domingo, 5 de setembro de 2010

CASIMIRO CAVACO CORREIA DE BRITO - Por Liliana Josué 

CASIMIRO CAVACO CORREIA DE BRITO - Por Liliana Josué

Casimiro de Brito é um personagem da nossa literatura quase «inventado» por quem o lê, pois as suas facetas são tantas que nos absorve a imaginação. A medida que penetramos na sua escrita o espanto instala-se em nós (no sentido filosófico da palavra).

Muito há para dizer sobre este escritor, visto ele ser um mundo a explorar e um paladino da palavra.

Vou tentar sintetizar a sua obra tocando vários aspectos de modo a que fiquemos a conhecê-lo um pouco melhor e revelá-lo a quem não o conhece.

Nasceu em Loulé a 14 de Fevereiro de 1938. É um dos escritores pertencentes ao Movimento Poesia 61 e integrou os cadernos de poesia compilados na Antologia com o mesmo nome. Tirou o curso na Escola Comercial de Faro, e durante 37 anos exerceu a profissão de bancário.
O seu fervor pela escrita não consentiu que «desperdiçasse» tempo em cursos superiores. Escreveu mais de 40 livros, até agora, de vários géneros literários.


Em 1957, mais propriamente aos 18 anos, publicou o seu primeiro livro de poesia intitulado Poemas da Solidão Imperfeita, considerado pelo grande crítico João Gaspar Simões e pelo consagrado vulto da nossa literatura, António Ramos Rosa, um trabalho de excelente qualidade. Este último tornou-se seu amigo, permanecendo essa amizade até aos dias actuais.

Sua adolescência trouxe-lhe o fascínio pela natureza (como o mar e a luz).Contraiu amizades com quem tinha debates intelectuais sobre assuntos Teológicos e sobre a eterna questão da desigualdade entre os homens.

Segundo consta, iniciou-se na escrita quando começou a participar em jogos florais.
Anteriormente, ainda na infância, o avô sentava-se com ele na sua quinta mostrando-lhe e falando-lhe sobre as plantas e os animais como parte integrante da vida.

Outras três pessoas foram de capital importância para Casimiro de Brito: o pai que tinha a particularidade de se expressar por frases curtas ou mesmo por provérbios. A mãe era o oposto; falava todo o dia e António Aleixo, frequentador assíduo de sua casa ainda em Loulé, onde dizia as suas quadras.
Assim sendo, a influência paterna deu-lhe a capacidade de facilmente descodificar textos e escrever de forma sintetizada. A materna despertou nele precisamente o oposto: facilidade em desenvolver temas escrevendo obras extensas como o romance Pátria Sensível, e finalmente Aleixo que, provavelmente de forma não consciente, o instigou a desenvolver as suas capacidades de escrita.
Aos dez anos ele e a família mudaram-se para Faro com o intuito de Casimiro poder continuar estudar.

Leia este tema completo a partir de 06/09/2010

2 comentários:

  1. Penso que valeria a pena, para fins de uma apreciação melhor do modus operandi do escritor, acrescentar trechos de alguma obra por ele assinada.
    Grande abraço, Liliana.

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  2. Olá Marcelino
    Mas no trabalho que fiz estão poemas e palavras do próprio autor, nãi sei se viu a página inteira. Vá, por favor, à página principla do jornal e lá encontra o que acha que falta aqui.
    Obrigada pelo interesse.
    Outro abraço para si.
    Liliana

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