domingo, 19 de setembro de 2010

Coluna de Cecilio Elias Netto - Marina e Plínio

Coluna de Cecilio Elias Netto - Marina e Plínio

A confiar nos institutos de pesquisa, a eleição de Dilma Roussef à presidência da República é mais do que possível. Se acontecer, o presidente Lula sairá do governo levando um outro troféu, o de ter conseguido eleger «um poste», conforme apregoava a oposição.

Ficaria, então, uma discussão que, talvez, nunca chegasse ao fim: Lula e Dilma teriam vencido ou seria José Serra que teria perdido? Pois a campanha de Serra foi e tem sido uma das mais desastradas de que se tem conhecimento, como se seus orientadores tivessem feito tudo para perder.

A pergunta, que percorreu o eleitorado desde o início, pode resumir-se numa só: «por que votar em Serra se ele não pretende mudar nada, continuando o que aí está? Se o que está é bom, que, então, continue.» – teria sido a mensagem enviada ao eleitor que a captou por inteiro.

Dessa campanha, surgiu uma nova sigla que corre a internet, que vai de boca em boca: GAFE. Que identifica o verdadeiro conglomerado de meios de comunicação que se uniram para vencer Lula e seu poste que se revelou mulher competente: Globo, Abril, Folha, Estadão.

Caso se confirme a vitória de Dilma – causando estupefação pela possibilidade de vencer no primeiro turno – mais uma vez se provará que imprensa não vence eleição, apenas ajuda a derrotar. E se é mesmo o povo que decide, será farisaísmo democrático a alegação de que a massa popular, a maioria do eleitorado, é formada de analfabetos.

Ora, se o povo não sabe votar, como alega a minoria que está no vértice da pirâmide social, que se elimine, então, o povo ou que se acabe com a democracia que nem sequer foi ainda instaurada por inteiro. O GAFE exerceu um papel que transformou a chamada grande imprensa num outro partido político. O desespero do GAFE foi de um ridículo atroz.

Leia este tema completo a partir de 20/09/2010

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