sábado, 24 de julho de 2010

Poesia de Joaquim Sustelo - Anda, vem daí ! - DAR... - Alucinação - PERDI-ME NA VIELA...

Poesia de Joaquim Sustelo - Anda, vem daí ! - DAR... - Alucinação - PERDI-ME NA VIELA...

Anda, vem daí !

Anda, vem daí, já cai a tarde...
Acorda o teu desejo, vá, convence-o!
E sob um sol que vai mas que inda arde
Faremos coisas loucas em silêncio

Contrariando os campos de secura
Que gemem na paisagem em redor,
Nós criaremos outros... de loucura,
Loucura desmedida, mas de amor!

Anda, vem daí, o tempo é escasso...
Junta teu corpo ao meu, nele me abraso!
Já olho para o céu, mas nesse espaço
Nó vejo o sol e eu... no mesmo ocaso


DAR...

Por vezes uma bruma no olhar
Encobre-me a visão a que me entrego
É quando vem de ti um crepitar
Centelhas que no ar me deixam cego

Adoração que tenho, êxtase louco,
Sem ver além da bruma que se implanta...
Ah fosse o Céu apenas este pouco
Que dás quando me olhas, força tanta,


Alucinação

Ouvi teus passos no vento
Em movimento suspenso;
Ecos do meu pensamento
Nos trilhos onde me adenso.

Era o som de um movimento
Provindo do espaço imenso;
Era num tempo sem tempo
Prá minha alma um incenso.



PERDI-ME NA VIELA...

Perdi-me na viela mais escura
Duma cidade em sonhos visitada
Ali onde a tristeza e a amargura
Em pobres corações fazem morada

E vi o fundo olhar que se incendeia
Esse que na carência mostra ódios
Alguém que por tão pouco ali esfaqueia
E dá de duras cenas episódios!

Confesso que tremi de tanto medo
A grosseria... os sem educação...
Depois eu acordei daquele enredo
Para outro mundo... a Civilização

Leia estes poemas completos a partir de segunda feira 26/07/2010

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