AS CRIANÇAS, E AS CIDADES - Conto por Lídia Frade
Naquela pequena aldeia, ainda havia escola de 1º ciclo aberta e a funcionar, no entanto quando os alunos chegavam ao segundo ciclo teriam de ir para as cidades vizinhas continuar a sua escolaridade.
Para uma criança com dez anos como Susel que nunca tinha até ali contacto diário com as escolas da cidade, ou bem pouco com a própria cidade, para se poder movimentar seria um pouco difícil.
Era o transporte público, que percorria quinze km, ate chegar à escola, o contacto com os alunos mais velhos, já desenvoltos e até matreiros na escola, o recorrer a um refeitório, com os tabuleiros, a confusão e tudo o mais, que dai advinha, e a que Susel não estava habituada.
Também não conhecia ali ninguém, as suas amigas, tinham seguido para outras escolas, e os pais tinham decidido assim, ela iria para aquela, era mais fácil e mais perto do trabalho do pai, no caso de ser preciso apoio, contudo Susel sentia-se meio perdida, seria apenas enquanto não conseguia fazer novas amizades, mas era o que estava a acontecer naquele momento.
Em outro ponto, em outra cidade o mesmo ou muito parecido, se passava com outra criança, na mesma idade, com as mesmas dificuldades na primeira adaptação, nos primeiros dias.
Era Sérgio!
Seu pai também o levou na escola nova e, no fim das apresentações, do reconhecimento das salas, e conhecimento dos professores, estava feito o primeiro dia de escola.
O pai foi lá busca-lo, levou-o consigo até ao seu serviço, depois foram almoçar num restaurante próximo, e o pai apresentou Sérgio ao dono do restaurante, pediu-lhe que se algum dia ele lá aparecesse para almoçar, podia servi-lo que logo ele passava a pagar.
Nos dias seguintes, Sérgio voltou como bom menino que era para as suas aulas, mas tinha guardado para si, a recomendação do pai ao dono do restaurante, não esqueceu que num dia próximo poderia ir almoçar bem servido, escolher o que bem lhe apetecesse, fazer tudo como se fosse já um rapaz grande, a tomar as suas decisões como gente grande, incluindo onde deveria ir almoçar, o pai tinha dito que podia ir, e
ele achava que devia.
Susel tinha aprendido o caminho do autocarro, até à escola, e vice-versa, mas naquele inicio de ano, ainda não tinha as aulas todas, e ficava chateada quando isso acontecia, e também não tinha autocarro, para poder voltar a casa, eram horas de espera, numa cidade que nada lhe dizia, com muitas pessoas, mas todas desconhecidas.
Leia este conto completo a partir de 23/08/2010
Naquela pequena aldeia, ainda havia escola de 1º ciclo aberta e a funcionar, no entanto quando os alunos chegavam ao segundo ciclo teriam de ir para as cidades vizinhas continuar a sua escolaridade.
Para uma criança com dez anos como Susel que nunca tinha até ali contacto diário com as escolas da cidade, ou bem pouco com a própria cidade, para se poder movimentar seria um pouco difícil.
Era o transporte público, que percorria quinze km, ate chegar à escola, o contacto com os alunos mais velhos, já desenvoltos e até matreiros na escola, o recorrer a um refeitório, com os tabuleiros, a confusão e tudo o mais, que dai advinha, e a que Susel não estava habituada.
Também não conhecia ali ninguém, as suas amigas, tinham seguido para outras escolas, e os pais tinham decidido assim, ela iria para aquela, era mais fácil e mais perto do trabalho do pai, no caso de ser preciso apoio, contudo Susel sentia-se meio perdida, seria apenas enquanto não conseguia fazer novas amizades, mas era o que estava a acontecer naquele momento.
Em outro ponto, em outra cidade o mesmo ou muito parecido, se passava com outra criança, na mesma idade, com as mesmas dificuldades na primeira adaptação, nos primeiros dias.
Era Sérgio!
Seu pai também o levou na escola nova e, no fim das apresentações, do reconhecimento das salas, e conhecimento dos professores, estava feito o primeiro dia de escola.
O pai foi lá busca-lo, levou-o consigo até ao seu serviço, depois foram almoçar num restaurante próximo, e o pai apresentou Sérgio ao dono do restaurante, pediu-lhe que se algum dia ele lá aparecesse para almoçar, podia servi-lo que logo ele passava a pagar.
Nos dias seguintes, Sérgio voltou como bom menino que era para as suas aulas, mas tinha guardado para si, a recomendação do pai ao dono do restaurante, não esqueceu que num dia próximo poderia ir almoçar bem servido, escolher o que bem lhe apetecesse, fazer tudo como se fosse já um rapaz grande, a tomar as suas decisões como gente grande, incluindo onde deveria ir almoçar, o pai tinha dito que podia ir, e
ele achava que devia.
Susel tinha aprendido o caminho do autocarro, até à escola, e vice-versa, mas naquele inicio de ano, ainda não tinha as aulas todas, e ficava chateada quando isso acontecia, e também não tinha autocarro, para poder voltar a casa, eram horas de espera, numa cidade que nada lhe dizia, com muitas pessoas, mas todas desconhecidas.
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