COLUNA UM - Daniel Teixeira - O regresso da ideologia para os pobres
Ideologia, segundo alguns autores, é coisa de pobre: quer dizer, só precisa de ideologia quem não tem dinheiro, quem sofre dificuldades, quem tem de ter esperança, quem tem de acreditar.
Aqui há muitos anos, mesmo muitos, li um livro do Henrique Barrilaro Ruas, que foi um historiador, filósofo e etc. um bocado difuso mas que se aguentou muito bem após o 25 de Abril chegando a ser Deputado Monárquico no actual Parlamento.
O livro era pertença ou editado pela imprensa corporativa do então regime salazarista e veio-me ter à mão com uma história por detrás: no dia 24/25 de Abril alguém andara a desfazer-se dos livros comprometedores - na sua perspectiva - que tinha em casa e acabara por os espalhar por várias portadas de uma residência tipo pátio sevilhano.
A casa era ali para os lados de Campo de Ourique e lá morava uma prima minha que acabou por guardar os ditos livros que lhe calharam em quinhão distribuído (vários) uma vez que estavam em bom estado e o estado dela não a tornava potencial suspeita de nada e além disso (como é bom ter primas assim) ela estava-se borrifando solenemente.
Passados anos calhei a crescer física e mentalmente e a passar por lá e deparei-me com as Ideologias - deve ser assim o título mas também não é extremamente importante. Enquanto esperava já não me lembro do que era (provavelmente pelo almoço) fui folheando o volume que estava logo ali à mão e fiquei a saber na altura que podia dizer hoje (passados 20/30 anos) que o Napoleão não gostava dos ideólogos.
Ora hoje, apesar de fazer um resumo muito sumário, devo chegar à ideia de que o Napoleão não gostava nem dos ideólogos nem das ideologias porque não precisava delas: na altura da sua afirmação andava na maior conquistando meio mundo, acrescentando Império ao Império, para quê dar esperança às pessoas (aos seus soldados, por exemplo) se no dia a seguir eles se enchiam de saque!? Dar esperança para quê quando se tem a realidade a favor!?
Ideologia, segundo alguns autores, é coisa de pobre: quer dizer, só precisa de ideologia quem não tem dinheiro, quem sofre dificuldades, quem tem de ter esperança, quem tem de acreditar.
Aqui há muitos anos, mesmo muitos, li um livro do Henrique Barrilaro Ruas, que foi um historiador, filósofo e etc. um bocado difuso mas que se aguentou muito bem após o 25 de Abril chegando a ser Deputado Monárquico no actual Parlamento.
O livro era pertença ou editado pela imprensa corporativa do então regime salazarista e veio-me ter à mão com uma história por detrás: no dia 24/25 de Abril alguém andara a desfazer-se dos livros comprometedores - na sua perspectiva - que tinha em casa e acabara por os espalhar por várias portadas de uma residência tipo pátio sevilhano.
A casa era ali para os lados de Campo de Ourique e lá morava uma prima minha que acabou por guardar os ditos livros que lhe calharam em quinhão distribuído (vários) uma vez que estavam em bom estado e o estado dela não a tornava potencial suspeita de nada e além disso (como é bom ter primas assim) ela estava-se borrifando solenemente.
Passados anos calhei a crescer física e mentalmente e a passar por lá e deparei-me com as Ideologias - deve ser assim o título mas também não é extremamente importante. Enquanto esperava já não me lembro do que era (provavelmente pelo almoço) fui folheando o volume que estava logo ali à mão e fiquei a saber na altura que podia dizer hoje (passados 20/30 anos) que o Napoleão não gostava dos ideólogos.
Ora hoje, apesar de fazer um resumo muito sumário, devo chegar à ideia de que o Napoleão não gostava nem dos ideólogos nem das ideologias porque não precisava delas: na altura da sua afirmação andava na maior conquistando meio mundo, acrescentando Império ao Império, para quê dar esperança às pessoas (aos seus soldados, por exemplo) se no dia a seguir eles se enchiam de saque!? Dar esperança para quê quando se tem a realidade a favor!?
Sem comentários:
Enviar um comentário