domingo, 29 de agosto de 2010

Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (LV)

Crónicas «Ver e Sentir» - Por Cristina Maia Caetano - (LV)

Um belo sol! Um belo dia! Quanta cor brilhava! Quanto doce movimento havia!
Ah! Como o dia estava mesmo perfeito! «Bem-Aventurado» caminhava confiante e graciosamente!
Como era dono do seu mundo! E que bem, que isso lhe sabia! Passito a passito, as suas patitas galgoreavam as pedras da calçada uma a uma, suave, suavemente...

Como o seu reflexo na sua ondulante sombra, transmitia segurança e protecção!
Como se sentia mimado e venturoso!
E, como se sentia deveras amado!

Passito a passito, nem a sua comprida linguita saída da boca avassalada ao tórrido calor, o perturbava!
Sabia, que água aparecer iria,
Sabia, que a sua querida doninha, tudo lhe providenciaria,

Sem de nada suspeitar, passito a passito, feliz e contente, caminhava e caminhava....
Nem quando em cima de um providencial tejadilho de um carro logo ali estacionado se encontrou, «Bem-Aventurado» se moveu...
Ele bem sabia, que a sua doninha, também a sua protecção certamente lhe providenciaria!

De soslaio, olhava perplexo para aquele enorme cão, que a tudo a um lobo se assemelhava. Como era portador de uns belos mas ameaçadores olhos azuis!
Porque estaria tão zangado com ele?
«Bem-Aventurado» não conseguia compreender!
Seria simples inveja de tão amado ser?
Ou seria apenas e, tão apenas, a tão aclamada «natureza», que do fervilhar do sangue do canzarrão, para todos os músculos do seu ser pulava e pulava?

Leia este tema completo a partir de 30/08/2010

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