POESIA DE DENISE SEVERGNINI - VENTOS DA LUA - Quando eu envelhecer - Ao acaso - Libertação (Prosa poética)
VENTOS DA LUA
Quem foste?
Tu foste a luz da aurora
que, alegremente, despontou.
tu foste a símplice florzinha
que, mansamente, no jardim, desabrochou.
Tu foste o vento do ontem,
desaparecido nas malhas do tempo...
Quem és?
Tu és a estrela cadente
que, velozmente, atravessa os céus!
Tu és a alma solitária
que, esperançosamente, anseia carinhos teus!
Tu és o vento do hoje,
emaranhado nas lidas do cotidiano...
Quando eu envelhecer
Chegará este tempo que vem e não demora
Encontrará a porta escancarada à alegria
E as melenas encanecidas... Direi bem-vindo!
Rogarei ao Pai, ter muita saúde nesta hora
Para ainda brincar como criança, na fantasia
Ao acaso
Dos dissabores da vida, componho um canto de paz
E os sonhos dourados transfiguram-se em realidade
A clara e imensa luz que tua presença me traz
Traduz-se nestes momentos de suprema felicidade
Eu te dou este sol, em resposta aos teus ais
E tu o recebes como fonte de eterna mocidade
Sem saberes que tudo na vida é sempre tão fugaz
Como a centelha de esperança que povoa a saudade
Libertação (Prosa poética)
Vejo um corpo sobre a cama. E mais que um corpo é tua alma aprisionada num cárcere de músculos, pele e ossos.
Teus olhos parados no tempo vislumbram muito mais que os meus que nesta hora observam-te.
Quero ter o poder de dizer-te: Vá! Liberta-te deste cativeiro!
Este não me foi dado, contudo rogo ao Ser Supremo que seja Ele o executor de tua carta de alforria.
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