Pagina de Meg Klopper - Carta para mamãe; Prosa poética - LIBERDADE, EU SOU! - Poema
Carta para mamãe
Oi, Mãe Tudo bem? Espero que sim.
Estou te escrevendo para saber como você está. Sei que será difícil saber, mas agora você está ocupando uma das moradas do Pai.
Sinto tanto a sua falta...aí, ai...dá até uma dorzinha fina no peito. Hoje, aqui na terra, comemoramos o Dia das Mães, mas como a senhora sempre nos dizia: «O dia das Mães é todo dia, mas para o comércio é um dia especial. Esperto quem criou tais datas comemorativas»...
Lembro de como você era inteligente, eclética, bondosa, caridosa e muito responsável. Sua disciplina era algo que as vezes até incomodava, mas que hoje me faz falta, já que sou meio assim, ou seja, necessito de alguém falando, falando, falando para que eu me movimente. (xiii...nem muito nem tão pouco, né, mãe?)
Apesar de sermos filha e mãe temos nossas diferenças, né? Eu sou responsável também, igual a você, mas detesto horários, regras impostas e chateações do género. Sigo muitas porque do contrário me dou mal, mas que gostaria de que todos fossem livres, ah isso sim...Chatice faz mal e engorda!
LIBERDADE, EU SOU!
Sou como o vento, que viaja solto
Leve, sem amarras, sem garras
Nada pode me prender
Nada me pode enredar
Sou pássaro solto que voa pela relva
E respira o ar sarado da flora.
Sou livre como os animais da selva
Quero sentir a claridade, a aurora...
Como brisa, quero passar por qualquer lugar.
A esmo, quero estar onde quiser estar.
Por opção, parar e permanecer soprando
As aragens silenciosas a cobrir o espaço
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