Diário de um incompreendido – O pagador de promessas - Por Roberto Kusiak
Muito tempo se passou e continuo com aquele velho rombo financeiro, já estou providenciando umas velinhas para o bolo de aniversário dele.
Tenho dúvidas quanto ao presente que irei dar ao rombo, talvez uma fotografia de uma nota de um dólar recortada de uma revista, de preferência bem grande que é para o rombo encher os olhos d’água, sabe, pensar grande.
E porque o dólar? Óbvio, qual a moeda mais estável no planeta? O real é que não, então nada melhor que vislumbrar um futuro cheinho das verdinhas para animar o rombo, tadinho, chega me dar pena, pensar que um dia o rombo foi pequenino, feito bebê, depois foi crescendo, e como qualquer adolescente, foi dando problema.
Mas percebo que foi na puberdade do rombo que ele começou a se rebelar, começou a ir contra os ensinamentos familiares, será que ele usou drogas? Será o incômodo dos pelos pubianos que o fez agir desta forma?
Sei lá, mas não pensei ainda em terapia para o rombo, mas tenho conversado muito com ele, dia destes fomos juntos ao banco, lhe mostrei como funciona o sistema financeiro, disse a ele que precisava tomar certos cuidados, do tipo, usar camisinha etc. O seguro sempre morreu e sempre morrerá de velho, mas seu aniversário está próximo e creio que ele, o rombo, terá uma grande surpresa.
Chego a suspirar de saudade lembrando o tempo em que ele era apenas um filhotinho, que precisava de mim, mas por infelicidade do destino ele se rebelou contra mim, bem, espero que agora que está completando um aninho de idade ele amadureça.
Parece pouco um ano de idade, bem, para um rombo financeiro um ano equivale a mais ou menos uns trinta anos de nossas vidas, sob minha ótica.
Até mesmo o temido SPC virou compadre meu, temos uma relação muito íntima, todo mês recebo cartinhas dele, coisa meiga, pena que nunca consigo responder pela falta de tempo.
Leia este artigo completo a partir de segunda feira 26/07/2010
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Olá Roberto Kusiak
ResponderEliminarEste artigo está giríssimo.
Falar de questões financeiras, como o rombo, desta forma é ironizar inteligentemente este mundo de má governança.
Parabéns.