domingo, 1 de agosto de 2010

COLUNA UM - Daniel Teixeira - TEMPO

COLUNA UM - Daniel Teixeira - TEMPO

Sendo o nosso maior problema a falta de tempo temos em carteira toda uma série de promessas e obrigações a cumprir que dificilmente se coadunam em termos de raciocínio e lógica com uma necessidade imperiosa (e imperativa) de ir sempre seguindo o ritmo do nosso próprio crescimento natural que leva como consequência ao consumo de mais tempo.

Acreditamos contudo que temos ainda bastante margem a explorar em termos de eficácia organizativa obtendo assim uma consequente redução do tempo que actualmente consumimos e que desta forma conseguiremos progressivamente reduzir cada vez mais o diferencial entre o tempo imediatamente necessário e o tempo globalmente disponível.

Um trabalho, a gerência dos tempos, cujos frutos vão aparecendo quase de forma espontânea (e talvez de forma relativamente imperceptível para quem não esteja atento) mas por experiência prática sabemos que vamos conseguindo meter cada vez mais coisas feitas dentro do mesmo período de tempo, ainda que não tenhamos neste plano atingido um ponto que possa ser considerado próximo do necessário e disso tenhamos plena consciência.

Este «discurso» sobre o tempo serve para referir também que trabalhando o jornal (e agora a rádio) com colaboradores com diversos graus de habituação aos sistemas informáticos e às necessidades de ajustamento que uma publicação (e emissão) exigem, se vive também num campo onde o nosso trabalho e a nossa poupança ou redução de tempo consumido pode ser influenciada por esses factores externos / internos e por essa diferenciação de conhecimentos informáticos (e é!) .

Mas este é o mundo onde escolhemos trabalhar e cabe-nos a nós de um lado dar resposta às solicitações que esse diferencial de conhecimentos e multiplicidade de abordagens proporciona ao mesmo tempo que nos cabe também a nós receber e fornecer alguma informação sobre a melhor forma de conjugar estes dois planos de abordagem (o individualmente escrito e o editado).

Assim, sendo este jornal (e esta rádio) um trabalho realizado por amadores / profissionalizados, existe toda uma margem de experimentação que vai sendo utilizada dia a dia de forma a conseguir-se a resposta mais próxima possível da correcta para as exigências do dia a dia e para as necessidades de programação futura.

A rádio vai consumir-nos mais tempo, é um facto, e em face daquilo que foi sendo dito acima interessaria saber até que ponto a rádio representa um passo no crescimento natural da nossa actividade de publicação jornalística, cultural e social.

Leia esta coluna completa a partir de 02/08/2010

4 comentários:

  1. Saudações! O dia tem apenas vinte e quatro horas, escolhas são necessárias para defenir o que vai para a rádio ou não, a Rádio Raizonline não pode ser mais uma rádio, mas vinda de uma origem: o Jornal Raizonline. Partindo dessa origem, já existe uma programação pré-definida, mas não na sua totalidade, pois eu acredito que haja espaço para a novela, seja no jornal e na rádio, haja espaço para a ópera e músicas folclóricas. A Músicas Folclóricas necessitam de cuidados, como professor de música, tive resistência de alunos adolescentes em tocar as músicas folclóricas, alegando serem músicas de crianças, o que não é verdade, mas representam a formação cultural de um povo, isso necessita ser mais explicado e divulgado, a rádio e jornal são excelentes espaços para isso.

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  2. Marcelo

    Estou de acordo consigo em quase tudo e o quase refere-se à novela: não sei exactamente o que quer dizer com novela, mas se se trata de uma novela tipo tele-novela, do género Sassaricando ou Gabriela Cravo e Canela não vejo como, mesmo a um nível amador e com os perdões e a tolerância toda dos ouvintes nós vamos conseguir fazer alguma coisa que possa ser aceite.
    Isso requer meios técnicos e artistas (mesmo amadores) que assegurem dezenas de horas de emissão, teria de ser pré-gravado levando em cada episódio «toneladas» de MB.
    Acho boa ideia uma forma de ter teatro (mesmo «enovelado») na rádio mas nestas condições e com estas limitações a radio-novela, de tão boa memória, gravada em fitas (K7) não pode existir...a menos que eu não esteja a ver o panorama todo, o que é possível acontecer..

    Daniel

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  3. Pois, esclareça...amigo Marcelo Torca. Você sabe bem como as coisas são e podem ser.

    Abraço

    Daniel

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