domingo, 15 de agosto de 2010

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - NUM APICE - DESCAMINHOS

Poesia de Cremilde Vieira da Cruz - NUM APICE - DESCAMINHOS

NUM APICE - DESCAMINHOS

NUM APICE

E se o sol se dependurasse
Sobre teus pensamentos confusos
E, num ápice,
Tuas ideias aclarasse?

Quem sabe se tremenda tempestade
Penetrou teu coração
Com o soltar duma gota de orvalho
Diante de teu olhar distraído?!

Quem sabe se tua inquietação
Foi um nevoeiro qualquer
Que se dependurou dos céus
Em manhã de chuvas magoadas?!

Quem sabe se tua inquietude se impôs
Com a aproximação das trovoadas
Dum Outono invernoso,
Ou de qualquer anoitecer
Sem a voz duma lâmpada acesa?!

DESCAMINHOS

Escorre da vidraça uma chuva vulgar de Outono,
Lavada como cristais.
Cá dentro, o sono de todas as almas,
O peso nos olhos de noite mal dormida.
As prateleiras estão cansadas,
Tanto que os livros pesam
Tanto peso da poeira.
Guardo meu silêncio logo pela manhã.
Tiro um livro da prateleira,
Descanso em sua leitura minha canseira
De palavras mal soadas, vãs.

A cidade está triste
E sente no corpo o peso da névoa dependurada
Do céu cinzento de nuvens negras.
É indiscutível que estou como a cidade.
As ruas estão povoadas de guarda-chuvas,
Mas apesar disso existem corpos molhados.
Está latente na minha aparência,
Nos tremores que sinto,
Na roupa molhada,

Leia estes poemas completos a partir de 16/08/2010

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