domingo, 6 de junho de 2010

Luiz Vaz de Camões - Por: Sanio Aguiar Morgado

Luiz Vaz de Camões - Por: Sanio Aguiar Morgado

Quando paramos para eleger os maiores de sempre da literatura de língua portuguesa, Luís Vaz de Camões destaca-se como dos vultos mais importantes, a quem se deve mesmo a alma da própria língua que falamos por diferentes sítios no mundo.

Nascido sem uma data precisa, pelo ano de 1524 ou 1525, sabe-se que adquiriu educação escolar elevada, embora não se tenha registo de ter estudado em Coimbra.

Deveu à sua boémia incidentes que lhe custaram o próprio cárcere quando feriu um funcionário do paço em 1552, depois perdoado e multado. Como era de pouca nobreza e desprotegido, sem fidalguia, alistou-se às armas para seguir no ano seguinte em missão para as Índias.

Começaria então, sua saga pelo oriente com estadia acidentada em Macau, naufragou em Cochinchina perdendo para além de pertences a sua companheira chinesa, salvando-se a nado com os manuscritos dos Lusíadas.

Em Goa retorna à cadeia por dívidas contraídas. Um amigo, entretanto, ajuda-o a ir a Moçambique oferecendo-lhe emprego e algum dinheiro. Dois anos depois, outros amigos ajudam-no a regressar a Lisboa em 1569, trazia na sua bagagem grande parte de sua obra já que parte foi roubada e perdida.

A publicação dos seus trabalhos rendeu-lhe escassos recursos na altura. Seus últimos anos foram de miséria e seu enterro em 1580, devido a uma peste que assolava Lisboa, teve seu corpo envolto a um pano e posto em cova rasa como de todos os demais.

No mosteiro dos Jerónimos em Belém vemos seu túmulo com a honra que merece onde lê-se: «AQUI JAZ LUIS DE CAMOES, PRINCIPE DOS POETAS DE SEU TEMPO, VIVEU POBRE E MISERAVELMENTE E ASSIM MORREU NO ANO DE 1579».

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