Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (LIII)
Uma sala pequena, pouco iluminada! A invadi-la, música ambiente e um cheiro aromatizado de incenso!
Parecia um mágico cenário, onde tudo parecia rodopiar dentro e fora de mim! Descalça, mais três mulheres acompanhavam-me numa frenética dança! Tímida de início, observava comportamentos e modos de dançar. Sentado junto à aparelhagem de som, o professor dava instruções, incentivos e conselhos.
Rapidamente, fui apercebendo que o principal era descontrair-me e sentir todo o meu corpo. Deixar a música penetrar-me suavemente e apenas guiar-me pelos sentidos. Rapidamente, também percebi que com os olhos cerrados, a vibração era mais intensa, o sentir mais profundo e a dança parecia girar por si só, como se fosse ela própria a comandar o meu corpo.
«Estás bem? Como te sentes? O que esta dança realmente significa para ti?», pronunciava o mestre entre trocas de música. Atentamente, percebia que estávamos a ser estimuladas na nossa criatividade e, na expansão do ritmar do nosso corpo.
Frequentemente, o professor depois deste «fraseado ritualista» iniciava o comando de nova música. Todo ele mexia! Todo ele vibrava! Movimentos firmes de pés, pernas e mãos, acompanhavam estridentes gritos que ia dando como se de um ritual indígena se tratasse!
De facto, era exactamente isso que eu ia sentindo, tal como se estivesse a ser transportada através do tempo, do espaço e do lugar! Subitamente, parecia que as paredes da sala se transformavam em frondosas árvores, a madeira do chão em folhas macias que na floresta cobrem o arenoso solo.
Leia esta cronica completa a partir de 02/08/2010
Parabéns pelo texto!
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