sábado, 19 de junho de 2010

Cynthia Kremer - Internet e o inexplicável - O Inexplicável II

Cynthia Kremer - Internet e o inexplicável - O Inexplicável II

Foi no dia do aniversário de 15 anos do Dan, meu filho, que aconteceu e que vocês vão ler agora..
Ele estava conversando num chat americano, chamado «Virtual Places», e era ainda um novato lá; não tinha sequer avatar e nenhuma informação pessoal. Apenas um Nickname que até hoje eu lembro:«Leonarzen».

De repente ele recebeu um «IM» uma mensagem instantânea - que era uma das ferramentas oferecidas pelo chat - dizendo «Deutschland». Meu filho respondeu:«what»? e a resposta veio: «Germany» meu filho respondeu então: «who are you?» e a resposta foi:
«I know you but you don't know me» em seguida veio outra mensagem: «I love you» quando o Dan apertou o «send» para perguntar de quem se tratava, o que significava aquilo, veio a mensagem automática do chat «User not found», «Usuário não encontrado».

Foi assustador, porque como eu disse, nada havia nas informações dele. Nem o nome verdadeiro, nem o país de origem, nada enfim que alguém pudesse fazer aquela analogia com a Alemanha, a não ser meu pai, que infelizmente não chegou a conhecer o Daniel. Ele faleceu três anos antes dele nascer.

O que nos veio à mente, foi que só poderia ser ele, meu pai, que, de alguma forma - que eu desconheço completamente - conseguiu uma maneira de se comunicar através dali. Fomos excluindo todas as possibilidades de ser alguém que o conhecesse, por não haver nenhuma informação que ligasse o Dan a Alemanha.

Ninguém ali poderia saber disso. E muito menos mandar mensagens tão curtas e tão significativas, como: «Você não me conhece, mas eu te conheço» e «eu te amo» e desaparecer assim como apareceu: do nada!


O Inexplicável II

Como eu disse no outro texto «Internet e o Inexplicável» tenho mais uma história pra contar. E que sempre me impressionou muito...

Depois da Segunda Guerra, meu pai foi estudar geologia na Universidade de Stuttgart e alugou um quarto na casa de um pianista profissional e muito rico. Meu pai contava que sempre que chegava da faculdade, ia jantar e dormir.

Mas que quando o «senhorio» dele tinha concerto marcado, ele ensaiava muito em casa e meu pai adorava escutar aquele piano do quarto dele antes de dormir. As vezes, com a parceria de algum violinista, etc.

Um belo dia, ou melhor, uma bela noite, o meu pai escutou-o tocar especialmente bem, mas estranhou o fato do cão do pianista, um boxer que chamava-se «Otto» latir incessantemente enquanto o dono tocava - coisa que ele nunca fazia, por estar habituado aos ensaios de seu dono.

Sem comentários:

Enviar um comentário