Nutrição e Educação - Por Alexandre Pimentel
Não pretendo aqui escrever um tratado sobre nutrição e educação. Quero apenas, como pai, cidadão consciente e pesquisador atento, registrar fatos concretos que merecem soluções importantes. Algumas dessas soluções, as que estão a meu modesto alcance, procuro apresentar sabendo, entretanto, que somente o tempo e – invariavelmente – a dor, poderão mostrar o caminho a ser seguido.
Recentemente, ao visitar uma escola pública em Planaltina de Goiás, fiquei boquiaberto com a «cena do cotidiano» que observei.
Era horário de intervalo, momento em que o portão principal ficava bloqueado para entradas ou saídas. Tive que esperar uns quinze minutos até que a abertura fosse autorizada e, do lado de fora, assisti uma inusitada cena que, sem dúvida, repete-se diariamente em incontáveis escolas do Brasil.
Naquele portão metálico havia uma janela que não media mais do que trinta por vinte centímetros. Do lado de dentro, dezenas de alunos acotovelavam - se tentando entregar pela pequena abertura, moedas e notas para vendedores de balinhas, chicletes, bolachas recheadas, pipocas falsas, sucos artificiais e refrigerantes. Esses senhores que costumo chamar de «traficantes legalizados» disputavam o dinheiro, entregando às crianças grandes quantidades de embalagens coloridas.
Um aluno que aparentava treze anos pediu um sanduíche, solicitando ao vendedor que caprichasse na «mortandela», na maionese e no catchup (a palavra americana foi bem pronunciada) e não colocasse «nenhuma» salada. Outra menina com aparência de dez pediu um cachorro quente com «duas salchicha», bastante molho, batata palha e «qualquer um refri», desde que bem gelado.
Finalmente, ao entrar, vislumbrei jogada pelo quintal uma coleção de garrafas plásticas, papéis de balas, embalagens super coloridas e restos de «alimentos» que avidamente eram devorados por pombas e pardais. Enquanto isso, os professores encerravam uma reunião onde circulou muito refrigerante de cola (alguns eram diet), suco de caju engarrafado, enroladinhos de salsicha e canapés de pão branco regados a maionese de ovo ou margarina.
Leia este tema completo a partir de 02/08/2010
Não pretendo aqui escrever um tratado sobre nutrição e educação. Quero apenas, como pai, cidadão consciente e pesquisador atento, registrar fatos concretos que merecem soluções importantes. Algumas dessas soluções, as que estão a meu modesto alcance, procuro apresentar sabendo, entretanto, que somente o tempo e – invariavelmente – a dor, poderão mostrar o caminho a ser seguido.
Recentemente, ao visitar uma escola pública em Planaltina de Goiás, fiquei boquiaberto com a «cena do cotidiano» que observei.
Era horário de intervalo, momento em que o portão principal ficava bloqueado para entradas ou saídas. Tive que esperar uns quinze minutos até que a abertura fosse autorizada e, do lado de fora, assisti uma inusitada cena que, sem dúvida, repete-se diariamente em incontáveis escolas do Brasil.
Naquele portão metálico havia uma janela que não media mais do que trinta por vinte centímetros. Do lado de dentro, dezenas de alunos acotovelavam - se tentando entregar pela pequena abertura, moedas e notas para vendedores de balinhas, chicletes, bolachas recheadas, pipocas falsas, sucos artificiais e refrigerantes. Esses senhores que costumo chamar de «traficantes legalizados» disputavam o dinheiro, entregando às crianças grandes quantidades de embalagens coloridas.
Um aluno que aparentava treze anos pediu um sanduíche, solicitando ao vendedor que caprichasse na «mortandela», na maionese e no catchup (a palavra americana foi bem pronunciada) e não colocasse «nenhuma» salada. Outra menina com aparência de dez pediu um cachorro quente com «duas salchicha», bastante molho, batata palha e «qualquer um refri», desde que bem gelado.
Finalmente, ao entrar, vislumbrei jogada pelo quintal uma coleção de garrafas plásticas, papéis de balas, embalagens super coloridas e restos de «alimentos» que avidamente eram devorados por pombas e pardais. Enquanto isso, os professores encerravam uma reunião onde circulou muito refrigerante de cola (alguns eram diet), suco de caju engarrafado, enroladinhos de salsicha e canapés de pão branco regados a maionese de ovo ou margarina.
Leia este tema completo a partir de 02/08/2010
Sem comentários:
Enviar um comentário