sábado, 14 de agosto de 2010

A «Impossível», o segredo afrodisíaco e ancestral do Ypioca.- Por Se Gyn

A «Impossível», o segredo afrodisíaco e ancestral do Ypioca.- Por Se Gyn

Apareceu um feridão meio doido e, não deu outra: caí na estrada, baixando pra terrinha, em busca de descanso e, a intenção de rever família e amigos.

No domingo, fui até a casa de um primo, pra convidá-lo para uma escapada, até o rancho do Cabo. Ele topou e, então resolvemos levar umas cervejas, pra encarar o tempo de calor e secura. Fui pegar as cervejas na geladeira e, deparei com uma garrafa pet de dois litros, com uns pedaços de caule, dentro de um líquido meio laranja.

Perguntei a ele, então, pra que era aquela garrafada. Ele veio de lá, e me estendeu a garrafa, perguntando com um olhar de incredulidade, se eu ainda não havia visto uma garrafada da «impossível»...

Ah, a lendária «impossível» - uma planta misteriosa da região que, tem, segundo aqueles que a experimentaram, um estupendo efeito afrodisíaco e, da qual, somente o nosso amigo Jerônimo, apelidado Ypioca, conhecia, por ter recebido do pai, Maurílio, aquele segredo de alegria, afirmação e rejuvenescimento masculino.

Dos filhos do velho Maurílio (que era um tipo de traços típicos de quem tinha na descendência, traços do sangue caiapó e, que tinha fama, talvez injusta de... tarado, justamente por conta de alardear o consumo da misterioso tônico sexual e da constante prática de assédio feminino), somente Jerônimo permaneceu na terrinha e, foi o único que que herdou do pai o conhecimento do segredo e, mantém a tradição avoenga - isto é, o consumo da beberagem resultante do libertação da tintura do caule da planta na água, cujo efeito era tornar impossível o fracasso do homem na hora do amor (todas as viagens de Jerônimo à capital, para demoradas visitas à namorada são precedidas de pelo menos uma semana de consumo pontual e adequado daquele caldo).

Mas, ganhar uns pedaços de caule de «Impossível» do Ypioca, é coisa difícil, um privilégio, do qual somente gozam os amigos mais chegados, que dividem com ele o gosto pelas pescarias, ocasiões em que, costuma aparecer, inopinadamente, vindo do mato, trazendo os pedaços da caule da venerada planta, que corta e reparte com os presentes, que por sua vez, repassa uns pedacinhos da lenhazinha para outros afortunados amigos.


Leia este tema completo a partir de 16/08/2010

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