domingo, 20 de junho de 2010

RAUL DE LEONI - Por Sanio Aguiar Morgado

RAUL DE LEONI - Por Sanio Aguiar Morgado

Poeta com espírito clássico, proporções, imagens e equilíbrio formal em seus poemas, expressou muito bem a beleza em sua ideologia, num desencanto moderno de sentido filosófico incomum para seus poucos 31 anos de vida.

Nascido na cidade imperial de Petrópolis no Rio de Janeiro em 30 de Outubro de 1895, foi bacharel em direito, tornou-se deputado estadual e nomeado secretário da ligação do Brasil com Cuba no governo de Wenceslau Brás por indicação de Nilo Peçanha.

Casou-se com Ruth Soares de Gouveia em 1920 e chegou a morar na rua das Paineiras nº19 em Botafogo.

Em 1914 colabora nas revistas «Fom-Fom» e «Para Todos» com publicações literárias para o «O Jornal» em 1919, no Jornal do Comércio, Jornal do Brasil e inclusive o «O Dia» alguns anos depois.

A sua obra poética editada por ele próprio, apareceram, entre elas, «A Ode a um Poeta Morto» (1919), dedicado ao seu amigo dilecto Olavo Bilac e os poemas de Luz Mediterrânea (1922) .

Em 21 de Novembro de 1926 em Vila Serena, Itaipava, vizinha a Petrópolis, após passagem por Corrêas onde tratava enfermidade pulmonar que lhe haviam abreviado as actividades profissionais, falecia Raul de Leoni sendo sepultado onde nascera.

Os que o conheceram sabiam o valor que dava à vida que lhe fora tão cedo, ao contrário do que se podia imaginar sobre o poeta de Luz Mediterrânea, não tinha atitude de revolta em face da morte inevitável.

Adquirira profunda serenidade ao compenetrar-se deste fim próximo, agiu tranquilo sobre o que se passava, ditou metodicamente as suas ultimas disposições e interrogado sobre o destino de sua obra, concordou de se lhe reeditar a Luz Mediterrânea, que depois fora acrescida de poemas inéditos. Nos deixa a sua História Antiga, símbolo da beleza e pureza de um ser de extrema sensibilidade.

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