Papaiê - Por Tom Coelho
«Há três fases na vida de um homem.
Ele acredita em Papai Noel, ele não acredita em Papai Noel, ele é Papai Noel.»
(Robert Byrne)
Meus filhos estão crescendo. Pode parecer uma observação estúpida de tão óbvia, mas é um fato que a gente só percebe quando uma data feito o «Dia dos Pais» se avizinha.
Gabriel vai completar 13 anos em setembro próximo. Portanto, fará jus a ser qualificado como um autêntico «teenager», ou simplesmente, «teen». Imagine que poucos meses atrás descobri que ele estava namorando. Sim, descobri, porque ao acessar o Orkut vislumbrei suas novas fotos e a mudança de seu cadastro para «namorando». Telefonei para dar-lhe os parabéns e ele jurou que iria me contar. Ótimo, embora a notícia já fosse pública para o mundo inteiro!
Matheus fez 11 anos recentemente. Como a diferença de idade entre eles é pequena, são grandes parceiros, seja para brincar e confidenciar, seja para discutir e guerrear. Por ser o caçula, é naturalmente vinculado ao irmão a quem segue na maioria das iniciativas.
O negócio deles é o mundo eletrônico. Se deixar, desintegram-se na frente do computador ou videogame. Ou derretem os tímpanos ouvindo coisas que chamam de música no iPod. Compreensível, para uma geração multitarefa e midiática que nasceu com chips implantados pelo corpo.
Mas há um detalhe que tem sobrevivido aos anos. Embora as pernas estejam crescendo, e a ingenuidade se despedindo, eles ainda me tratam por «papai». Ah... que melodia agradável é ouvi-los me chamando assim! Parece que o tempo congela, que eles ainda usam chupetas e eu ainda não conheço o que é calvície.
Quando estão mais agitados, eles dizem «papaiê». Como que cantarolando, perguntam: «Papaiê posso isso?», ou ainda, «Papaiê vamos fazer aquilo?». Então, apresso-me a lhes responder, saboreando o momento, porque meu grande receio é pela chegada quase inevitável do dia em que dirão apenas «pai».. Nesta ocasião, saberei que mais uma fase da vida foi transposta e me restará apenas aguardar que outro filho venha para me encantar novamente com «papai», ou que surjam netos a pronunciar «vovô».
Leia este tema completo a partir de 09/08/2010
«Há três fases na vida de um homem.
Ele acredita em Papai Noel, ele não acredita em Papai Noel, ele é Papai Noel.»
(Robert Byrne)
Meus filhos estão crescendo. Pode parecer uma observação estúpida de tão óbvia, mas é um fato que a gente só percebe quando uma data feito o «Dia dos Pais» se avizinha.
Gabriel vai completar 13 anos em setembro próximo. Portanto, fará jus a ser qualificado como um autêntico «teenager», ou simplesmente, «teen». Imagine que poucos meses atrás descobri que ele estava namorando. Sim, descobri, porque ao acessar o Orkut vislumbrei suas novas fotos e a mudança de seu cadastro para «namorando». Telefonei para dar-lhe os parabéns e ele jurou que iria me contar. Ótimo, embora a notícia já fosse pública para o mundo inteiro!
Matheus fez 11 anos recentemente. Como a diferença de idade entre eles é pequena, são grandes parceiros, seja para brincar e confidenciar, seja para discutir e guerrear. Por ser o caçula, é naturalmente vinculado ao irmão a quem segue na maioria das iniciativas.
O negócio deles é o mundo eletrônico. Se deixar, desintegram-se na frente do computador ou videogame. Ou derretem os tímpanos ouvindo coisas que chamam de música no iPod. Compreensível, para uma geração multitarefa e midiática que nasceu com chips implantados pelo corpo.
Mas há um detalhe que tem sobrevivido aos anos. Embora as pernas estejam crescendo, e a ingenuidade se despedindo, eles ainda me tratam por «papai». Ah... que melodia agradável é ouvi-los me chamando assim! Parece que o tempo congela, que eles ainda usam chupetas e eu ainda não conheço o que é calvície.
Quando estão mais agitados, eles dizem «papaiê». Como que cantarolando, perguntam: «Papaiê posso isso?», ou ainda, «Papaiê vamos fazer aquilo?». Então, apresso-me a lhes responder, saboreando o momento, porque meu grande receio é pela chegada quase inevitável do dia em que dirão apenas «pai».. Nesta ocasião, saberei que mais uma fase da vida foi transposta e me restará apenas aguardar que outro filho venha para me encantar novamente com «papai», ou que surjam netos a pronunciar «vovô».
Leia este tema completo a partir de 09/08/2010
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