Sandra Fayad - Recuperação da Horta Comunitária e o Circuito Verde
«A terra, com tudo o que nela há, não nos pertence; nós é que pertencemos inteiramente a ela.»
A despeito da incompreensão e da intolerância de vizinhos da Horta Comunitária Urbana 713 Norte; apesar do nosso esforço e da nossa luta para mantê-la intacta; embora tenhamos contado sempre com o apoio da imprensa e com o aplauso de instituições governamentais ao projeto; mesmo que sejam claras as normas legais que prevêem punição para os que prejudicam ou destroem o meio ambiente; apesar da desolação visível no movimento e no silêncio dos pássaros, lagartixas, pombos, minhocas que habitam a horta e que perderam parte do seu habitat escolhido ou adotado,
não conseguimos proteger totalmente nosso patrimônio ecológico e social do vandalismo e da destruição.
Mas tenho algumas boas notícias para compartilhar com vocês.
A primeira delas é que, com a ajuda de amigos como Israel, Marquinho, Leonardo, Maria Soares, Leoni gaúcha, Tatiana e do pessoal da Embaixada da Espanha conseguimos salvar pelo menos um exemplar de cada espécie das ervas medicinais adaptadas ao clima do cerrado, plantando-as em vasos, latas, saquinhos e nos pequenos espaços disponíveis no solo. Salvamos também várias espécies ornamentais. Como todas as mudas não cabiam no terreno que nos restou, doamos muitas delas para as pessoas que desejaram levá-las.
A segunda boa notícia é que contratamos o Sr. Manoel para fazer seis grandes canteiros de tijolinho. Israel e Marquinho os encheram de terra e de húmus produzido pelas minhocas que habitam a horta. Esse trabalho de transportar mais de cinquenta carrinhos de terra, peneirá-la, misturá-la ao húmus também peneirado e depois despejar nos canteiros foi demorado e árduo. Mas valeu a pena!
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