseguido e vilipendiado dos continentes, explorada pela ganância de países e grupos internacionais caucasianos. Não há como, em rápidas pinceladas, narrar o horror de que tem sido vítima o povo africano nos últimos séculos, desde a perfídia da escravidão até a exploração brutal de suas riquezas e recursos nacionais.
Por isso, a decisão de a Copa do Mundo de 2010 realizar-se na Africa do Sul – essa Africa sobre a qual paira, qual anjo tutelar, a figura de Nelson Mandela – chegou a soar, também, como um reconhecimento das injustiças cometidas e a necessidade de uma reparação universal pelos males cometidos. Além, é óbvio, do fato de a África do Sul ter-se transformado num dos mais poderosos países emergentes.
A cultura, a religiosidade dos africanos nunca foram compreendidos pelo chamado homem branco, o caucasiano que acreditou pudesse dominar o mundo indefinidamente. Basta ver que, apesar de séculos de domínio britânico, belga, francês e até mesmo romano, os africanos souberam manter tradições e costumes inalteráveis, com seus deuses e demônios convivendo em seus belíssimos e estranhos rituais litúrgicos.
Pois bem. Confesso que sempre me deixei impressionar por aquelas máscaras de demônios africanos, quase todos ligados a rituais mágicos, a bruxarias que ainda nos são desconhecidas apesar do sincretismo religioso que ocorreu também no Brasil. Há, naquelas máscaras, a beleza plástica da feiúra, o que permite considerações estéticas admiráveis de nossos especialistas. Em quantas e quantas obras, o demônio não se apresentou sob forma tradicionalmente bela, para se revelar, depois, em sua feiúra? E o sapo que se transforma em príncipe?
A Africa, mãe da humanidade, está se revelando ao mundo, ainda outra vez, com sua beleza esplendorosa, com riquezas naturais que explicam a ganância e os apetites dos poderosos que, ao longo dos séculos, a exploraram. Sua cultura – somatório de diferentes etnias – é como um caleidoscópio a ser admirado em suas múltiplas formas. E a simpatia irradiante do povo – mesmo entre os que ainda vivem em condições precárias – conquista o mundo, ainda influenciado pela cultura européia e, agora, estadunidense – contrasta com o mau humor e os ranços dos ocidentais, mergulhados em suas neuroses econômicas.
Mesmo sendo berço do primeiro homem, palco de importantes civilizações antigas, a Africa se transformou no mais perseguido e vilipendiado dos continentes, explorada pela ganância de países e grupos internacionais caucasianos. Não há como, em rápidas pinceladas, narrar o horror de que tem sido vítima o povo africano nos últimos séculos, desde a perfídia da escravidão até a exploração brutal de suas riquezas e recursos nacionais.
Por isso, a decisão de a Copa do Mundo de 2010 realizar-se na Africa do Sul – essa Africa sobre a qual paira, qual anjo tutelar, a figura de Nelson Mandela – chegou a soar, também, como um reconhecimento das injustiças cometidas e a necessidade de uma reparação universal pelos males cometidos. Além, é óbvio, do fato de a África do Sul ter-se transformado num dos mais poderosos países emergentes.
A cultura, a religiosidade dos africanos nunca foram compreendidos pelo chamado homem branco, o caucasiano que acreditou pudesse dominar o mundo indefinidamente. Basta ver que, apesar de séculos de domínio britânico, belga, francês e até mesmo romano, os africanos souberam manter tradições e costumes inalteráveis, com seus deuses e demônios convivendo em seus belíssimos e estranhos rituais litúrgicos.
Pois bem. Confesso que sempre me deixei impressionar por aquelas máscaras de demônios africanos, quase todos ligados a rituais mágicos, a bruxarias que ainda nos são desconhecidas apesar do sincretismo religioso que ocorreu também no Brasil. Há, naquelas máscaras, a beleza plástica da feiúra, o que permite considerações estéticas admiráveis de nossos especialistas. Em quantas e quantas obras, o demônio não se apresentou sob forma tradicionalmente bela, para se revelar, depois, em sua feiúra? E o sapo que se transforma em príncipe?
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