domingo, 25 de julho de 2010

CORONEL FABRICIANO - 024 - O Tião taí? -  BENEDITO FRANCO

CORONEL FABRICIANO - 024 - O Tião taí? - BENEDITO FRANCO

Diálogo presenciado e ouvido por mim:
- Uai, mais como qui cê foi na cerimôina da Semana Santa, si ocê é da igreja evangeica?
- Cumadre, só nun goisto é d’isprita. Goisto muito é de Deus!
- ....aah..

024 - O Tião taí?

- O Tião taí?
- Não, o Tião não veio hoje.
- O Tião taí?
- Não, o Tião tamém num vei hoje.
- E hoje, o Tião veio?
- Qui nada moço, acho inté qui o Tião, de tão duente, foi pará no hospitá!

Da oficina fui atrás de saber notícias do Tião, meu mecânico. Como verdadeiramente estava doente, deram-me o endereço.
A casa encontrava-se fechada.

Voltando à casa, informaram-me ter sido internado. Resolvi visitá-lo, mas no hospital não foi possível devido à proibição médica. Voltarei outro dia. E voltei, mas as visitas continuavam proibidas.

Numa terceira tentativa, soube do regresso do Tião para a casa paterna. Fui, mas... visitas proibidas.

Doença contagiosa

Novamente lá, mas não foi possível ver o Tião, pois, como me explicaram os parentes, ou amigos, doença grave e talvez contagiosa. Outra tentativa de visita, repetiu-se o mesmo, isto é, acabei mais uma vez não conseguindo ver o Tião.

E o Tião faleceu. Morreu mesmo!

Por duas vezes fui até sua casa, o velório lá, veria o Tião no caixão, mas, casa pequena, e a sala, onde se encontrava o caixão, menor ainda – minúscula! - e sempre lotada. Muita gente... não deu pra entrar.

- Abra o caixão!... ?

As dezesseis horas fui à missa de corpo presente, seguindo o cortejo, de casa para a igreja e da igreja até o cemitério.

Leia este artigo completo a partir de segunda feira 26/07/2010

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