CORONEL FABRICIANO - BENEDITO FRANCO - 072 – O Fluminense - 073 – O Botafogo - 051 – Carlos Drumonnd - 050 – UDN e PSD - 21 de abril de 1960 - 033 - Os Santinhos - Labutas de uma mãe
072 – O Fluminense
Em frente ao prédio onde eu morava, na Rua Santo Amaro, ao lado da Beneficência Portuguesa, no Catete, na Cidade Maravilhosa, havia um senhor aposentado, bem gordo e preto, que vivia sentado em um tamborete na entrada de um prédio antigo.
072 – O Fluminense
Em frente ao prédio onde eu morava, na Rua Santo Amaro, ao lado da Beneficência Portuguesa, no Catete, na Cidade Maravilhosa, havia um senhor aposentado, bem gordo e preto, que vivia sentado em um tamborete na entrada de um prédio antigo.
Era um torcedor ferrenho do time do Fluminense. Quando o Fluminense jogava mal ou perdia, telefonava ele para o Clube e mandava chamar o técnico, o Telê ou o goleiro Castilho.
Interessante que todos eles atendiam ao telefonema daquele humilde senhor – e ele xingava, dava ordens morais e técnicas! Quando vencia o Fluminense, ele não deixava de telefonar para os elogios, os parabéns e os comentários técnicos.
073 – O Botafogo
O Botafogo era o maior e melhor time do Rio, quando eu lá morava – meio time da seleção brasileira! Entre outros, os jogadores Didi e Garrincha – os maiores jogadores de todos os tempos – mais o Nilton Santos e o Zagalo. Entrei para sócio. Até hoje gosto do Botafogo – não tanto quanto o Sérgio, meu genro marido da Fernanda!
No Botafogo, meu vizinho, o Licurgo, era o treinador de pesca submarina e arco e flecha. Muitas vezes fui com ele ao clube e andei treinando arco e flecha – pena que os instrumentos eram caríssimos - embora o Clube emprestasse os seus. Na Praia Vermelha dei alguns mergulhos e nada pesquei - percebi que aquilo não era a minha praia!
051 – Carlos Drumonnd
No Rio, diariamente, quando chegava do trabalho, logo após o Angelus, na Rádio Cultura, escutava ávido a leitura, feita pelo Paulo Autran, de uma crônica do Carlos Drumonnd de Andrade. Delícia de crônica e delícia de interpretação – realmente uma representação do texto pelo maior de nossos artistas e que nos deixou saudosos: o Paulo Autran!
A firma onde eu trabalhava tinha o escritório central em frente ao Ministério da Educação, um prédio símbolo da arquitetura moderna no Brasil e onde o Carlos Drumonnd trabalhava, e, inúmeras vezes, via-o caminhar, atravessando todo o jardim em baixo do prédio, transpondo as altas colunas, em direção ao elevador - com aqueles passos miúdos e característicos. Lamento não ter ido a seu encalço para conversar com nosso poeta maior e pedir-lhe um autógrafo.
050 – UDN e PSD
Gostava de ouvir, pelo rádio, os debates na Câmara Federal no Rio de Janeiro. De cara fiquei fã dos discursos do Carlos Lacerda, Baleeiro, Afonso Arinos...
Dois Partidos dominavam a política brasileira: a UDN – União Democrática Nacional - e o PSD – Partido Social Democrático - os dois de direita. UDN e PSD eram Partidos da elite – de democráticos possuíam um pouco - e nada de nacional. Se pudessem, entregariam o Brasil para os Estados Unidos. Seriam os PFL, PSDB e PMDB de hoje ou a Arena no tempo da ditadura.
21 de abril de 1960
Vendo a história... no meio dela!
No sábado anterior ao 21 de abril de 1960, os cariocas despediram do Juscelino Kubitschek, o JK, que mudaria a Capital do Brasil, do Rio para Brasília, deixando para trás, não mais o Distrito Federal, mas o Estado da Guanabara.
Nessa época eu morava no bairro do Catete, tão perto do Palácio, que de meu quarto ouvia o barulho do povo cantando e gritando em homenagem ao JK, que, com a Família, permanecia nas sacadas do Palácio, e de vez em quando descia para o meio do povo – aí a gritaria aumentava muito mais. Esta festa durou umas vinte de quatro horas.
033 - Os Santinhos - Labutas de uma mãe
Papai gostava de chamar a Imaculada, minha irmã, de Lalá, pois era magrérrima quando pequena. Magreza lembrava Lamartine Babo, apelidado de Lalá, compositor famoso de tantos carnavais e dos hinos de clubes de futebol - do Flamengo, Vasco, Fluminense, América etc..
No Rio havia um amigo e colega no curso de química, vizinho do Lamartine Babo, na Vila Isabel, casas uma ao lado da outra. A esposa do amigo iria dar a luz ao segundo filho.
Leia este tema completo a partir de 06/09/2010
073 – O Botafogo
O Botafogo era o maior e melhor time do Rio, quando eu lá morava – meio time da seleção brasileira! Entre outros, os jogadores Didi e Garrincha – os maiores jogadores de todos os tempos – mais o Nilton Santos e o Zagalo. Entrei para sócio. Até hoje gosto do Botafogo – não tanto quanto o Sérgio, meu genro marido da Fernanda!
No Botafogo, meu vizinho, o Licurgo, era o treinador de pesca submarina e arco e flecha. Muitas vezes fui com ele ao clube e andei treinando arco e flecha – pena que os instrumentos eram caríssimos - embora o Clube emprestasse os seus. Na Praia Vermelha dei alguns mergulhos e nada pesquei - percebi que aquilo não era a minha praia!
051 – Carlos Drumonnd
No Rio, diariamente, quando chegava do trabalho, logo após o Angelus, na Rádio Cultura, escutava ávido a leitura, feita pelo Paulo Autran, de uma crônica do Carlos Drumonnd de Andrade. Delícia de crônica e delícia de interpretação – realmente uma representação do texto pelo maior de nossos artistas e que nos deixou saudosos: o Paulo Autran!
A firma onde eu trabalhava tinha o escritório central em frente ao Ministério da Educação, um prédio símbolo da arquitetura moderna no Brasil e onde o Carlos Drumonnd trabalhava, e, inúmeras vezes, via-o caminhar, atravessando todo o jardim em baixo do prédio, transpondo as altas colunas, em direção ao elevador - com aqueles passos miúdos e característicos. Lamento não ter ido a seu encalço para conversar com nosso poeta maior e pedir-lhe um autógrafo.
050 – UDN e PSD
Gostava de ouvir, pelo rádio, os debates na Câmara Federal no Rio de Janeiro. De cara fiquei fã dos discursos do Carlos Lacerda, Baleeiro, Afonso Arinos...
Dois Partidos dominavam a política brasileira: a UDN – União Democrática Nacional - e o PSD – Partido Social Democrático - os dois de direita. UDN e PSD eram Partidos da elite – de democráticos possuíam um pouco - e nada de nacional. Se pudessem, entregariam o Brasil para os Estados Unidos. Seriam os PFL, PSDB e PMDB de hoje ou a Arena no tempo da ditadura.
21 de abril de 1960
Vendo a história... no meio dela!
No sábado anterior ao 21 de abril de 1960, os cariocas despediram do Juscelino Kubitschek, o JK, que mudaria a Capital do Brasil, do Rio para Brasília, deixando para trás, não mais o Distrito Federal, mas o Estado da Guanabara.
Nessa época eu morava no bairro do Catete, tão perto do Palácio, que de meu quarto ouvia o barulho do povo cantando e gritando em homenagem ao JK, que, com a Família, permanecia nas sacadas do Palácio, e de vez em quando descia para o meio do povo – aí a gritaria aumentava muito mais. Esta festa durou umas vinte de quatro horas.
033 - Os Santinhos - Labutas de uma mãe
Papai gostava de chamar a Imaculada, minha irmã, de Lalá, pois era magrérrima quando pequena. Magreza lembrava Lamartine Babo, apelidado de Lalá, compositor famoso de tantos carnavais e dos hinos de clubes de futebol - do Flamengo, Vasco, Fluminense, América etc..
No Rio havia um amigo e colega no curso de química, vizinho do Lamartine Babo, na Vila Isabel, casas uma ao lado da outra. A esposa do amigo iria dar a luz ao segundo filho.
Leia este tema completo a partir de 06/09/2010
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