sexta-feira, 30 de julho de 2010

Lídia Frade - CONTO - DALILA PEQUENA MULHER

Lídia Frade - CONTO - DALILA PEQUENA MULHER

Dalila, como filha mais velha, ficou em casa, com mil recomendações, a tomar conta das irmãs, andavam elas, as mulheres, na encosta a trabalhar, de lá até se via perfeitamente a casa, e a mãe dissera que «se precisasse de alguma coisa», para a chamar.

Mas Dalila não queria ser só a ama das manas, ela queria ser mais e, já que era dia de trabalho duro, que até tinha vindo uma mulher de fora, ela queria também trabalhar, e por isso mesmo se elas andavam a cavar, Dalila queria mostrar que também já era uma mulher para ajudar.

Começou por delegar esse cargo de ama, na sua irmã Amália, e ela foi ao trabalho, arrumou a cozinha, lavou louça, até a panela da sopa toda mascarrada, de fazer a comida no lume de lenha ela lavou.

Acendeu o lume, colocou água na panela para fazer o almoço, queria ter já almoço feito quando a mãe chegasse. Pensou um pouco e, resolveu fazer uma panela de sopa, couves lombardas com arroz, foi à horta apanhar uma couve, cortou-a com a faca em miudinho, lavou e meteu na panela, foi ao pacote do arroz, e meteu também um bocado dentro da panela, juntou sal e azeite, e tapou a panela para cozer.

Havia a mesa da cozinha, que ela queria alindar! Como não encontrou mais toalha nenhuma de mesa, colocou uma toalha turca de rosto, achou que assim podia resolver o problema que tinha, toalha é sempre toalha.

Foi procurar uma jarra a casa da mãe, porque estava na cozinha da avó, e a avó não tinha jarras, apanhou um grande ramo de flores, e colocou na jarra em cima da mesa e da toalha de limpar a cara, olhou e achou que estava bonita, a cozinha da avó enfeitada.

Leia este conto completo a partir de 02/08/2010

2 comentários:

  1. Obrigado Marcelo...gostar do conto...é gostar de escrita muito simples, mais ainda das simplicidades da vida.

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