sábado, 10 de julho de 2010

Vou-me embora para uma qualquer Pasárgada - Por Afonso Santana

Vou-me embora para uma qualquer Pasárgada - Por Afonso Santana

Na continuação do texto glosando o poema de Manuel Bandeira «Vou-me embora para Pasárgada» (ver número anterior e anteriores e este seguindo a sucessão) vou repetir que o titulo base do meu trabalho é «Vou -me embora» e pedindo desculpas repetir a introdução do mesmo para um melhor entendimento da minha «tese»: «Vou-me embora» é o título de um trabalho que eu tenho realizado cuja extensão é enorme porque resolvi fazer uma recolha de alguns textos e poemas que se basearam no tema. Partir para quê? Partir para onde? Deixar um lugar ou um tipo de vida é uma ambição raramente concretizada mas está muitas vezes presente no pensamento das pessoas.

Mas ir embora é mesmo ir embora? Ou será antes um regresso a algo de agradável de que nos recordamos, de que guardamos uma boa memória, seja ela própria ou «intuída» por via cultural?

Sobre o poema que se segue de Jessier Quirino (ver site do autor aqui) trata-se de voltar ao passado (o passado tem tudo de bom) mesmo o que não era mesmo bom, porque, fundamentalmente o presente terá tudo de mau mesmo o que é bom. Ainda um poema «piada»: Jessier Quirino alonga-se, alonga-se mesmo, não conheço nada escrito ou dito por ele que seja curto - é só visitarem o site do autor para confirmar - fazendo uma quase reza (lenga lenga) sobre produtos significativos do passado, desde heróis da banda desenhada a tipos de tecido, perfumes, comportamentos, enfim.

O sentido de humor, por vezes cansativo de Quirino, alicerçado também no causo caipira ou de roça, tem um não sei quê de auto-bajulação ou gosto de se ouvir a si mesmo, mas não deixa de nos oferecer um «poema» inspirado em Manuel Bandeira que cumpre integralmente o projecto deste estudo sobre o «Vou-me embora».



Leia este artigo completo a partir de segunda feira 12/07/2010

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