COLUNA DE HAROLDO P. BARBOZA - A luz do túnel apagou.- Perda da copa – os culpados.- Obrigado Dunga!
A luz do túnel apagou.
A luz do túnel apagou.
A maneira das elites governantes manterem o povo domesticado é simples: basta evitar que 95% da população tenham acesso à prática da educação e cultura de bom nível. Mantendo o rebanho ciente apenas das 4 operações aritméticas (excluindo números decimais, é claro) e de como se escrevem umas 50 palavras (excluídas as que possuam «ss», «ç», «x» e «ch» – crase, nem pensar) é o bastante para enganar os eleitores com notícias fantasiosas e picotadas.
A partir deste estágio fica fácil enganar por longo tempo a galera que só tem acesso às notícias por três meios:
a) Tele-jornais conduzidos por simpáticas estampas;
b) Manchetes de jornais pendurados nas bancas;
c) Rádios com programas conduzidos por locutores de boa dicção.
Perda da copa – os culpados.
A imprensa busca um culpado pelo fracasso na copa de 2010. Se tiver apenas um, vende bastante jornal durante uma semana. Vão buscar qualquer insucesso da vítima até mesmo em sua infância.
Mas existem diversos culpados. A ordem e o peso não importam. Mas não há interesse da mídia em ilustrar alguns deles. Quem escolheu um técnico. Não basta ser um sujeito de bom caráter. Precisava ter tido experiências em clubes durante 5 ou 8 anos.
A escolha equivocada dele dos atletas para compor o time. Muitas vezes a teimosia ofusca a lógica. Médico que libera jogador com 80% de suas possibilidades. Na copa, estando com 99,5% já representa um alto risco.
Corneteiros que zoam durante 24 horas nos ouvidos da comissão. Existem diversos «espertos» nas imediações para sugerir esquemas, táticas e jogadores.
Patrocinadores e empresários que forçam convocações. O que lhes importa é a figura estar na «moda» mesmo sem obter o título. Projetam o futuro de 8 a 10 anos e influenciam para evitar a monotonia.
Obrigado Dunga!
Os times populares brasileiros de futebol não deram sua cota adequada de contribuição para que o povo desperte da ilusão de que tudo está bem. Mesmo com um futebol de baixa qualidade, conquistaram merecidamente os títulos em seus estados e com isto, provocaram euforia em quase metade da população nacional, que por alguns dias esquecem a falta de alimentação, saúde, emprego e esperança.
Pessoas sem apoio social permanecem anestesiadas por quase um mês dando tempo ao governo para se arrastar mais um tempo sobre suas mancadas armadas. As festas pelas conquistas ainda ecoam pelos ares, alimentando a alma da população sofrida. O brilho dos campeões supera o perigo dos futuros apagões e falta de futuro para nossos jovens.
Já a seleção nacional, composta por jogadores que já estão bem estabelecidos na vida, mas são oriundos de regiões pobres e sofredoras (e ainda se lembram das dificuldades dos tempos da infância?), numa profunda demonstração de civismo, comandados por Dunga, abriram mão de disputar um título inédito na Africa, que poderia lhes render mais alguns milhares de dólares nos prêmios e atuaram de forma bisonha, para não correrem o risco de vencerem um torneio preparado pelos patrocinadores para colocá-los na final.
Leia estas crónicas completas a partir de segunda feira 12/07/2010
A partir deste estágio fica fácil enganar por longo tempo a galera que só tem acesso às notícias por três meios:
a) Tele-jornais conduzidos por simpáticas estampas;
b) Manchetes de jornais pendurados nas bancas;
c) Rádios com programas conduzidos por locutores de boa dicção.
Perda da copa – os culpados.
A imprensa busca um culpado pelo fracasso na copa de 2010. Se tiver apenas um, vende bastante jornal durante uma semana. Vão buscar qualquer insucesso da vítima até mesmo em sua infância.
Mas existem diversos culpados. A ordem e o peso não importam. Mas não há interesse da mídia em ilustrar alguns deles. Quem escolheu um técnico. Não basta ser um sujeito de bom caráter. Precisava ter tido experiências em clubes durante 5 ou 8 anos.
A escolha equivocada dele dos atletas para compor o time. Muitas vezes a teimosia ofusca a lógica. Médico que libera jogador com 80% de suas possibilidades. Na copa, estando com 99,5% já representa um alto risco.
Corneteiros que zoam durante 24 horas nos ouvidos da comissão. Existem diversos «espertos» nas imediações para sugerir esquemas, táticas e jogadores.
Patrocinadores e empresários que forçam convocações. O que lhes importa é a figura estar na «moda» mesmo sem obter o título. Projetam o futuro de 8 a 10 anos e influenciam para evitar a monotonia.
Obrigado Dunga!
Os times populares brasileiros de futebol não deram sua cota adequada de contribuição para que o povo desperte da ilusão de que tudo está bem. Mesmo com um futebol de baixa qualidade, conquistaram merecidamente os títulos em seus estados e com isto, provocaram euforia em quase metade da população nacional, que por alguns dias esquecem a falta de alimentação, saúde, emprego e esperança.
Pessoas sem apoio social permanecem anestesiadas por quase um mês dando tempo ao governo para se arrastar mais um tempo sobre suas mancadas armadas. As festas pelas conquistas ainda ecoam pelos ares, alimentando a alma da população sofrida. O brilho dos campeões supera o perigo dos futuros apagões e falta de futuro para nossos jovens.
Já a seleção nacional, composta por jogadores que já estão bem estabelecidos na vida, mas são oriundos de regiões pobres e sofredoras (e ainda se lembram das dificuldades dos tempos da infância?), numa profunda demonstração de civismo, comandados por Dunga, abriram mão de disputar um título inédito na Africa, que poderia lhes render mais alguns milhares de dólares nos prêmios e atuaram de forma bisonha, para não correrem o risco de vencerem um torneio preparado pelos patrocinadores para colocá-los na final.
Leia estas crónicas completas a partir de segunda feira 12/07/2010
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