sábado, 12 de junho de 2010

Copa do Mundo - Diário de um torcedor - Dia da abertura - A alegria dos sul-africanos pela Copa.- Por Se Gyn

Copa do Mundo - Diário de um torcedor - Dia da abertura - A alegria dos sul-africanos pela Copa.- Por Se Gyn

Dia da abertura - ...Em 10.06.2010, às 11:32h - A lesão do goleiro Júlio César ainda parece incomodar. Problema, mesmo para uma seleção pentacampeã..

Hoje é o dia da abertura da Copa - saindo do bairro rumo ao trabalho, ouço ao longe, foguetes estourando. O destaque da festa de abertura do evento gira em torno da presença de astros de música americana e latina, gente do quilate de Shakira e Black Eyed Peas - que, em minha opinião, tem a qualidade típica dos cantores e bandas lincadas no público pré-adolescente.

Até agora, nenhuma referência à presença de grupos locais, cuja musicalidade põe muita gente metida no chinelo.

E aí, me lembrei de Johnny Clegg, antropólogo e músico sul-africano que formou a banda Johnny Clegg and Savuca, lá pelos anos 80, cuja música tinha o objetivo de combater a política do Aparthaid e promover a aproximação de povos e culturas, à parte, divulgar a música sul-africana. Não sei se ainda está atuando, mas, até pelo histórico e pela discografia consistente, mereceria se apresentar com destaque na festa de abertura do evento.

Também recordei do grupo vocal Lady Smith Black Mambazo, de um vocal emocionante, assentado nas tradições musicais tribais, que ficou conhecido mundialmente pela música «Homeless», incluída na trilha sonora da série televisiva americana «Raízes», um fenômemo de audiência e cultura, baseada num livro de Alex Haley, que foi ao ar nos EUA em 1977. Vamos ver...


As 16:40h - Tentei ver o espetáculo da abertura da Copa. Aí apareceram uns tipos vestidos de «Cavaleiros do Zodíaco» no palco e, desisti.

Carlos Bilardo, um dirigente da Associação de Futebol Argentina - AFA, disse em uma entrevista à tv argentina que, faria sexo passivo com o marcador do gol que levasse a Argentina a ser novamente campeã do Mundo. Isso é que é gostar de futebol! Ou não, como diria o outro... De qualquer forma, isso é lá com o portenho e, os atletas da seleção argentina, não é?

Beleza - tudo bem com Júlio César...

A alegria dos sul-africanos pela Copa.

Em 11.06.2010 - Assisti ontem à noite, no canal Futura, um especial sobre o papel no futebol no movimento de desestabilização do regime do Apartheid, que começou no interior da África do Sul, chegou às Olimpíadas - com o impedimento da participação da equipe da África do Sul, em razão do veto à participação de atletas negros e, cujas ondas sísmicas chegaram até a Austrália e Nova Zelândia, onde, após o ingresso de grupos sociais locais no protesto contra a presença da vitoriosa (e branca) seleção de Rugbi - como parte da participação do movimento mundial contra o regime segregacionista sul-africano, australianos e neuzelandeses começaram a questionar o racismo entranhado em suas próprias nações.

No dia em que Nelson Mandela foi libertado, seu primeiro discurso foi feito no estádio onde ocorreu a festa de abertura da Copa sul-africana.

Diante de tais informações e a simbologia do esporte envolvida na história recente do país, se entende um pouco mais do da alegria dos sul-africanos com a realização da Copa do Mundo em seu país, aí entendida a cobrança recebida por Parreira, em relação à seleção sul-africana: «Make us proud!».

No jornal da noite, assisti a mais um trecho do show de abertura, com energética e rebolante Shakira cantando «Waka-Waka», acompanhada de um coro contagiante. A sua direita, um membro do coro com a bandeira brasileira à mão. Oh, man!, how this make us proud!

O grupo vestido de «Cavaleiros do Zodíaco» de que falei era o Black Eyed Peas, que, me informa meu filho, é um dos campeões de execução em seu MP3.

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